Lascou geral: delator dono da Engevix citou Temer, Renan, Erenice e propina para campanha de Dilma

O dono da Engevix colocou Temer no meio da Lava Jato

Uma proposta de delação premiada apresentada a procuradores da Operação Lava Jato pela defesa de um dos donos da Engevix, o engenheiro José Antunes Sobrinho, afirma que ele pagou propina a operadores do esquema de corrupção na Petrobras que falavam em nome do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). De acordo com os relatos de José Antunes, os peemedebistas apadrinharam a nomeação de aliados políticos na petrolífera e em outras estatais, como a Eletronuclear, durante os governos Lula e Dilma Rousseff. Um dos beneficiários do suborno – um “amigo de Temer”, diz a revista Época – embolsou R$ 1 milhão para que fosse obtido e mantido um contrato de R$ 162 milhões da Engevix com a empresa do setor elétrico.

José Antunes diz também ter pagado à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, principal assessora de Dilma até 2010, e ao advogado Carlos Araújo, ex-marido da presidente, para obter influência junto às altas esferas do poder. As informações constam de reportagem de capa daÉpoca deste fim de semana. Intitulada “O homem que sabia demais”, a matéria se baseia em um conjunto de informações reunidas em 30 anexos a que a revista diz ter tido acesso, em que José Antunes fala sobre fatos, personagens e crimes diversos.