Arquivo diários:22/05/2019

Bolsonaro se reúne com executivo da Globo

Jeff Benício

“Como você coloca nossos inimigos dentro de casa?”, questionou Jair Bolsonaro a Gustavo Bebianno, no WhatsApp, em fevereiro.

O presidente referia-se a uma reunião agendada pelo então ministro com o vice-presidente de Relações Institucionais da Globo, Paulo Tonet. Na época, o encontro foi cancelado.

Corta para a tarde de terça-feira, 21 de maio. Bolsonaro recebe em seu gabinete, no Palácio do Planalto, o tal ‘inimigo’. A agenda oficial previa trinta minutos de conversa.

O capitão e a logomarca do canal todo-poderoso: a desavença pode chegar ao fim
O capitão e a logomarca do canal todo-poderoso: a desavença pode chegar ao fim
Foto: Marcos Corrêa e Divulgação / Presidência da República e TV Globo

Tonet não representa apenas o maior e mais poderoso canal de TV País. Ele é também o atual presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.

Mas é claro que, na interpretação geral, ter sido recebido pelo presidente indica possível bandeira branca entre o capitão e a família Marinho, dona do Grupo Globo.

Bolsonaro sempre disparou críticas pesadas contra os veículos da companhia, especialmente a TV Globo e o jornal O Globo. Afirma ser perseguido.

Durante a campanha eleitoral, prometeu reduzir a verba de publicidade oficial do governo ao grupo carioca. Após assumir o cargo, priorizou atendimento ao jornalismo da RecordTV e do SBT.

O cenário mudou. A queda de seu índice de aprovação e a dificuldade de fazer propaganda da reforma da Previdência podem tê-lo convencido a reconsiderar a guerra particular contra o império Globo.

Os telejornais da emissora registram audiência relevante nos quatro cantos do Brasil.

O principal deles, o Jornal Nacional, chega a registrar mais de 30 pontos, algo em torno de 6 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo.

Contar com ampla divulgação das pautas do governo na tela da Globo é bom negócio a político de qualquer ideologia.

Jatos americanos interceptam bombardeiros russos no Alasca

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Jatos de combate americanos interceptaram na terça-feira (21) diversos bombardeiros russos no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca, disseram autoridades militares dos Estados Unido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Jatos de combate americanos interceptaram na terça-feira (21) diversos bombardeiros russos no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca, disseram autoridades militares dos Estados Unidos nesta quarta (22).

Este é a segunda vez em dois dias seguidos que caças americanos detêm aeronaves russas em uma zona que se estende por aproximadamente 320 quilômetros pela costa oeste do Alasca. A área constitui a chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea, espaço aéreo ao redor dos EUA e do Canadá assim definido por razões de segurança destes países.

“A aeronave russa permaneceu no espaço aéreo internacional e em nenhum momento entrou no espaço aéreo soberano dos EUA ou Canadá”, disse o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) em um comunicado publicado em uma rede social.

Anteriormente, no dia 10 de maio, dois caças americanos interceptaram dois bombardeiros russos perto do Alasca, segundo relatos da imprensa.

De acordo com a CNN, os bombardeiros russos são vistos pelo Exército americano como parte de esforços de Moscou em treinar suas forças militares para uma eventual crise, ao mesmo tempo em que manda uma mensagem de força aos adversários. Os bombardeiros Tu-95 voltaram a ser utilizados em 2007 pela Rússia.

Oficiais americanos dizem que aviões russos do tipo voaram diversas vezes na área nos últimos anos, sendo constantemente interceptados por jatos dos EUA e do Canadá

FOLHAPRESS

Vereador quer saber onde estão as 300 ruas ditas pavimentadas pelo prefeito Álvaro Dias na Zona Norte

O vereador de oposição Maurício Gurgel está desconfiado que o prefeito de Natal, Álvaro Dias esteja realmente pavimentando 300 ruas na Zina Norte como alardeado na propaganda da Prefeitura exibida na TV.

Para ter certeza que não é mais um blá-blá-blá do prefeito, Maurício está pedindo via requerimento os nomes das ruas ditas pavimentadas.

O soldado Vasco também vai conferir se as 300 ruas estão sendo pavimentadas.

O Blog do Primo estará pronto para divulgar o resultado da investigação.

A pedido de Bolsonaro, Toffoli vai ao Alvorada para conversa

Em nota, Palácio do Planalto informou que o encontro ocorreu para discutir questões da “conjuntura atual”
Amanda Pupo

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na noite desta terça-feira, 21, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, no Palácio do Alvorada. Em nota, o Palácio do Planalto informou que o encontro ocorreu a pedido de Bolsonaro, para discutir questões da “conjuntura .

“Sou grato ao Presidente do Supremo quando aceitou, a meu convite, se dirigir ao Alvorada onde discutimos questões da conjuntura atual. A harmonia reina entre nós na busca de soluções dos problemas nacionais, entre eles a Nova Previdência”, diz o chefe do Executivo em nota.

Presidente Bolsonaro (E) e presidente do STF, Dias Toffoli, durante cerimônia no Congresso 6/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Bolsonaro (E) e presidente do STF, Dias Toffoli, durante cerimônia no Congresso 6/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O encontro ocorre a cinco dias de manifestações de apoio o governo marcadas para o próximo domingo, 26. Um dos alvos dos atos convocados pelas redes sociais de bolsonaristas é o próprio Supremo, além do Congresso.

Mensagem compartilhada na semana passada por Bolsonaro em grupos de WhatsApp deu incentivo às mobilizações em defesa do presidente e contra os demais Poderes. O texto, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo, dizia que o presidente é alvo de “conchavos” e pressões de todos as partes, de todos os Poderes, que tornam o País “ingovernável”. A mensagem compartilhada pelo presidente fazia menção direta ao Supremo ao afirmar que “as lagostas do STF e os espumantes com quatro prêmios internacionais são só a face gourmet do nosso absolutismo orçamentário”, referindo-se ao edital do STF que prevê comprar refeições com a iguaria.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou na noite desta terça-feira que Bolsonaro não endossa esse tipo de pauta defendido nas redes sociais.

“O governo é democrático e entende a cooperação dos três Poderes para a elevação do nosso País”, afirmou Rêgo Barros, dizendo também que não há participação do governo nos atos, e que eles não devem ser “contra grupos ou instituições”. “Presidente gostaria de declarar que as manifestações têm sempre caráter livre e espontâneo, especialmente essa que estamos tratando, que deve ser pacífica, não sendo contra grupos ou instituições”, disse.

Apesar de afirmar que acredita ser fundamental a participação da sociedade em decisões políticas, o chefe do Executivo avalia que não é adequado mesclar a sua posição com os atos programados, comunicou Rêgo Barros, confirmando a não participação de Bolsonaro nas manifestações. “Deixar claro o entendimento da importância, mas não quer colocar-se diretamente nesse contexto”, disse o porta-voz.

Robinson poderá disputar a vaga de Fábio Faria, diz o Xerife

Fábio e Robinson

Por Robson Pires

Pelo barulho que o ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria está fazendo nas Redes Sociais e o silêncio imposto pelo seu filho e deputado federal Fábio Faria dá pra ‘insinuar’ (eu DISSE… apenas ‘INSINUAR‘… nada mais…) que este último não será candidato à reeleição e cederá a vaga para seu pai disputar o cargo em 2022.

Fábio poderá então se transferir definitivamente para São Paulo (SP) onde já reside a maior parte do tempo quando está de folga depois da câmara dos deputados com a mulher e os filhos.

Excelente artigo do ex-deputado Ney Lopes

Ney Lopes

O incrível acontece: “tráfico” internacional enxerga que o “Grande Natal” é o ponto geográfico estratégico e privilegiado nas Américas para a exportação de drogas ilícitas, infiltradas em nossas “frutas tropicais”.

As lideranças político-empresariais norte-rio-grandenses nunca enxergaram.

Há mais de vinte anos digo, repito, fiz inúmeros pronunciamentos no Congresso Nacional, escrevi livro, sempre destacando a “Grande Natal” como a maior fronteira comercial, aérea e marítima das Américas.

O RN é vocacionado na América Latina e Caribe para instalação de “polo exportador e turístico” (área de livre comércio), com potencial de geração de milhares de empregos e novas oportunidades. Seriam incorporadas as atuais ZPEs de Macaíba e Açu.

A vitoriosa experiência, adotada em inúmeros países, comprova que cada emprego direto corresponde a três indiretos, movimentando o comércio local, com a geração de ICMS, ISS e outras vantagens.

Lei estadual criaria “núcleos” de apoio no agreste, Seridó, sertão, salineira, médio e alto oeste, visando o estímulo aos “pequenos negócios” (agroindústria), incentivando o beneficiamento de recursos naturais nativos para exportação.

No mundo atual, a área de livre comércio, que após a globalização substituiu a ZPE, consiste em espaço territorial pré-determinado, com infraestrutura, destinada à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro.

Os incentivos fiscais concedidos são impessoais, “sem “influências”, além de estímulos cambiais (liberdade cambial) e administrativos (procedimentos simplificados nas exportações e importações).

Estudo oficial já confirmou que a “Grande Natal” é o ponto geográfico mais próximo da Europa e África, se comparado com Pernambuco, Paraíba, Ceará e Maranhão.

O Eminente historiador, Lenine Pinto, sustenta que Pedro Alvares Cabral, pela proximidade geográfica e a corrente de ventos equatorial sul, desembarcou primeiro nas praias de Touros e Cananeia (RN) (22.04.1500) e não em Porto Seguro.

Desde 1530, a nossa condição geográfica privilegiada foi reconhecida pelo rei de Portugal, ao criar a capitania hereditária do Rio Grande do Norte, doada a João de Barros para conter as invasões francesas.

O Ilustre conterrâneo Câmara Cascudo escreveu que Natal “constituía uma das oito capitais do mundo, vértice onde se entrecruzam os meridianos de todas as comunicações”.

Na II Guerra Mundial, o “grande Natal” foi o apoio dos aliados na defesa de ataques vindos da Europa e África.  No século XXI, o “polo exportador e turístico” do “Grande Natal” contribuiria para o aumento da balança de exportações.

Além disso, atrairia a instalação na base aérea de Parnamirim, de “centro ibero-americano” de segurança continental, no Atlântico Sul.

A Lei 11.732/08 concedeu a Roraima as “únicas” áreas de livre comércio do país: Boa Vista e Bonfim. Já ausente em 2008 do Congresso Nacional, alertei a bancada federal de que “chegara a hora” de reivindicar a criação também da nossa área de livre comércio, no Grande Natal.

Não fui ouvido.

Nunca consegui sensibilizar governos, auxiliares, ou órgãos de classe. O empecilho foi a fogueira das vaidades humanas.

A área de livre comércio é a verdadeira economia de mercado, sem maquilagens. Vencem os mais capazes, prevalece à competição e o livre mercado, atrai tecnologia de última geração.

Os investidores chegariam naturalmente, em função do mercado promissor. As indústrias já instaladas no estado teriam proteção legal contra a concorrência predatória. Surgiriam perspectivas de “joint venture” (união de empresas para realizar atividade econômica comum) e conquistas de novos mercados.

Em 2005, na presidência do PARLATINO, convidei o embaixador da China para visitar a “Grande Natal”.

Em debate, ele afirmou a total viabilidade de uma área de livre comércio, ao lado do aeroporto de São Gonçalo. Continuei falando e apelando. A resposta foram o silêncio e desprezo, com a ridicularia, de que eu seria “um sonhador”.

Continuo na trilha do ensinamento de Confúcio: “até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão”.

E convencido de que “Não há nada como o sonho para criar o futuro (Victor Hugo)”.

Um dia, quando talvez esteja em outro plano espiritual, o nosso polo exportador e turístico se tornará realidade, superando as barreiras da “inveja aliada à mediocridade”, que até hoje impediram essa conquista para o nosso povo.

Por Ney Lopes – Ex-deputado federal pelo RN

Rodrigo Maia reage aos ataques do Executivo

Após ter rompido publicamente com o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), por críticas que teriam sido feitas por ele ao Congresso, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não irá mais aceitar um tratamento desrespeitoso por parte de representantes do governo em relação ao Legislativo. Maia evitou responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro pelo comportamento, mas disse que ele dá “sinais trocados”.

Sobre o episódio com o líder do governo, Maia afirmou não ter ficado “zangado com ninguém”, mas voltou a dizer que uma charge compartilhada por Vitor Hugo há cerca de dois meses no grupo de Whatsapp do PSL, atacou a Câmara institucionalmente e foi “desrespeitosa”. A mensagem associava a negociação do governo com o Congresso a sacos de dinheiro. Maia teve acesso à sátira.

“A publicação é desrespeitosa, mas não foi só ele. Tem secretários de alguns ministérios que também postaram e nós não vamos aceitar esse tipo de tratamento de alguns membros do poder Executivo e seus representantes em relação ao poder Legislativo”, disse.

Vitor Hugo, porém, afirmou que a intenção da charge não era ser um ataque ao Parlamento, mas sim, uma forma de chamar atenção sobre a percepção que a sociedade tem do deputados e senadores. “A minha exortação no grupo do PSL era para que a gente conseguisse mudar a percepção da sociedade em torno de nós parlamentares. Parte da população brasileira só acredita que há diálogo com emendas ou dinheiro envolvido. A existência da charge expressa o que uma parte da população pensa sobre o Congresso”, explicou.

Maia, porém, afirmou não estar preocupado com o líder do governo e nem com o governo. “Estamos preocupados com o povo brasileiro”, disse. Ele ressaltou que a Câmara dará demonstração de responsabilidade quando aprovar a reforma da Previdência em junho ou julho. “Conheço a pauta da Câmara, tenho diálogo com todos os líderes, Quem escolhe o líder do governo é o presidente, não estou aqui para discutir líder do governo”, disse.

O presidente da Câmara disse ainda nunca ter tido uma relação com Vitor Hugo, mas ressaltou que ele poderá continuar indo às reuniões de líderes realizadas tanto na Câmara quanto na residência oficial. “Continuei sem ter (relação com Vitor Hugo) a partir de março depois que eu vi qual é a opinião que um deputado tem do próprio Parlamento. Mas ele participa das reuniões de líderes aqui, quando tiver reuniões maiores na minha residência, ele pode participar, já participou de reuniões que eu não convidei e eu nunca expulsei ninguém, não tem problema nenhum”, disse.

Vitor Hugo, por outro lado, afirmou que sempre buscou estabelecer pontes com o presidente da Casa, mas sempre sentiu um certo distanciamento. O deputado disse também que as críticas foram feitas à forma como Maia estava conduzindo as decisões sobre a pauta da Casa, em reuniões com um pequeno grupo de líderes apenas.

Apesar de Maia ter dito que não haveria mais diálogo com ele, Vitor Hugo acredita que o rompimento não é completo. “Acho que só foi evidenciado o que já acontecia. Não é bom para ninguém que o presidente da Câmara e o líder do governo não compartilhem ideias, não cheguem a um meio termo que seja ideal para a pauta da Câmara”, disse e completou afirmando que irá “esperar a poeira baixar” para procurar Maia para uma conversa.

ESTADÃO CONTEÚDO