Arquivo diários:08/05/2018

Escola Sem Partido avança na Câmara; texto proíbe termo ‘gênero’

Angela Boldrini
FOLHA DE SÃO PAULO/BRASÍLIA

A comissão especial destinada a analisar o projeto de lei conhecido como Escola Sem Partido, capitaneada pela bancada evangélica, apresentou nesta terça-feira (8) relatório favorável à proposta.

Após leitura do parecer, abre-se prazo de cinco sessões para a apresentação de emendas. Depois, a matéria segue para discussão e votação na comissão.

O texto, assinado pelo deputado Flavinho (PSC-SP), proíbe o uso da palavra “gênero” e da expressão “orientação sexual” em sala de aula, mesmo em disciplinas “complementares ou facultativas”

“A educação não desenvolverá políticas de ensino, nem adotará currículo escolar, disciplinas obrigatórias, nem mesmo de forma complementar ou facultativa, que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo ‘gênero’ ou ‘orientação sexual'”, diz o parecer.

Em seu voto, o relator criticou aqueles que afirma pregarem a “ideologia de gênero”: “A maioria esmagadora tanto de intelectuais quanto da população em geral acredita que homem é homem e mulher é mulher”, disse.

De acordo com ele, não há precedente que prove que “uma sociedade sexualmente plural seja realmente sustentável a longo prazo”. “O que sabemos por experiência concreta é que uma cultura heteronormativa foi imprescindível à perpetuação da espécie humana e ao desenvolvimento da civilização ocidental.”

Além da questão de gênero, a proposta prega a neutralidade do professor em sala de aula. Pelo texto apresentado, o professor “não fará propaganda político-partidária em sala de aula, nem incitará seus alunos a participarem de manifestações, atos públicos e passeatas”.

Ela prevê ainda que o professor deve respeitar “o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”, tendo “os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa”.

O substitutivo, que foi apresentado em sessão composta apenas por membros da bancada evangélica, prevê ainda que sejam afixados cartazes em salas de aulas com os “deveres do professor”, em local que “possam ser lidos por estudantes e professores”.

A lei deve se aplicar, diz o texto, a livros didáticos, avaliações de ingresso no ensino superior, provas de concurso para docente e instituições de ensino superior.

O deputado Flavinho (PSB-SP), que assina o relatório sobre o Escola Sem Partido
O deputado Flavinho (PSB-SP), que assina o relatório sobre o Escola Sem Partido – Pedro Ladeira – 21.nov.2018/Folhapress

Polêmica, a proposta é alvo de protestos. De acordo com seus críticos, ela cerceia o direito dos professores de livre cátedra. Em 2016, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra a inclusão do projeto na base nacional curricular, afirmando que a proposta é inconstitucional.

Segundo o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), a proposta apenas possibilita “acesso à informação”. “Não há nenhuma novidade, tudo que está ali já é previsto pela Constituição”, afirma ele. Ele diz que há a pressão para proposta que preveja punição dos professores, mas que essa medida deve ser analisada posteriormente, caso o texto atual não “tenha efeito”.

A previsão é de que a votação do projeto se dê no final de maio, mas a apreciação da proposta deve se alongar por diversas sessões, uma vez que devem ser apresentados votos em separado e que o projeto deverá ser objeto de debate acalorado.


ESCOLA SEM PARTIDO

Projeto prevê que cartaz com ‘deveres do professor’ seja afixado em salas de aula; dimensão deve ser de 70x50cm

1 – O professor não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para nenhuma corrente política, ideológica ou partidária;

2 – O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas;

3 – O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

4 – Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa —isto é, com a mesma profundidade e seriedade—, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;

5 – O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções;

6 – O professor não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.

Carrefour testa, em São Paulo, entrega de alimentos em “drive thru”

Divulgação / Carrefour

Por Alexandre Melo | Valor

SÃO PAULO  –  O Carrefour Brasil iniciou na capital paulista um projeto piloto que permite ao consumidor retirar em uma loja física alimentos comprados pela internet. Segundo Noël Prioux, presidente da varejista francesa, os testes foram iniciados na loja do bairro de Pinheiros, mas existe a possibilidade que o sistema “drive thru” seja expandido para outras unidades.

“Queremos avaliar o comportamento do consumidor antes de oferecer o serviço em mais lojas neste ano”, afirmou o executivo, que na manhã desta terça-feira (8) esteve em evento organizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Lucro da dona da Riachuelo recua 53,8% no primeiro trimestre

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Bastou Flávio Rocha se acompanhar de Rogério Marinho para o lucro de sua empresa diminuir
Por Marcelle Gutierrez | Valor

SÃO PAULO  –  A Guararapes Confecções, grupo de moda dono da marca Riachuelo, registrou lucro líquido de R$ 51,1 milhões no primeiro trimestre de 2018, uma queda de 53,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano, a receita líquida subiu 17,9%, para R$ 2,5 bilhão.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 34,7%, para R$ 177,3 milhões.

Segundo a Riachuelo, a queda do lucro e do Ebitda foram consequência de um efeito não recorrente, que impactou o resultado do ano passado e, assim, houve a queda na base comparativa. O efeito diz respeito a uma reversão da provisão do PIS, COFINS sobre o ICMS, que impactou o resultado líquido do primeiro trimestre do ano passado em R$ 73 milhões e o Ebitda em R$ 110,6 milhões.

Ao ajustar esse efeito, o lucro do ano passado foi de R$ 37,6 milhões e ante 2018 representaria uma alta de 36,1%. Já o Ebitda ajustado de 2017 foi de R$ 271,7 milhões e seria o equivalente a um avanço de 10,1% ante 2018.

A Guararapes alcançou em março uma dívida líquida de R$ 975,2 milhões, uma queda de 4,6% ante março de 2017. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda, foi de 0,9 vez, ante 1,1 vez em 2017.

Vereador e miliciano estão envolvidos no assassinato da vereadora Marielle

O Globo

Testemunha chave, que está ameaçada por milícia da Zona Oeste, fez revelações à polícia sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Em três depoimentos, cujo teor foi obtido com exclusividade pelo GLOBO, ela relatou reuniões entre um miliciano, que hoje está preso em Bangu 9, e um político do Rio. As conversas, que tratavam dos prejuízos causados pelo combate da vereadora ao avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá, começaram ainda no ano passado. Nos depoimentos, além do político e do chefe da milícia, também foram mencionados os nomes de outros integrantes do bando, que teriam participado da execução.

Pré-candidatos dizem lamentar e respeitar decisão de Barbosa

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Gustavo Maia, Hanrrikson de Andrade, Paula Bianchi e Luís Adorno

Do UOL, em Niterói (RJ) e São Paulo

O anúncio do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa de que desistiu de disputar a Presidência na eleição deste ano, divulgado na manhã desta terça-feira (8), repercutiu entre seis pré-candidatos à Presidência que participam de um encontro com prefeitos em Niterói (RJ). Todos disseram lamentar, mas afirmaram respeitar a decisão do ex-ministro.

Barbosa anunciou a decisão em sua conta pessoal do Twitter. “Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”, escreve

O ex-ministro nunca disputou uma eleição, mas ganhou notoriedade após o julgamento do mensalão no STF, em 2012. Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 15 de abril, Barbosa oscilava entre 9% e 10% das intenções de voto nos cenários em que era citado, variando entre a terceira e a quarta posição.

Na parte da manhã, participaram do evento no Rio os pré-candidatos Rodrigo Maia (DEM), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Manuela D’Ávila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e Alvaro Dias (Podemos).

Todos eles falaram sobre a desistência de Barbosa, que não foi ao evento porque não havia confirmado sua pré-candidatura pelo PSB, sigla em que está filiado.

No período da tarde, vão falar no evento Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Aldo Rebelo (SD), Paulo Rabello (PSC) e Henrique Meirelles (MDB).

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Flávio Rocha (PRB), convidados para o evento, oficializaram respostas afirmando que não estariam presentes por outros compromissos. O regulamento da reunião vetou representantes. O PT enviou à organização uma carta escrita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja, abaixo, o que disseram os pré-candidatos sobre a desistência de Joaquim Barbosa:

Geraldo Alckmin

Para Alckmin, ex-governador de São Paulo, a desistência de Barbosa “é uma perda”. “Nós precisamos de novas lideranças, de maior participação. É um homem preparado, com serviço prestado ao Brasil. Mas é uma decisão dele, não sei se é definitiva. Mas se não for desta forma, prestará serviço ao Brasil de outra maneira. Tenho total respeito”, disse.

Marina Silva

A pré-candidata Marina Silva afirmou respeitar a desistência de Barbosa. “É a nossa democracia, em que as pessoas escolhem. E que bom que é assim. Nosso processo eleitoral está muito no início. Precisamos ver todo o desdobramento. A minha candidatura segue porque não está na dependência das outras candidaturas”, disse.

Chegou a ser ventilado uma possível chapa Marina-Barbosa. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou não ter plano B por enquanto. O partido deve analisar se apoia um candidato que já está no cenário ou se lança um outro nome.

“Temos sim um espaço de diálogo com todos os partidos que caminharam juntos em 2014, mas com respeito à dinâmica interna do PSB, que agora vai fazer as suas avaliações”, disse Marina ao ser questionada sobre uma possível chapa ao lado do ex-ministro. Em 2014, ela disputou pelo PSB.

 

Manuela Dávila:

Manuela disse que, se o evento tivesse ocorrido um dia antes, diria que a frente de esquerda teria como candidatos à eleição, além dela mesma: Lula, Ciro Gomes, Guilherme Boulos e Joaquim Barbosa. Com a desistência do ex-ministro, ela afirmou respeitar a decisão.

“A escolha de concorrer à Presidência é, no meu caso, partidária, mas também passa por um conjunto de reflexões pontuais. Ele tinha apresentado algumas pautas interessantes. Manifestou a sua contrariedade em relação à Reforma da Previdência e ao processo de impeachment. Ele tinha opiniões já apresentadas e boas”, disse

 

Marun critica Barroso e insinua que imprensa paga por vazamentos

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, durante sessão solene em homenagem aos 15 anos do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados (Cedes).Por Débora Brito – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, voltou a criticar hoje (8) a atuação do Poder Judiciário e defendeu que seja encerrado o inquérito dos portos, no qual o presidente Michel Temer é investigado por supostamente favorecer a empresa Rodrimar por meio de decreto.

Marun questionou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso de negar o pedido da defesa do presidente para arquivar o inquérito. Para ele, o processo está “completamente contaminado” devido ao “vazamento seletivo” de informações para a imprensa. E insinuou que órgãos da imprensa poderiam estar pagando para receber os dados do inquérito e publicar denúncias contra Temer.

“Esse inquérito dos portos deveria ser encerrado, porque é fonte permanente de vazamentos, e vazamento é crime. Se um cidadão é receptador de produto de crime, ele é preso. Existem órgãos da imprensa que parecem que são receptadores de crime, do crime de vazamento, e isso não é sequer investigado com mais atenção. Tem que se ter cuidado em relação a isso. Quem é que me garante que não estão pagando, que estão chegando nos órgãos de imprensa mediante remuneração financeira?”, disse Marun.

O ministro reiterou que não descarta nenhuma hipótese sobre os vazamentos e exigiu que seja aberta uma investigação. Marun também desafiou que se apresente provas de que o decreto dos portos tenha sido editado por Temer para favorecer empresas.

Marun disse que o Congresso deve ser respeitado na sua prerrogativa de legislar e que os outros poderes devem obedecer o que é aprovado e promulgado no Parlamento. Para o ministro, um juiz de primeira instância impedir a nomeação de um ministro indicado por Temer e o ministro Barroso pedir a quebra do sigilo bancário do presidente são exemplos de “operadores do Judiciário” que, em sua opinião, descumprem a lei.

Rogério Marinho embarca de vez na candidatura de Fábio Dantas a governador

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Rogério Marinho é o grande patrocinador da candidatura do vice-governador Fábio Dantas ao Governo do Estado

O deputado federal, também conhecido como ‘Saco Preto’ Rogério Marinho promoveu uma reunião na cúpula do PSDB para solicitar que a Comissão Executiva libere ele para votar no vice-governador Fábio Dantas que é pré-candidato a governador pelo PSB.

Rogério Marinho que foi rejeitado pelo governador Robinson Faria que não quer o apoio dele, foi procurado pelo prefeito de Natal Álvaro Dias para votar em Carlos Eduardo Alves mas descartou acordo com o ex-prefeito de Natal, e não restando outro caminho deverá apoiar Fábio Dantas para governador.

Vale para o RN? Ciro Gomes descarta fazer aliança com “quadrilha do PMDB” em eventual governo

Governar com o apoio do MDB é o “caminho do fracasso sem falta”, diz pré-candidato

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Ciro Gomes quer o PDT longe da “quadrilha do MDB”

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a renegar uma eventual aliança com o partido do presidente Michel Temer, caso eleito. “Com a quadrilha do PMDB eu não quero negócio”, defendeu, durante entrevista ao programa Band Eleições, da Band, transmitido na madrugada desta terça-feira, 8 De acordo com o pedetista, governar com o apoio do MDB é o “caminho do fracasso sem falta”.

“O Fernando Henrique Cardoso se desmoralizou (com a aliança com o MDB), e nunca mais o PSDB ganhou uma eleição nacional”, afirmou, de forma enfática. Ciro, entretanto, reconheceu as dificuldades de montar uma coalizão e disse que não vai governar com “a inocência de um convento”. “Mas se você anunciar as propostas antes, se negociar no atacado, negociar o pacto federativo, para trazer uma eficiência instantânea que imediatamente mexe com o povo, o impasse pode se resolver por meio de plebiscitos e referendos”, defendeu.

Do Blog do Primo: como ficará o acordo do pré-candidato a governador do PDT do RN Carlos Eduardo Alves com os caciques do PMDB potiguar, senador Garibaldi Alves e o ex-deputado Henrique Alves?