Rumores de que um dos presidenciáveis poderia ser citado em delação premiada reviraram o mercado brasileiro na tarde desta terça-feira (7).
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, operava praticamente estável pela manhã, alcançando os 81.742,39 pontos.
Por volta das 14h30 (horário de Brasília), no entanto, começou a cair, chegou a perder 1,2%, e fechou em baixa de 0,87%, a 80.346,52 pontos.
O dólar, que abriu a R$ 3,717, chegou a cair para R$ 3,704, mas fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767.
Somaram-se à especulação sobre delação rumores do resultado da pesquisa CNT/MDA, da Confederação Nacional do Transporte, que aponta intenções de voto para presidente, governador e senador em São Paulo. O resultado será divulgado às 11 horas desta quarta-feira (8). Procurada, a CNT ainda não se manifestou.
Com a movimentação, o mercado brasileiro se descolou do exterior.
Lá fora, o dólar perde força ante 26 das 31 principais divisas do mundo. O real, porém, lidera a desvalorização em relação à moeda americana.
“Na dúvida, é melhor estar comprado [em dólar] do que vendido. O investidor tenta se cobrir e se garantir”, diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
As bolsas globais também operam no azul. O Dow Jones, principal índice de Nova York, subiu 0,50%.
Na Europa, os principais mercados fecharam em alta.
“A política nacional vai ter um peso maior sobre a volatilidade da Bolsa. Enquanto não começar a propaganda eleitoral, no fim do mês, vai ser assim: boatos, ataques e ‘fake news’ puxando o mercado”, diz Guimarães.