Arquivo diários:02/04/2019

Flávio Bolsonaro diz querer que Hamas “se exploda”

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, reagiu de maneira inflamada em sua conta no Twitter às críticas do movimento radical palestino Hamas, que atacou na segunda-feira, 1º, a visita de Jair Bolsonaro ao Muro das Lamentações ao lado do premiê israelense Binyamin Netanyahu e pediu uma “reação unida” dos países árabes”.

Senador Flávio Bolsonaro após reunião em Brasília 20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Flávio Bolsonaro após reunião em Brasília 20/02/2019 REUTERS/Adriano Machado

Foto: Reuters

“Quero que vocês se EXPLODAM!!!”, escreveu em sua conta no Twitter o senador da República. O Hamas é considerado um movimento terrorista pelos Estados Unidos, e no passado praticou diversos atentados a bomba. O Hamas se tornou um movimento político e controla a Faixa de Gaza.

Na segunda-feira, 1°, o Hamas divulgou nota na qual afirmou que a visita não apenas contradiz a histórica atitude do povo brasileiro de apoio à causa palestina, mas também viola leis internacionais. “Essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos”, diz a nota. “Em particular, o Hamas denuncia a visita do presidente brasileiro à Cidade Sagrada de Jerusalém acompanhada do primeiro-ministro de Israel.”

Na nota, o grupo palestino, apontado como uma entidade terrorista por Estados Unidos e Israel, pede que o Brasil reverta sua política para a região e pede que a Liga árabe pressione o governo brasileiro para por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos.

Na segunda, Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado do premiê Binyamin Netanyahu. No muro, que é o lugar de culto mais importante para os judeus, Bolsonaro e Netanyahu fizeram uma oração e acenaram para a imprensa.

Instantes antes, o presidente brasileiro esteve na Basílica do Santo Sepulcro, o templo mais sagrado para o cristianismo. Os dois locais ficam na Cidade Velha de Jerusalém, em uma área cujo controle é disputado por israelenses e palestinos.

A visita de Bolsonaro a Israel

Bolsonaro embarcou para Israel no último sábado, 30, com o objetivo de estreitar as relações entre o país e o Brasil. Lá, o presidente se deparou com um protesto do Greenpeace contra o desmatamento na Amazônia, em frente ao hotel no qual está hospedado. Ele também condecorou a brigada militar israelense que ajudou no resgate às vítimas de Brumadinho e prometeu decidir sobre uma embaixada brasileira no país até 2022.

No domingo, 31, o presidente e a delegação brasileira encerraram o dia com um jantar regado a peixe, filé e vinhos. Nesta terça-feira, 2, depois de visitar o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse concordar com o chanceler Ernesto Araújo em relação à avaliação de que o nazismo foi um movimento de esquerda. Bolsonaro deve ficar no país até a próxima quarta-feira, 3, quando embarca para Las Palmas e, de lá, volta para Brasília.

Novo vírus preocupa moradores do bairro do Tirol

Mosquito Aedes já contaminou mais de 170 pessoas no bairro Tirol
Os primeiros casos começaram no final de fevereiro, mas foi a partir de 11 de marco que os relatos de moradores doentes se intensificaram.
Vendo o número de pessoas infectadas crescer por meio de relatos um grupo de moradores no whatsapp, tomou a iniciativa de ligar para a vigilância sanitária que, imediatamente, atendeu ao chamado. Primeiro nos enviou agentes de saúde para visitas in loco. Contudo, ao perceberem que se tratava de um surto intensificaram as ações.
Eis que Dr. Kleber Luz, medico infectologista, entrou em contato e explicou a necessidade de diagnosticar qual doença estava infectando tantas pessoas que adoecerem tão rapidamente.
Foi Agendada  uma ação social que foi realizada no dia 23 de março para que a equipe de Dr. Kleber pudesse coletar sangue e urina para pesquisa a fim de descobrirem qual doença estava devastando tantas pessoas de uma só vez. Foram atendidas  80 pessoas, todas em estado deplorável de dor.
Os sintomas dessa doença são febre altíssima no 1o e 2o dia, diarreia, tontura, mal estar com ânsia de vômito e dores articulares insuportáveis e limitantes. Além destes, vermelhidão na pele, coceira, gânglios e aftas bucais. Tudo em menor e maior intensidade, variando os sintomas entre uns e outros.
As amostras colhidas foram encaminhadas para o laboratório LACEN e outras para a UFRN.
Os primeiros resultados apontaram para Chicungunya. Porém, a equipe de pesquisadores médicos coordenada por dr. Kleber Luz não descartou outras possibilidades e continua investigando se está-se diante de uma mutação do vírus ou se trata-se de um novo em circulação em Natal.
Em explanação ocorrida no Hospital Giselda Trigueiro ocorrida no último dia 29 de março, foram apresentados quatro possíveis hipóteses: a primeira é que pode ser uma arbovirose chamada “ross river”, presente na Austrália; a segunda, de outra chamada “barmah forest”, também australiana; a terceira, do vírus “mayaro” que já circula pelo Brasil, mas sem casos relatados até agora no RN; e a quarta hipótese, que seja uma modificação do Chicungunya, causada pela circulação de outro vírus. Todos transmitidos pelo mosquito aedes aegypti.
Enquanto não se sabe ao certo qual a doença está manifesta no bairro, nosso Delta do Tirol (assim denominado o limite entre o muro do 16 RI e a AABB que, no mapa, tem a figura geométrica de um delta), vai acumulando pessoas doentes. Até o dia 1o de abril, foram catalogados mais de 170 casos, e 3 óbitos.