Em depoimento à CPI da Petrobras, empreiteiro afirma que não pretende fazer delação premiada. Cinco executivos foram convocados para depor na comissão em Curitiba, mas todos se calaram
Em depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba (PR), o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que não pretende colaborar com a Justiça por meio da delação premiada. “Para alguém dedurar, tem que ter o que dedurar, o que não é o caso”, respondeu à pergunta do deputado Altineu Cortes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI.
O executivo se recusou a responder perguntas relativas às acusações contra a empresa sobre pagamento de propina e formação de cartel em contratos com a Petrobras.
“Gostaria de ter oportunidade, nessa CPI, de falar tudo o que sei, mas infelizmente estou engessado porque estou amarrado pela questão do processo penal que corre paralelamente, inclusive com depoimentos de testemunhas de acusação”, explicou.
Ele disse ter esperanças de que a empresa saia do processo da Operação Lava Jato fortalecida, apesar das acusações.
Calado, mas nem tanto
Apesar da negativa em falar sobre as acusações, Odebrecht respondeu a algumas perguntas. Ao ser questionado pelo deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) sobre uma informação publicada na imprensa a respeito da existência de um plano de fuga do país em função das investigações da Operação Lava Jato, ele negou. “Jamais pensei nisso”, afirmou.