Brasília – O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu para este domingo, 17, a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A primeira fase das discussões foi encerrada nesse sábado, 16, e durou 34 horas, após debates que começaram na sexta-feira, entraram pela madrugada e só terminaram na noite desse sábado. A sessão já é contabilizada como a maior da história da Câmara, ultrapassando a discussão da Medida Provisória dos Portos, em 2013, que durou 22 horas.
Por causa dos atrasos, Cunha e 14 partidos majoritariamente pró-impeachment fecharam acordo para diminuir o tempo da segunda fase de discussão e garantir assim o início da votação para as 14 horas deste domingo. No total, 60 deputados abriram mão de se manifestar pelo tempo de três minutos, o que representa uma economia de três horas. A cada cinco horas, quando se inicia uma nova sessão, os líderes dos 25 partidos com representação na Câmara têm direito a falar de três a dez minutos.
Os parlamentares pró-impeachment também prepararam requerimentos de encerramento de discussão que devem ser apresentados na penúltima sessão antes do início da votação, por volta das 11 horas. Aprovado um dos requerimentos, a sessão pode ser encerrada mesmo que todos os inscritos não tenham falado. “Nesse ritmo, até as dez da noite acaba (a discussão dos partidos). Se os atrasos se sucederem, a gente vai ter requerimento de encerramento de discussão. Se for preciso, (o requerimento) vai a voto”, afirmou Cunha ontem. O presidente observou que, na madrugada, muitos deputados inscritos não aparecem para discursar.