Pernambucano pede que Eduardo Cunha vire herói nacional e ganhe estátua na beira mar de Recife

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPor Armindo Moura, médico radiologista, no face e em artigo enviado ao Blog de Jamildo

Caro Deputado Eduardo Cunha, agradecido é uma palavra que não expressa a dimensão do perplexo reconhecimento que ora externo em nome dos brasileiros.

Nesse final de semana, provavelmente, esse povo ingrato que rapidamente esquece o nome dos seus benfeitores e beija a mão dos algozes colherá os frutos doces e generosos do seu trabalho desonesto.

O senhor, do alto do seu atrevimento agudo, inteligência viva e caráter rarefeito, ou menos, justifica e põe sentido à existência dos sociopatas quando encarna o único tipo viável de herói nesse teatro hostil do Brasil contemporâneo.

Enfrentar de forma destemida e solitária essa quadrilha que disciplinadamente se infiltrou em todo o tecido social, desde o sistema educacional, político, serviço público e igreja alcançando até a presidência da república, de onde se retroalimentou, aparelhando tribunais e órgãos reguladores não é tarefa para pessoas inseguras.

Gostaria de dizer que, finda essa tarefa honorável e dignificante, na hipótese da sua espontânea renúncia à presidência e ao mandato eu lhe perdoaria biblicamente: “Vá irmão, se arrependa, siga a sua vida e não peques mais…” e o deixaria livre, como paga dos inacreditáveis serviços prestados à nação, vivendo como um nababo com o produto de anos de saque aos cofres públicos.

Não somos ingênuos porém, nem acreditamos no pensamento mágico, a justiça se cumprirá e no final o senhor será preso, provavelmente a sua família também. Seu sonho de viver às custas do estado então se realizará de forma imprevista.

Para a perpetuação da sua memória proponho a criação de um panteão dos heróis nacionais em que dois dos seus ilustres nomes com mais serviços prestados serão imortalizados: Eduardo Cunha e Roberto Jefferson.

Escolhi um belo local, nobre como os homenageados, à beira mar do Recife, e o renomearia com o nome do nosso herói sem caráter: “Parque Macunaíma”, no mesmo local onde se localiza atualmente um parque que, anacronicamente homenageia uma senhora que não conseguiu transmitir valores morais à sua descendência.