Arquivo diários:12/05/2019

Advogadas mães exploram um novo nicho nos EUA: o das mães

Por João Ozorio de Melo

Ser mãe é uma nova qualificação profissional nos EUA. Advogadas autônomas, sócias ou empregadas de escritórios de advocacia que se especializam em Direito de Família estão destacando essa “vantagem” em biografias e em material de marketing. Isso é resultado de uma tendência que está se firmando no país: mães que buscam representação em casos de divórcio, custódia, relações domésticas e tudo que pode estar relacionado com ela e com os filhos preferem contratar uma advogada que também seja mãe.

Nos EUA, mães que buscam representação em casos de família preferem contratar uma advogada que também seja mãe
Olena Kachmar

Afinal, ninguém entende melhor uma mãe do que outra mãe. Ninguém vai dar mais atenção e lutar mais pelos direitos das mães e seus filhos do que uma advogada que também é mãe. Essas são, basicamente, as explicações que novas clientes dão à advogada Nanda Davis, que também é mãe, na primeira reunião. “Eu pesquisei na internet e escolhi você por também ser mãe”, ela diz ter ouvido inúmeras vezes, conforme escreveu em um artigo para o site Above the Law.

Se a futura cliente visitar o site da Davis Law Practice (de Nanda Davis), vai ver quatro botões. O primeiro leva a um texto em que ela explica o tipo de representação que oferece aos clientes (porque ela também atende homens, pelo menos por enquanto). O segundo vai a seu principal nicho de marketing. Sob o título “Mãe e Advogada”, ela escreve:

“Na condição de mãe, eu entendo que, quando você vai ao tribunal como mãe, o resultado irá afetar não só a você, mas também seus filhos. Com seus filhos envolvidos, os riscos não podem ser mais altos. Apenas outra mãe pode entender como é terrível não saber o que pode acontecer com seus filhos e eu prometo colocar você e seus filhos acima de tudo”.

Nanda Davis faz parte de um grupo de advogadas mães que criou a “MothersEsquire”, que pretende acabar com a “penalidade de ser mãe”. Além disso, a organização assumiu as missões de promover a equiparação salarial das mulheres e defender a promoção e as taxas de retenção. Mas o mais essencial está expresso nos “objetivos” da organização:

  • fornecer apoio, recursos, treinamento, informações e oportunidades de networking a advogadas com família;
  • fornecer treinamento e informações a escritórios de advocacia e outros empregadores jurídicos sobre políticas e práticas que irão ajudá-los a reter talentos valiosos de advogadas durante período de cuidados críticos (da família).

Nanda Davis conta que a primeira gravidez a deixou preocupada profissionalmente. Ela pensou que os clientes iriam supor que ela estaria menos comprometida com o trabalho, por causa de sua dedicação ao filho. Mas aconteceu o contrário. Ela passou a atrair mais clientes e se tornou melhor advogada na sala de julgamento. Hoje, as clientes dela preferem remarcar reuniões a mudar de advogado, quando ela tem um problema em casa. Elas sabem como isso funciona.

Para as mães, enfrentar um julgamento é uma situação crítica, porque vêm à tona situações do casamento, das finanças, da maternidade e das escolhas que fez na vida. As mães também cometem erros, sofrem frustrações, têm conflitos e receio de não terem feito o certo. A última coisa que elas querem é um advogado que irá julgá-las duramente por escolhas que fizeram como mães. Por isso, querem se relacionar com alguém que as entenda. É impossível entender, por exemplo, as consequências de noites seguidas sem dormir por causa dos filhos.

As advogadas mães também são mais qualificadas para preparar suas clientes para testemunhar no tribunal sobre as dificuldades únicas que enfrentam com as crianças. As clientes se abrem mais e se sentem melhor ouvidas. Além disso, as advogadas mães também têm se dedicado a “educar” os juízes — embora há mais juízas hoje em dia, ainda há muitos juízes que nunca tiveram de cuidar dos filhos.

As advogadas mães do grupo que constituiu a MotherEsquire também representam mães, com alguma vantagem, em outras áreas do Direito. Elas atuam, por exemplo, na área criminal e podem explicar melhor como o estresse da maternidade pode afetar a intenção ou questões sobre cuidados com crianças podem vir à tona em julgamentos.

Elas atuam também em casos relacionados a fundos patrimoniais, inventários, testamentos e fideicomissos, sempre que os interesses únicos das crianças estão em jogo. Enfim, há muitas áreas em que a conexão de uma mãe com a advogada mãe se torna o fator decisivo na escolha de um advogado, elas dizem.

Nanda Davis afirma que os escritórios de advocacia devem destacar nas biografias de seus sites ou em qualquer material de marketing as advogadas que são mães. Elas ajudam a atrair mais clientes e reter os atuais. Assim, em vez de tratá-las como um encargo, devem tratá-las como mais um recurso útil do escritório.

CONJUR

Por causa de Datena, Eduardo Bolsonaro briga com Frota no Twitter: “Caroneiro”

­Por iG Último Segundo

Políticos entraram em atrito ao dissertar sobre a possível candidatura do apresentador da TV Bandeirantes à prefeitura de São Paulo no ano de 2020

Na tarde desta sexta-feira (10) os deputados federais Alexandre Frota e Eduardo Bolsonaro, ambos do PSL-SP, protagonizaram um desentendimento pelo Twitter. O motivo seria uma possível filiação do comunicador José Luiz Datena ao PSL, com o plano futuro de concorrer à prefeitura de São Paulo em 2020.

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Montagem / Divulgação

Eduardo Bolsonaro, Datena e Frota

Tudo começou com uma publicação de Eduardo Bolsonaro que, desde o começo do mês, é presidente do partido em São Paulo. No texto, ele avisa sobre as tratativas com o apresentador da Band , que há algum tempo vem manifestando interesse de embarcar em uma carreira política embasado pela popularidade que arrebatou nos anos de televisão.

Em seguida, Frota ironizou a publicação, lembrando que conversas semelhantes já foram mantidas com o apresentador da Band , que não efetivou sua candidatura. O ex-ator também afirmou que o encontro era a própria “corte montada”, referindo-se à presença do príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança na reunião.

“Olha que bom o Datenão no PSL ,vou torcer espero que não desista como fez na eleição passada . A Corte toda montada, inclusive a Dra.Karina Kufa. Os Estaduais devem estar felizes. Olha o Gil Carteiro Reaça e o Princepe Orleans”.

O filho de Jair Bolsonaro reagiu ao comentário de Alexandre Frota no Twitter o chamando de caroneiro, atribuindo a eleição do ator para o cargo de deputado federal ao sucesso de Bolsonaro nas urnas.

“Falou o deputado eleito na carona do Bolsonaro e que só fala mal da direita. Acredite, eu não queria essa função de presidente, relutei muito, mas não podemos fugir da nossa responsabilidade de moralizar o partido. Isso evitará eleição de caroneiros”.

Em réplica a Eduardo Bolsonaro , Frota não pestanejou: “Existe filho Caroneiro também, só para te lembrar em 2014 você não teve nem 85 mil votos, mas para nós não brigarmos no Twitter eu vou falar no Plenário, e vou no estatuto do PSL, vou pedir auditoria, vou querer saber quantas reuniões você compareceu e quantas atas assinou”. Até o momento, nenhum dos dois voltou a se posicionar sobre o asssunto.

Fonte: Último Segundo

Juíza que proibiu Bolsonaro de retirar radares é ameaçada

A juíza federal Diana Wanderlei, que proibiu o governo JairBolsonaro de retirar pardais eletrônicos de rodovias, recebeu uma ameaça de morte no dia 10 de abril, relata O Globo.

“Um morador de Santo André (SP), Odair Fontebasso Junior, enviou uma foto de si próprio segurando uma arma e duas mensagens: ‘Juíza que merece um tiro de 12 no cu dela’ e ‘Vai tomar muita porrada, juizaca (sic) vagabunda. Você será morta enforcada, com suas vísceras, sua vaca de toga. bandida.”

O caso já está com a Polícia Federal.

Grupo de empresários liderado pelo potiguar Flávio Rocha amplia lobby no governo Bolsonaro

Após prometer criar um milhão de empregos no primeiro mês do governo de Jair Bolsonaro (mas ter ficado longe de atingir a meta) e de iniciar um corpo a corpo em Brasília pela aprovação da reforma da Previdência, o movimento de empresários liderado por Flávio Rocha, dono da Riachuelo, pretende avançar em sua atuação em Brasília e participar ativamente na elaboração de políticas públicas. “A ideia é ter ação política”, diz Gabriel Kanner, sobrinho de Rocha e presidente do Instituto Brasil 200.

Por meio da entidade, o grupo de empresários fará lobby no Executivo e no Legislativo por políticas liberais. A entidade já assinou protocolo de intenções com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e pretende colaborar no texto da reforma tributária.

O instituto, que se define como apartidário, tem a deputada Joice Hasselmann (PSL) como coordenadora de sua frente parlamentar e deve se beneficiar da proximidade de seus fundadores com membros do governo e do Congresso. Continue lendo Grupo de empresários liderado pelo potiguar Flávio Rocha amplia lobby no governo Bolsonaro

Postagens de Carlos Bolsonaro irritam deputados e ameaçam projetos do governo

A ofensiva puxada nas redes por Carlos Bolsonaro e pelo PSL contra a mudança do Coaf do Ministério da Justiça para o da Economia irritou deputados veteranos. Não há disposição de inverter a pauta para antecipar a votação da medida que reestrutura a Esplanada até quinta (16), quando Maia volta dos EUA.

Na sexta (10), postagem em que o filho 02 atacou parlamentares circulou em grupos de WhatsApp de líderes do Congresso. “Não podemos deixá-los cuspir na nossa cara sempre! Cobremos!”, dizia Carlos na mensagem.

Painel/Folha de S.Paulo

Bolsonaro confirma que vai indicar Moro para vaga no STF

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou hoje que o ministro Sergio Moro (Justiça e da Segurança Pública) será indicado para a próxima vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), que deve ser aberta em novembro do ano que vem com a aposentadoria do decano Celso de Mello.

“Tenho um compromisso com ele [Moro]. A primeira vaga [do STF] que vier é dele. Vou honrar o compromisso com ele, caso ele queira”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirantes.

O presidente confirmou que assumiu esse compromisso com Moro após a vitória na eleição do ano passado, quando tomou a decisão de convidar o então juiz para formar o governo.

Moro, que se destacou à frente das ações da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal Criminal (Curitiba), precisou abandonar a magistratura para migrar ao Executivo.

Bolsonaro afirmou que Moro no STF “será um grande aliado” do país e será “aplaudido pela nação”. Ele ressaltou, no entanto, que todo e qualquer indicado à Corte precisa ser sabatinado e aprovado pelo Congresso.

Em entrevista concedida ao jornal português “Expresso” no mês passado, Moro comparou uma indicação ao STF a ganhar na loteria. “Seria [ir para o STF] como ganhar na loteria. Não é simples. O meu objetivo é apenas fazer o meu trabalho”, disse, ao ser questionado sobre essa possibilidade.

Questionado se o STF seria uma opção segura caso sua vida política acabe mal, Moro afirmou que atualmente “nem existem vagas” na corte.

Procurado pelo UOL hoje, o ministro afirmou que não comentaria a declaração de Bolsonaro.

Por lei, cabe ao presidente da República fazer as indicações ao STF. Feita a escolha, cabe ao Senado sabatinar e aprovar ou não o nome indicado. Além da vaga que será aberta no ano que vem, Bolsonaro ainda terá mais uma à disposição –Marco Aurélio Mello se aposentará em 2021– em seu mandato.

O último a entrar na Corte foi Alexandre de Moraes, que era o ministro da Justiça na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

UOL