Arquivo diários:29/09/2015

Dilma, Temer e Lula vão se encontrar para acertar os ponteiros da reforma ministerial

A partir desta terça-feira (29), a presidente Dilma Rousseff voltará a se encontrar com lideranças do PMDB e do PT para discutir a reforma ministerial e concluir as alterações que serão feitas para garantir apoio no Congresso Nacional. Além de se reunir com o vice-presidente Michel Temer, a petista também discutirá o assunto com o ex-presidente Lula, que irá a Brasília nesta quarta-feira (30) para auxiliá-la. As informações são da Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, a cúpula do Planalto já enxerga como improvável que a reforma administrativa seja anunciada na quarta, conforme inicialmente previsto. Ainda defende que, antes de cumprir a promessa de cortar dez ministérios até o fim do mês, Dilma precisa pensar em como acomodar bem as distintas forças do PMDB nas pastas.

Com a presidente em Nova York na segunda-feira (28) para abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a equipe da articulação política do governo iniciou uma busca pelo acordo com deputados peemedebistas. O ministro de Comunicações, Ricardo Berzoini, e o assessor Giles Azevedo procuraram os parlamentares para garantir que o compromisso de entregar dois ministérios à bancada do PMDB será cumprido.

Dilma prometeu ao líder do partido no Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que a bancada ficará com indicação para um nome para a Saúde. Outra pasta, que seria na área de infraestrutura, ainda não está definida.

Eduardo Cunha se defende no twitter de acusações de lobista do PMDB

De Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), postou em seu twitter na noite desta segunda-feira, 28, uma sequência de quatro mensagens em que rebate a denúncia do empresário João Augusto Henriques.

Apontado como lobista do PMDB, preso desde o dia 21 de setembro, Henriques afirmou à Polícia Federal que abriu conta na Suíça para repassar propina ao peemedebista. “Boa noite a todos. Quero desmentir com veemência ter recebido qualquer valor de quem quer que seja referente às denúncias vinculadas”, escreveu Eduardo Cunha.

Henriques seria um operador do partido atuando sobretudo em Minas Gerais, com influência em nomeações de diretores da Petrobrás, mas “sempre com a anuência do deputado federal Eduardo Cunha, que dava a palavra final sobre as nomeações”.

Outro delator da Operação Lava Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, afirmou à Força Tarefa da operação ter ouvido que “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobrás era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E a fonte da informação também seria Henriques.

Segundo Musa, Henriques lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. “Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobrás com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha.”

Cunha diz que ‘desconhece o teor de depoimentos’. Seu advogado, Antonio Fernando de Souza (ex-procurador-geral da República no governo Lula), ‘cuidará de responder na medida que conheça o conteúdo (das denúncias)’. Eduardo Cunha diz que por orientação expressa do advogado ‘não está comentando qualquer detalhe, ainda mais conteúdo que não teve acesso’.

No último post, escreveu. “Não poderia deixar de desmentir as insinuações de recebimento de qq vantagem. De quem quer que seja.”