Arquivo diários:07/08/2018

Bolsa cai com boatos de delação premiada

Anaïs Fernandes
FOLHA DE SÃO PAULO

Rumores de que um dos presidenciáveis poderia ser citado em delação premiada reviraram o mercado brasileiro na tarde desta terça-feira (7).

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, operava praticamente estável pela manhã, alcançando os 81.742,39 pontos.

Por volta das 14h30 (horário de Brasília), no entanto, começou a cair, chegou a perder 1,2%, e fechou em baixa de 0,87%, a 80.346,52 pontos.

O dólar, que abriu a R$ 3,717, chegou a cair para R$ 3,704, mas fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767.

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Polícia Federal aponta quatro razões para queda de avião que vitimou Eduardo Campos

Por Leandro Melito – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O relatório final da investigação da Polícia Federal sobre o acidente aéreo que vitimou o então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, em agosto de 2014, concluiu que a queda da aeronave pode ter sido causada por quatro fatores e recomendou o arquivamento do inquérito, por não ter havido qualquer infração à legislação penal.

Divulgado hoje (7) à imprensa, o documento aponta que a queda do avião ocorreu, de maneira isolada ou cumulativa, pelas seguintes razões: colisão com pássaros; desorientação espacial por parte dos pilotos; possiblidade de disparo de compensador de profundor; ou uma pane com travamento de profundor em posições extremas.

“Diante das conclusões apresentadas não permitirem a indicação de ter havido qualquer infração a legislação penal, a Polícia Federal recomendou ao Ministério Público o arquivamento do inquérito policial”, diz o documento que foi encaminado ontem (6) ao Ministério Público Federal de Santos, litoral paulista, onde ocorreu o acidente.

Brasília - O Tenente-Coronel Aviador Raul de Souza, apresenta relatório final da investigação do acidente com a aeronave, que vitimou, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O Tenente-Coronel Aviador Raul de Souza apresentou, em janeiro de 2016, o relatório final do Cenipa sobre o acidente – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Polícia Federal também informou que o relatório final do inquérito não confronta outro documento, apresentado no ano passado, pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa): “As investigações são independentes e voltadas a objetivos distintos, cada um com princípios e características peculiares. As conclusões do inquérito policial não confrontam com as do Comando da Aeronáutica. Diversos atos de investigação, inclusive, ocorreram de forma cooperada e harmônica entre os órgãos”.

Os advogados das famílias do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela da Cunha, que comandavam o avião no qual morreu o então candidato à Presidência da República, contestaram as conclusões do Cenipa, apontou que a falta de capacitação dos pilotos para operar a aeronave foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia.

Na segunda-feira, além de encaminhar o documento ao MPF de Santos, a polícia realizou uma apresentação detalhada do inquérito às famílias dos cinco passageiros da aeronave, em Recife. Nesta terça-feira (7) o relatório foi apresentado às famílias do piloto e do copiloto.

Amazon vai vender roupas no Brasil

Por Mariana Desidério

São Paulo – A Amazon passará a vender roupas no Brasil. A entrada no setor de moda deve ocorrer a partir de 15 de agosto, segundo uma fonte do setor. A Amazon não comentou.

Maior empresa de comércio eletrônico do mundo, a varejista já oferece livros, eletrônicos e artigos de cozinha por aqui. Com a nova investida, a companhia passa a competir com lojas como Dafiti, Zattini e Passarela.

A Amazon costuma abalar os setores em que decide atuar. A companhia está há seis anos no Brasil, mas nos quatro primeiros anos focou sua atuação apenas na venda de livros. No segundo semestre de 2017, anunciou que venderia também eletrônicos e, cerca de um mês depois, entrou no segmento de casa e cozinha.

O modelo de marketplace – no qual outros vendedores oferecem produtos na plataforma da marca – tem trazido vantagens para quem opera no varejo online, segundo um relatório do JP Morgan. Dentre os ganhos do modelo estão altos retornos, maior sortimento de produtos e maior tráfego na página. Além da Amazon, Magazine Luiza, B2W e Via Varejo atuam dessa forma

Câmara dos Deputados discute 100% de capital estrangeiro para empresas aéreas

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O Plenário da Câmara dos Deputados deverá deliberar sobre o Projeto de Lei 7425/17, do Poder Executivo, que permite o controle acionário total de empresas aéreas nacionais por capital estrangeiro se a sede for no País. Atualmente, o máximo permitido pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) é de 20%.

O governo argumenta que a ampliação do capital estrangeiro no setor aéreo aumentará a competição, a desconcentração do mercado doméstico e o aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas.

Na América do Sul, o Chile, a Colômbia e a Bolívia já autorizam o controle acionário de empresas locais por estrangeiros.

Debate em 2016

Essa não é a primeira vez, em período recente, que a Câmara dos Deputados analisa a questão. Em março de 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff assinou medida provisória que, entre outros pontos, elevava o capital estrangeiro nas empresas aéreas para 49% (MP 714/16). Durante discussão na Casa, o percentual subiu para 100%.

Diante de risco de derrota no Senado, onde a ampliação não foi bem recebida, o presidente Michel Temer fez um acordo com os partidos da base aliada para aprovar a MP, com o compromisso de vetar a parte sobre a elevação do capital estrangeiro, que seria reenviada por meio de projeto de lei. A solução foi uma alternativa para salvar a medida, que continha outros pontos importantes para o governo, como o perdão de dívidas da Infraero com a União.

Lemann incentiva ex-bolsistas a ingressarem na política

Imagem relacionadaAna Paula Paiva/Valor

Lemann: “Espero que alguns desses jovens cheguem à Presidência e chamem outros que conheceram na fundação”

O empresário Jorge Paulo Lemann, sócio da 3G Capital, está incentivando os jovens e ex-bolsistas beneficiados pela Fundação Estudar, instituição que concede bolsas de estudo em universidades estrangeiras e da qual é um dos idealizadores, a ingressar na carreira política. Seis ex-bolsistas e um ex-diretor da Fundação Estudar concorrem a cargos eletivos no pleito deste ano.

“Eu acho que alguns desses jovens da fundação já podem ser eleitos agora, espero que em alguns anos eles cheguem até a presidência e chamem outros jovens que eles conheceram na fundação para o tornar o país melhor”, disse Lemann, durante evento da Fundação Estudar que anunciou ontem 26 novos bolsistas.

No total, a Fundação Estudar já beneficiou 674 pessoas desde a sua criação em 1991. O primeiro bolsista foi Carlos Brito, CEO da AB InBev, que fez um MBA na Stanford University, nos Estados Unidos, bancado por Lemann e seus sócios Beto Sicupira e Marcel Telles – a iniciativa foi o embrião da Fundação Estudar. Desde então, a instituição concedeu bolsas para executivos que hoje ocupam cargos de liderança como Bernardo Hees (Kraft Heinz), Hugo Barra (Facebook), Rogério Melzi (Hospital Care), Fabio Jung (One Partners), entre outros. Uma das regras do programa é que as pessoas beneficiadas pela Fundação Estudar voltem para o Brasil ou trabalhem em projetos ligados ao mercado nacional após os estudos.

No próximo programa de bolsas, a instituição investirá R$ 1,9 milhão. Parte desses recursos vem dos ex-bolsistas, que após a conclusão de seus cursos contribuem com doações para os atuais alunos. Em 2017, 25% dos recursos levantados vieram de doações e 30% foram provenientes de recursos dos fundadores da instituição.

Setor produtivo aprova Tião Couto como vice de Robinson Faria

A classe empresarial do Rio Grande do Norte elogiou a escolha de Tião Couto (PR) para compor como vice a chapa majoritária da coligação ‘Trabalho e Superação’, encabeçada por Robinson Faria (PSD) para o governo e Geraldo Melo (PSDB) para senador. O setor produtivo acredita que, se eleito, poderá representar os interesses do empresariado potiguar no governo.

Um dos segmentos que aprovou a escolha foi o setor do agronegócio. Para o presidente da Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), Marcelo Passos, a coligação – formada por 12 partidos – tomou a decisão acertada em escolher o mossorense como candidato a vice-governador. “Ele tem muita representatividade na classe empresarial potiguar”, analisa o presidente da Anorc, entendendo que isso poderá abrir um canal de diálogo entre produtores e criadores e o governo de forma mais efetiva.

Já o presidente do Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte, Luiz Roberto Barcelos – que é considerado um dos maiores empregadores do setor rural do Brasil com a manutenção de mais de dez mil trabalhadores -, acredita que, de todos os vices que se apresentaram até agora, Tião Couto é o único que verdadeiramente representa o setor produtivo potiguar.

”Trata-se de um empresário bem-sucedido, que construiu seu patrimônio com trabalho e dedicação, gerando emprego e fazendo o estado crescer. É uma pessoa que vem a somar e que o setor produtivo precisa se espelhar nele, que não fica reclamando, parte para a ação”, diz Barcelos, sinalizando que a eleição da coligação será favorável para o setor.

Não apenas o agronegócio vê com bons olhos a chegada à campanha de alguém que trabalha e sabe dos desafios para se empreender no Rio Grande do Norte, mas também outros setores, como o de comércio, serviço e indústria. “O nome de Tião Couto é muito bem-vindo pelos empresários para ser vice de Robinson. Ele, seguramente, vai contribuir muito para o crescimento do setor produtivo aqui no Rio Grande do Norte”, avalia o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Augusto Vaz.

Do segmento industrial, o empresário José Nilo, proprietário da empresa mossoroense Engepetrol, também crê que a escolha do nome como uma ótima opção.  “Sebastião conhece bem o setor produtivo de óleo e gás e pode dar boas ideias para alavancá-lo, contribuindo assim com a geração de emprego e renda no estado”, diz, lembrando que a cadeia de valor do petróleo no RN. sofreu baixas significativas com o desaceleramento dos investimentos da Petrobras. Somente em Mossoró, foram mais de cinco mil empregos perdidos.

Decisão certeira

O nome de Tião Couto foi escolhido justamente por representar uma fatia forte da sociedade que é fundamental para consolidar o projeto desenvolvimento de forma participativa do Rio Grande do Norte que o Robinson Faria planeja para o segundo mandato. Isso porque é o setor produtivo que gera empregos e alavanca a economia do estado, com a fomentação de negócios e divisas. A ideia do candidato é construir um programa de governo com contribuição de todos os setores da sociedade.

De origem humilde, Sebastião Couto se tornou um dos empresários mais bem-sucedidos na indústria petrolífera nacional. Aos 61 anos, ele é proprietário de várias empresas, entre elas a EBS, considerada a maior na área de prestação de serviço de perfuração de poços de petróleo onshore do Brasil. E, por isso, ele emprega mais de mil trabalhadores no Rio Grande do Norte.

Ao avaliar os candidatos que disputam o governo nas eleições deste ano e constatar a união entre as famílias Alves, Maia e Rosado, o empresário Tião Couto afirmou não restar dúvidas em apoiar Robinson Faria. “Ele é a melhor opção para o povo potiguar. Trabalha honestamente e é com ele que pretendo aproximar o governo com a iniciativa privada. Nossa ideia é agregar e fomentar o desenvolvimento econômico”.

Câmara adia reunião que pode cassar mandato de Maluf

Caso está na Câmara há sete meses

Agência Estado

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados adiou a reunião que estava marcada para a tarde desta terça-feira (7) em que a cassação do mandato do deputado Paulo Maluf (PP-SP) seria discutida. A Casa não informou o motivo e a análise do caso foi remarcada para a quarta-feira (8)

Faz mais de sete meses que o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou à Mesa da Câmara que declarasse a perda da função do deputado, mas até agora os parlamentares não se pronunciaram sobre o assunto.