Arquivo diários:22/09/2015

Deputado diz que índios são “bando de viadinhos” e é alvo de críticas no MA

Em audiência, deputado do PC do B chama índios de 'bando de veadinhos'

O deputado estadual Fernando Furtardo (PC do B) causou polêmica ao chamar indígenas da terra Awá-Guajáde de “bando de viadinho” durante audiência pública no município de São João do Caru (359 km de São Luís), no Maranhão.

O discurso ocorreu no dia 4 de julho, mas apenas nessa segunda-feira (21) o áudio foi divulgado na internet.

“Lá em Brasília, o Arnaldo [Lacerda, presidente da Associação dos Produtores Rurais Caruenses] viu os índios tudo de camisetinha, tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de viadinho. Tinha uns três que eram viado, que eu tenho certeza, viado. Eu não sabia que tinha índio viado, fui saber naquele dia em Brasília. Índio viado. Então é desse jeito que tá. Como é que índio consegue ser viado, ser baitola e não consegue trabalhar, produzir? Negativo”, afirmou.

Por conta do discurso, o deputado foi alvo de críticas em redes sociais e de entidades de direitos humanos.

Logo após tomar conhecimento do caso, o PC do B divulgou nota de repúdio às declarações.

“O deputado ofende não apenas índios e homossexuais, como também a história e o programa do Partido Comunista do Brasil, sempre à frente das lutas pela garantia da igualdade e dos Direitos Humanos. Consideramos a declaração do deputado uma falta grave cometida contra índios, homossexuais e com o nosso partido”, diz o texto.

O partido diz ainda que a fala é um “manifestação individual do deputado” e pediu “a devida retratação em relação aos indígenas, aos homossexuais; e ao partido”, conclui.

Depois da nota comunista, o deputado pediu desculpas em comunicado oficial enviado à imprensa.

“Venho a público fazer uma retratação formal em relação aos indígenas, homossexuais, ao PC do B e a todo o povo do Maranhão. Gostaria de reforçar que em nenhum momento tive a intenção de denegrir a imagem do povo indígena que muito contribuiu para a formação do povo brasileiro, em especial do Maranhão. Infelizmente, me deixei levar pelo calor do momento e acabei falando o que não condiz com o meu pensamento e minha formação”, explicou.

‘Só o fim de privilégios e super-pensões pode equilibrar contas públicas’, diz analista

Ruth Costas

Da BBC Brasil em São Paulo

Déficit da Previdência relativo aos servidores públicos e militares aposentados somaria R$ 61 bilhões – quase duas vezes o que o governo pretende arrecadar com a CPMF

Se você trabalhar em uma empresa privada, ao se aposentar receberá, no máximo, R$ 4.663 pelo INSS. Já se for funcionário público, dependendo da data em que foi contratado e da carreira que seguiu, ainda pode receber aposentadoria integral até um teto de cerca de R$ 33 mil (o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal).

Caso também seja viúvo ou viúva de outro servidor bem remunerado, é possível que receba, somando a aposentadoria a pensão por morte a que tem direito, um total de mais de R$ 40 mil todo mês, bancados pelos cofres públicos.

“Não há justificativa para essa diferença entre as condições de aposentadoria do setor privado e do setor público. Trata-se de um exemplo dos privilégios que precisam ser revistos para que o país consiga controlar suas contas públicas”, defende, em entrevista à BBC Brasil, o jornalista e economista britânico Brian Nicholson, autor de A Previdência Injusta: Como o fim dos privilégios pode mudar o Brasil (Geração Editorial).

Nicholson diz considerar “privilégio” um “benefício subsidiado pelo dinheiro público” e concedido a classes relativamente abastadas. Outros exemplos, na sua opinião, seriam as aposentadorias precoces do INSS – na faixa dos 40 ou 50 anos -, também os proventos de políticos, juízes e militares e os benefícios de alguns anistiados políticos e ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e seus dependentes.

“É claro que em cada um desses grupos há casos e casos, mas há muitos exemplos de pensões e aposentadorias altas, que uma sociedade como a brasileira não tem condição nem interesse em bancar.”

Em um momento em que o Brasil debate como promover um ajuste fiscal, Nicholson não é o único a defender mudanças no sistema previdenciário, embora nem sempre haja convergência nas propostas.

Dilma pode oferecer o Ministério da Saúde para o PMBD

MARINA DIAS
MARIANA HAUBERT
NATUZA NERY
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Após a cúpula do PMDB se recusar a indicar nomes para a nova equipe que a presidente Dilma Rousseff está montando, o governo passou a cogitar entregar o Ministério da Saúde ao partido, ampliando a influência do aliado.

Na manhã desta segunda (21), Dilma ouviu do vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que eles preferiam deixá-la à vontade para escolher os novos ministros.

Diante da recusa, emissários da presidente começaram a discutir a ampliação do espaço do PMDB para evitar seu desembarque definitivo da base aliada.

O gesto da cúpula peemedebista preocupa o Planalto, que o vê como novo sinal de caminhada ao rompimento.

Em novembro, o PMDB vai discutir em um congresso se mantém o apoio à presidente ou se entrega seus cargos, tendência hoje majoritária.

Para assessores palacianos, Dilma precisa fortalecer o PMDB, oferecendo-lhe um ministério de peso da área social.

Hoje, a sigla ocupa as pastas de Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Pesca, Portos e Aeroportos. Mas os principais cargos estão com o PT ou são ocupados por nomes da cota pessoal de Dilma.

Dólar fecha próximo dos R$ 4 e atinge segundo maior patamar desde 2003

Apesar da intervenção do Banco Central, o dólar voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (21), aproximando-se de R$ 4. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,981, com alta de R$ 0,023 (0,57%). A moeda norte-americana fechou no segundo maior nível desde a criação do real, perdendo apenas para o valor do fechamento de 10 de outubro de 2003 (R$ 3,99).

A cotação oscilou fortemente ao longo do dia. No início da sessão da bolsa, o dólar chegou a cair, chegando a atingir R$ 3,947 na mínima do dia, por volta das 9h30. Nas horas seguintes, a moeda subiu fortemente. Por volta das 16h, voltou a ficar perto da estabilidade, mas subiu perto do fim da sessão. A divisa acumula alta de 9,75% em setembro e de 49,73% em 2015.

Para tentar conter as alta da moeda norte-americana, o Banco Central foi obrigado a fazer algumas intervenções. Além de vender dólares no mercado futuro, por meio da rolagem (renovação) dos leilões de swap cambial, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões por meio de um leilão com compromisso de recompra. Nessa modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais, mas adquire a divisa de volta algum tempo depois.

A cotação da moeda não tem caído nos últimos dias, apesar de o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, ter adiado o aumento da taxa básica de juros da maior economia do planeta na reunião da última quinta-feira (17)

Gustavo Carvalho e suas pontes

Depois de ser protegido e privilegiado pela ex-governadora Wilma de Faria, que fez ele secretário de Esporte de Natal, diretor-geral do Detran no governo de Garibaldi Alves, secretário de Infraestrutura onde construiu a ponte Newton Navarro, deputado estadual, chefe da Casa Civil do Governo do Estado, o famoso deputado estadual ‘Gustavo da Ponte’ está fazendo outra ponte, desta vez para pular no Partido Liberal controlado no RN pelo governador Robinson Faria.

O deputado da ponte, abandonou o PSB de Wilma quando ela deixou o governo e fez uma ponte para o PROS do então deputado Ricardo Motta, então presidente da Assembléia.

Gustavo Carvalho é o maior construtor de pontes para o poder, ele só constrói pontes levando vantagens.

Na eleição passada, depois de receber R$ 200 mil do candidato a governador, Henrique Alves e verificando que ele seria derrotado, o popular o deputado Gustavo Carvalho tratou de construir uma ponte para apoiar Robinson.

Um deputado pautando sua trajetória construindo pontes.

Ela era o maior correligionário de Ricardo Mota, depois que Mota perdeu à presidência da Assembléia, Gustavo da Ponte, fez uma ponte para ir para Ezequiel e Robinson Faria.