O Jornalista Luis Nassif reagiu a entrevista do empresário potiguar no Estadão quando disse que o “impeachment seria um caminho com menos sofrimento”.
Dono das lojas Riachuelo, Flávio Rocha é um homem rico. Muito rico, diria. Mas não é uma pessoa bem sucedida.
É um homem do nordeste. Mas seu sonho sempre foi ser um intelectual de peso e um empresário do sudeste, uma liderança referencial, o homem que fosse respeitado não apenas por seu dinheiro, mas por sua inteligência.
Por isso, desde cedo aproximou-se de um brasileiro muito inteligente, Roberto Campos, e tentou absorver sua inteligência. Nunca conseguiu, assim como Campos também nunca conseguiu desenvolver inteligência para ganhar dinheiro. Cada qual com sua inteligência.
Flávio escolhe argumentos como seus compradores escolhem marcas e tipos de roupa: pela aparência. A Riachuelo vende produtos populares, copiados das boutiques, e Flávio vende ideias banais, copiadas da academia. Em ambos os casos, produtos meramente banais.
Só isso explica sua entrevista ao Estadão, ousando analisar a “matriz econômica” de Dilma, confundindo com as políticas de inclusão e outras políticas sociais que, aumentando substancialmente o mercado de consumo interno, aumentaram substancialmente o faturamento das lojas Riachuelo, que, como ele sabe, vendem para o mercado interno e para o público popular. E sustentando – com a segurança dos ignaros – que um impeachment rápido é melhor do que três anos de governo inerte.