Arquivo diários:08/10/2018

Eleição para o Senado contraria pesquisas e mostra alta renovação

Senado terá renovação de dois terços de seus membros

As urnas foram fartas em más notícias para os senadores que disputaram reeleição. Dos 32 que tentaram renovar os mandatos, oito conseguiram. Entre os 24 que fracassaram nas urnas está o ex-líder do governo na Casa, Romero Jucá (MDB), um dos senadores mais influentes da atual legislatura (veja as listas abaixo). Um dos campeões de processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF), alguns deles referentes à Operação Lava Jato, Jucá estava há 24 anos no Senado e, depois de liderar três governos seguidos (Lula, Dilma e Temer), ganhou o apelido de “líder de todos os governos”.

Apontados como favoritos pelas pesquisas durante quase toda a campanha eleitoral, políticos veteranos como Roberto Requião (MDB-PR), Magno Malta (PR-ES), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Eduardo Braga (MDB-AM) foram derrotados por candidatos mais novos. Alguns deles, como Leila do Vôlei (PSB-DF), exercerão seu primeiro mandato eletivo.

Só 7 dos 81 senadores foram a todas as sessões do primeiro semestre de 2018

O fracasso eleitoral também atingiu os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Edison Lobão (MDB-MA) e Eunício Oliveira (MDB-CE), além de figuras como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG). Outro petista famoso, o ex-senador Eduardo Suplicy, foi ultrapassado pelos deputados paulistas Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB).

 

Leila do Vôlei e Rodrigo Cunha são dois dos rostos novos no Senado para a próxima legislatura (2019-2023)Leila do Vôlei e Rodrigo Cunha são dois dos rostos novos no Senado na próxima legislatura – Foto: Reprodução

 

Confira abaixo os resultados da eleição para o Senado, estado a estado:

AC
Petecão (PSD)
Márcio Bittar (MDB)

AL
Rodrigo Cunha (PSDB)
Renan (MDB)

AM
Plinio Valerio (PSDB)
Eduardo Braga (MDB)

AP
Randolfe (Rede)
Lucas Barreto (PTB)

BA
Jaques Wagner (PT)
Ângelo Coronel (PSD)

CE
Cid Gomes (PDT)
Eduardo Girão (Pros)

DF
Leila do Vôlei (PSB)
Izalci (PSDB)

ES
Fabiano Contarato (Rede)
Marcos Do Val (PPS)

GO
Vanderlan (PP)
Jorge Kajuru (PRP)

MA
Weverton (PDT)
Eliziane Gama (PPS)

MG
Rodrigo Pacheco (DEM)
Jornalista Carlos Viana (PHS)

MS
Nelsinho Trad (PTB)
Soraya Thronicke (PSL)

MT
Juíza Selma Arruda (PSL)
Jayme Campos (DEM)

PA
Jader Barbalho (MDB)
Zequinha Marinho (PSC)

PB
Veneziano Vital do Rêgo (PSB)
Daniella Ribeiro (PP)

PE
Humberto Costa (PT)
Jarbas Vasconcelos (MDB)

PI
Ciro Nogueira (PP)
Marcelo Castro (MDB)

PR
Professor Oriovisto Guimarães (Podemos)
Flávio Arns (Rede)

RO
Marcos Rogério (DEM)
Confúcio Moura (MDB)

RJ
Flávio Bolsonaro (PSL)
Arolde de Oliveira (PSD)

RN
Capitao Styvenson (Rede)
Dra. Zenaide Maia (PHS)

RR

Chico Rodrigues (DEM)
Mecias Jesus (PRB)

RS
Luis Carlos Heinze (PP)
Paulo Paim (PT)

SP
Major Olímpio (PSL)
Mara Gabrilli (PSDB)

SC
Esperidião Amin (PP)
Jorginho Mello (PR)

SE
Delegado Alessandro Vieira (Rede)
Rogério Carvalho Santos (PT)

TO
Eduardo Gomes (SD)
Irajá Abreu (PSD)

 

Quem se reelegeu:

Ciro Nogueira (PP-PI)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Humberto Costa (PT-PE)
Jader Barbalho (MDB-PA)
Paulo Paim (PT-RS)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Sérgio Petecão (PSD-AC)

 

"Líder de todos os governos": Jucá esteve por quase 25 anos no Senado“Líder de todos os governos”, Jucá esteve por quase 25 anos no Senado – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

 

Quem não conseguiu se reeleger:

Ângela Portela (PDT-RR)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Edison Lobão (MDB-MA)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Eunício Oliveira (MDB-CE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (MDB-RN)
Jorge Viana (PT-AC)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Magno Malta (PR-ES)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Requião (MDB-PR)
Valdir Raupp (MDB-RO)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (MDB-MS)
Wilder Morais (DEM-GO)

Mesmo não vencendo, fizemos uma campanha vitoriosa

Durante 45 dias estive meio afastado desde blog, não divulguei, mas estive coordenando as mobilizações populares da campanha do meu amigo Robinson Faria.

Ao lado de uma equipe pequena e maravilhosa, mesmo contra todas adversidades, conseguimos fazer que a campanha de Robinson realizassem os maiores comícios e carretas desta eleição. Robinson perdeu a eleição, mas ganhou nas ruas, sempre recebido carinhosamente pelo povo nos comícios caprichosamente organizados por nós..

É fato que no quesito campanha de rua e movimentações populares, Robinson foi quem fez a melhor campanha no primeiro turno..

Além do meu esforço e dedicação, tivemos a experiência de Nironaldo Câmara, a paciência e serenidade de José Alves, a organização de Mariana Paiva e o suporte jurídico da grande e competente advogada Andrea Nogueira Pereira que foi diligente.

Não foi um trabalho remunerado, trabalhamos voluntariamente acreditando que Robinson seria o melhor para o RN, um estado que ele encontrou arrasado e reconstruído..

Valeu a pena, mesmo perdendo a eleição, ganhamos as ruas..

Agora é hora para pensar qual será minha posição no segundo turno..

Nironaldo Câmara, muito competente operacional e apoio logístico
José Alves, foi grande organizador dos compromissos do candidato a governador
Dra. Andrea Nogueira Pereira, competente advogada deu total suporte jurídico
Mariana Paiva, responsável pela sistematização e divulgação da agenda

Rogério Marinho pagou com a derrota por ficar contra o povo

Resultado de imagem para Rogério MarinhoProtagonista das piores declarações contra aposentados, servidores públicos e professores com sua atuação parlamentar, o deputado federal Rogério Marinho foi derrotado nas urnas não conseguindo renovar seu mandato.

Ele carregou o desgaste de ter sido o impiedoso relator da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores..

Sua derrota demostra que não vale a pena atuar contra os interesses sociais..

Eleitores deixam os dois maiores caciques do RN sem mandatos

Resultado de imagem para josé Agripino Garibaldi alves

Desde 1982 quando foi eleito governador do RN, o senador José Agripino Maia exerceu mandatos..

Nesta eleição o senador José Agripino Maia disputou a eleição para deputado federal e perdeu..

Já o senador Garibaldi Alves vinha exercendo mandatos desde 1970 quando foi eleito deputado estadual. Garibaldi Alves foi prefeito de Natal, governador duas vezes e senador por três mandatos.. Nesta eleição ele foi candidato à reeleição e perdeu…

Estrelas da política não conseguem se reeleger e ficam sem mandato

Thaiza PauluzeEstelita Hass Carazzai
FOLHA DE SÃO PAULO 
 CURITIBA

Nomes tradicionais da política brasileira, ex-ministros, ex-governadores e senadores que disputavam a reeleição, não se elegeram para o Senado este ano.

É o caso da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT), que decidiu disputar uma vaga de senadora por Minas Gerais após seu impeachment. A petista aparecia disparada em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto desde o início da campanha, mas as vagas do estado ficaram com Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS

No Rio, o também petista Lindbergh Farias disputava a reeleição como senador —posto que ocupa desde 2011. O parlamentar que já foi deputado federal por dois mandatos e prefeito reeleito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ficará sem mandato.

Lindbergh aparecia nas pesquisas em terceiro lugar, com 15%, atrás do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM), com 18%, que também não se elegeu. O petista teve 10% dos votos, enquanto Maia teve 16%.

As vagas no estado ficaram com o líder nas intenções de voto e filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL), e Arolde de Oliveira (PSD) —candidato que aparecia em 5º nas pesquisas, mas contou com apoio bolsonarista.

Outro petista derrotado foi Eduardo Suplicy, em São Paulo, após liderar as pesquisas durante todo o período eleitoral. Atualmente vereador, Suplicy sofreu a segunda derrota consecutiva na disputa pelo Senado —em 2014, perdeu para José Serra (PSDB). Desta vez, acabou superado por Mara Gabrilli (PSDB) e Major Olímpio (PSL), que colou sua imagem em Bolsonaro.

Em Roraima, Romero Jucá (MDB) também foi degolado por menos de 500 votos. Jucá está no terceiro mandato e foi líder do governo de três presidentes e ministro do petista Lula e do emedebista Michel Temer. Neste domingo (7), teve 17,34% dos votos, contra 17,43% do eleito Mecias de Jesus (PRB). O segundo nome do estado é Chico Rodrigues (DEM).

No Paraná, duas grandes forças da política local ficaram de fora do Senado: os ex-governadores Beto Richa (PSDB) Roberto Requião (MDB).

Ambos eram líderes nas pesquisas às vésperas da eleição. Requião, atual senador, liderava com folga, com 26%, segundo o Ibope de sábado (6). Acabou em terceiro lugar, com 14%.

“Efeito Bolsonaro e duro ataque de infâmias e calúnias”, comentou Requião, nas redes sociais. Ele atribuiu a derrota ao “voto útil” nos dois vencedores, Professor Oriovisto (Podemos) e Flavio Arns (Rede), com o objetivo de tirar Richa da segunda vaga.

Richa, que terminou num amargo sexto lugar, com 3% dos votos, foi preso por quatro dias em meio à campanha eleitoral, numa investigação por suspeitas de desvios em obras públicas. Ele nega irregularidades, e acusou a prisão de ser arbitrária e política.

Pela manhã, ao votar, o tucano disse que foi vítima de uma “barbárie”. “Foi para exterminar, destruir minha candidatura”, declarou. “Não havia nem inquérito instaurado [era um procedimento investigativo do Ministério Público], nunca havia sido chamado a dar depoimento. Que mundo é esse?” A investigação que prendeu Richa é alvo de apuração do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

No Maranhão, outros dois fortes nomes locais foram derrotados: Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV) —o Zequinha, herdeiro do ex-presidente José Sarney (MDB) e ex-ministro de Michel Temer (MDB). Os eleitos foram Weverton (PDT) e Eliziane Gama (PPS).

Lobão é ex-governador, ex-ministro e atual senador. Ele foi considerado suspeito, num desdobramento da Lava Jato, de ter recebido propinas de cerca de R$ 5 milhões. Segundo a Odebrecht, o parlamentar também teria recebido o montante para interferir junto ao governo federal para anulação da concessão da obra referente à Usina Hidrelétrica de Jirau.

Já o clã Sarney começou a perder protagonismo no estado em 2014, quando o governador Flávio Dino (PC do B) se elegeu, interrompendo um ciclo de quase 50 anos de influência da família na política maranhense.

Em Goiás, o ex-governador do estado Marconi Perillo (PSDB) viu sua liderança na corrida pelo Senado ruir de agosto até às vésperas da eleição.

Em setembro, ele se tornou réu sob acusação de corrupção passiva, acusado de receber vantagens indevidas durante o mandato para viabilizar contratos com a construtora Delta entre 2011 e 2012, no mesmo processo que envolve Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Perillo terminou em 5º no estado que governou por quatro mandatos. Vanderlan (PP) e Jorge Kajuru (PRP) vão ocupar as duas cadeiras do Senado por Goiás.

atual presidente do Senado também não estará na Casa no ano que vem. Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto no Ceará durante a campanha, Eunício Oliveira (MDB) amargou a terceira colocação, e por uma pequena diferença viu serem eleitos Eduardo Girão (PROS) e Cid Gomes (PDT).

Outro senador que perdeu o cargo foi Cristovam Buarque (PPS), que cogitou concorrer à Presidência. Ele disputava, tecnicamente empatado nas pesquisas, com o deputado federal Izalci (PSDB), que acabou eleito no estado, junto com a ex-jogadora da seleção feminina Leila do Vôlei (PSB).

Aliado e quase vice de Jair Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR)também foi derrotado na busca pela reeleição no Espírito Santo. Ele chegou a ser convidado para a chapa presidencial, mas decidiu ficar de fora e buscar mais um mandato. Foram eleitos no estado Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS).

No Rio Grande do Norte perderam os senadores Garibaldi Alves e José Agripino Maia que não conseguiu se eleger deputado federal..

Neste domingo (7), o eleitor escolheu dois candidatos ao Senado. O mandato é de oito anos, mas as eleições ocorrem de quatro em quatro anos. Assim, a cada eleição, a Casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras. Neste ano, 54 vagas estavam em disputa no país  —​duas cadeiras por cada Unidade da Federação.

Fotomontagem Dilma Rousseff, Eduardo Suplicy e Eunício Oliveira – Washington Alves/Reuters/Eduardo Anizelli/ Folhapress /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Confira resultado para o Senado

CANDIDATO % VÁLIDOS VOTOS

Eleito Capitão Styvenson REDE ELEITO 25,63% 745.827

Eleito Drª Zenaide Maia PHS ELEITO 22,69% 660.315

Geraldo Melo PSDB 13,14% 382.249

Garibaldi Filho MDB 12,93% 376.199

Jácome  PODE 10,57% 307.399

Alexandre Motta  PT 8,33% 242.465

Magnólia SOLIDARIEDADE 3,92% 114.055

Telma Gurgel PSOL 0,82% 23.846

Dr Joanilson PDC 0,53% 15.418

Levi Costa  PRTB 0,51% 14.709

Ana Celia PSTU 0,28% 8.233

Professor Lailso PSOL 0,26% 7.420

Napoleão REDE 0,25% 7.166

João Morais  PSTU 0,15% 4.291

Jurandir Marinho  PRTB 0,00% 0

Veja os 8 deputados federais pelo RN

Os eleitores do Rio Grande do Norte definiram, neste domingo (7), os oito representantes do estado na Câmara dos Deputados. O PT foi o único partido a eleger dois deputados. Na eleição, apenas três deputados que cumprem mandato foram reeleitos: Rafael Motta (PSB), Walter Alves (MDB) e Fábio Faria (PSD). Foram apurados 1.966.450 votos. Destes, 1.609.833 foram votos válidos.

Benes Leocádio (PTC) – 125.841 (7,82%)
Natália Bonavides (PT) – 112.998 (7.02%)
Mineiro (PT) – 98.070 (6,09%)
João Maia (PR) – 93.505 (5,81%)
Rafael Motta (PSB) – 82.791 (5,14%)
General Girão (PSL) – 81.640 (5.07%)
Walter Alves (MDB) – 79.333 (4,93%)
Fábio Faria (PSD) – 70.350 (4,37%).