Arquivo diários:05/12/2017

Eleições para o judiciário na Bolívia tem 65% de abstenção

LA PAZ (ANSA) – O presidente da Bolívia, Evo Morales, amargou mais uma “derrota” nas urnas durante as eleições para escolher os 52 magistrados das diversas instânciais judiciais do país.

Isso porque, a pedido da oposição, cerca de 65% dos eleitores votaram em branco ou anularam seu voto como forma de protesto após Morales receber a autorização do Supremo para concorrer ao seu quarto mandato consecutivo na Presidência.

O pleito, que está no fim da apuração dos votos, elegeu os 26 juízes e seus 26 suplentes para o Tribunal Constitucional, o Supremo Tribunal, o Conselho de Magistratura e o Tribunal Agroambiental. Todos contam com valores acima dos 65% dos votos anulados.

Como o voto na Bolívia é obrigatório, o alto índice de votos não válidos foi visto como uma forma contundente de protestar contra a decisão da Justiça – que anunciou a decisão mesmo com um referendo, em fevereiro do ano passado, ter apontado que a maioria dos cidadãos não quer um novo mandato de Morales.

Se vencer, o atual presidente poderá ficar 19 anos à frente da Presidência sendo que, quando assumiu em 2006, sequer a reeleição era permitida. Com uma série de “reformas” constitucionais, ele foi eleito novamente para dois mandatos além do primeiro. (ANSA)

Ensino religioso trava Base Curricular

Estadão Conteúdo

O ensino religioso foi um dos temas que mais causaram polêmica nesta segunda-feira, 4, no primeiro dia de discussões da nova versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Conselho Nacional de Educação. Isso porque o texto apresentado pelo Ministério da Educação (MEC) prevê que Religião seja considerada uma área do conhecimento, como Matemática ou Linguagens, o que desagradou a conselheiros que participaram do debate. Segundo a lei, o ensino religioso é de matrícula facultativa em escolas públicas.

A Base vai determinar quais são os objetivos de aprendizagem para as escolas de todo o País, em todas as etapas de ensino. Essa é quarta versão do documento, que deve ter um parecer final votado até quinta-feira pelo conselho. Também serão estabelecidos prazos para que a regra seja implementada