De “incógnita” a “outsider”, partidos de esquerda se dividem sobre Barbosa

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa após participar de reunião com políticos do PSB em Brasília

Bernardo Barbosa

Do UOL, em Curitiba

A possível candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, filiado recentemente ao PSB, à Presidência divide a opinião de partidos da esquerda, como PT, PSOL e PCdoB.

O pré-candidato do PSOL a presidente Guilherme Boulos disse que Joaquim Barbosa “ainda é uma incógnita”, mas afirmou que as declarações dele até agora vão no sentido de “respaldar o liberalismo econômico, o que está muito longe das propostas defendidas pela esquerda”.

O ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) também falou sobre o diálogo entre partidos de esquerda, que vêm se articulando em torno de propostas comuns, mas que até o momento não se traduziu em uma aliança eleitoral. Indagado se o PT deveria buscar diálogo com Joaquim Barbosa, cotado para disputar a presidência pelo PSB, o ex-governador disse que o ex-ministro do STF “está começando a apresentar seu pensamento”.

A pré-candidata a presidente do PCdoB, Manuela D’Ávila, disse que Joaquim Barbosa deve ser incluído no diálogo entre as pré-candidaturas de esquerda.

“O Joaquim tem manifestado opiniões que são importantes para o nosso campo. Se manifestou contra o impeachment, se manifestou contra a reforma trabalhista, se manifestou favorável à eleição da Dilma e do Lula. Ou seja, são questões que são essenciais para a gente”, disse. “Acho que a gente tem que estimular as pontes, e não implodi-las.”