Arquivo diários:03/05/2016

Financial Times diz que Temer vai pegar morcego nas medidas que Dilma tomou para recuperar o crescimento da economia brasileira

‘FT’: Economia brasileira dá sinais de recuperação, mas Temer deve ser o beneficiado

BBC

O jornal britânico “Financial Times” afirma, em reportagem publicada na edição desta terça-feira (3), que a economia brasileira está começando a mostrar sinais de recuperação, mas que isso deve acabar beneficiando o vice-presidente Michel Temer, que assume caso Dilma seja afastada pelo Senado no processo de impeachment.

A reportagem afirma que, apesar de Dilma estar sendo acusada de manipulação nas contas públicas, analistas acreditam que seu “crime real” aos olhos do mercado, indústria e eleitores foi “assassinar uma das histórias de crescimento econômico mais promissoras do mundo”.

A reportagem afirma que é uma “ironia” que, enquanto o Senado se prepara para votar seu afastamento, provavelmente no dia 11, um “fraco pulso” pode ser visto na economia, a “suposta vítima” de Dilma.

“Isso provavelmente não será suficiente para salvar Rousseff. Mas pode ajudar seu provável sucessor, vice-presidente Michel Temer”, diz o texto.

Inflação

A reportagem afirma que indicadores como a expectativa da inflação estão começando a melhorar e diz que Dilma nomeou, no ano passado, o ministro da Fazendo Joaquim Levy para “tentar desfazer alguns dos erros dela”.

Segundo o “FT”, algumas medidas tomadas por Levy, como o fim do controle de preços, começam a mostrar resultado. Apesar de a alta de preços ter gerado inicialmente um aumento pontual da inflação, a tendência foi contida pela manutenção da taxa básica de juros em 14,25%, acrescenta o artigo.

Queda do dólar

A desvalorização acentuada sofrida pelo real no período mais agudo da crise política tem ajudado o Brasil a diminuir o defict em conta corrente e aumentar a confiança do setor exportador. Isto, combinado com a manutenção das reservas cambiais em um nível elevado, tem mantido o interesse dos investidores internacionais. O reflexo é visível com a entrada de US$ 16,9 bilhões de investimento externo no primeiro trimestre desse ano superando os US$ 13,1 bilhões registrados em igual período do ano anterior.

“Se você resolver a crise política, a recuperação econômica pode acontecer”, disse Ricardo Camargo, da consultoria Prospectiva, à publicação.

O jornal afirma que, “de acordo com alguns economistas, se Temer assumir e conseguir montar uma equipe econômica confiável, o círculo virtuoso pode continuar”.

Mas lembra que ainda pode haver instabilidade política.

“Com a incerteza sobre a estabilidade de um governo Temer em longo prazo – ele e outros membros importantes de seu partido, o PMDB, foram ligados ao escândalo na estatal petroleira Petrobras – os investidores vão continuar cautelosos com o Brasil.”

Parecendo brincadeira de juiz da justiça brasileira, o WhatsApp conseguiu derrubar o bloqueio do aplicativo

O WhatsApp conseguiu derrubar o bloqueio do aplicativo, determinado pela Justiça da cidade sergipana de Lagartos. A decisão saiu no início da tarde, depois de a empresa pedir a reconsideração da decisão desta madrugada do Tribunal de Justiça do Sergipe, que havia mantido o bloqueio do serviço.

A decisão favorável é do relator no tribunal, desembargador Osório de Araújo Ramos Filho. A manutenção do bloqueio havia sido determinada pelo desembargador plantonista, Cezário Siqueira Neto, que negou a liminar do mandado de segurança impetrado pelo WhatsApp.

O tempo para restabelecimento do serviço depende de cada operadora. Em dezembro, quando houve a primeira suspensão do WhatsApp, os usuários retomaram o acesso em três horas, em média.

Ministério Público Federal está na cola da cúpula do PMDB

O senador Edison Lobão (PMDB-MA), investigado na Operação Lava Jato
O senador Edison Lobão (PMDB-MA), investigado na Operação Lava Jato

Janot quer investigar elo entre cúpula do PMDB e Belo Monte

Em Brasília

Com base na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou nesta segunda-feira (2) que o Supremo Tribunal Federal inclua novas linhas de investigações em inquéritos envolvendo os principais nomes da cúpula do PMDB. São alvos desses pedidos o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (RR) – cotado para assumir um ministério caso o vice Michel Temer assuma a Presidência -, Edison Lobão (MA) e Valdir Raupp (RO).

Os integrantes do PMDB foram citados na delação de Delcídio por supostamente participar de um esquema de propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, além de desvios no Ministério de Minas e Energia.

Um desses aditamentos solicitados por Janot foi no inquérito que ficou conhecido como “quadrilhão”, que investiga dezenas de parlamentares ligados ao esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato.

As novas investigações precisam ser autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos que envolvem a Operação Lava Jato no Supremo.

Na delação, Delcídio apontou aos investigadores que um esquema de desvio de dinheiro nas obras de Belo Monte teria gerado propina de ao menos R$ 30 milhões para abastecer os caixas do PMDB e do PT. No caso petista, o dinheiro teria ido para a campanha de Dilma Rousseff, enquanto no caso do PMDB teria sido direcionado para o “grupo de José Sarney”, que incluía a cúpula do partido no Senado.

‘Sérgio Moro de Lagarto’: quem é o juiz que bloqueou o WhatsApp no Brasil

BBC

Ingrid Fagundez
Em São PauloMarcel Maia Montalvão foi o responsável pela decisão que bloqueou o Whatsapp no Brasil por 72hEm Lagarto, no centro-sul do Sergipe, o WhatsApp também parou de funcionar, mas ninguém parece chateado com o juiz da cidade, responsável pelo bloqueio do serviço no país inteiro. Marcel Maia Montalvão é um ídolo local.

“Aqui ele tem uma repercussão muito grande. Quem quer enfrentar a criminalidade tem um respaldo a favor. É o perfil Sérgio Moro”, diz o jornalista e advogado Adailson Santos, que entrevistou o magistrado quando ele chegou ao município de 100 mil habitantes, em 2015.

A promessa da vinda do juiz era que ele travaria uma guerra contra o tráfico de drogas, um dos principais problemas da região. Na avaliação dos moradores ouvidos pela BBC Brasil, é isso que ele está fazendo ao barrar o aplicativo.

A decisão de Montalvão é uma tentativa de pressionar a empresa a quebrar o sigilo de conversas entre traficantes, para uma investigação em curso desde 2013. Também decretada pelo juiz, a prisão do vice-presidente do Facebook no Brasil, Diego Dzodan, em março, fez parte do mesmo caso.

Pelo país, as reações nas redes sociais foram enormes, e houve críticas diversas por um único juiz de primeira instância ter bloqueado um aplicativo em todo o território brasileiro.

Mas advogados, jornalistas e policiais lagartenses consultados pela BBC Brasil definiram Montalvão como, “bem preparado” e “humilde”. Disseram que ele está sempre usando um colete à prova de balas e acompanhado de uma escolta policial. Também anda armado, devido às ameaças que já sofreu.

Antes de chegar à cidade, onde é o único juiz da Vara Criminal, atendendo de furtos a homicídios, ele trabalhava em Estância, a 65 km dali. Lá teria sido ameaçado por criminosos e por isso candidatou-se à vaga no município vizinho.

Desde então, afirmam os locais, o lugar não é o mesmo.

“A chegada do Marcel foi de grande importância. Antes da vinda dele, estava muito violento. Vagabundo com ele…ah, ele trabalha em cima da lei, e não tolera. Tanto que a população de Estância está pedindo o seu retorno”, diz o radialista Nando Moreno, há 25 anos na cidade.

“Ele veio com o objetivo de organizar a vara criminal”, diz Adailson. “É um dos mais rígidos no Estado.”

Montalvão teve outras decisões de notoriedade no ano passado, quando decretou a prisão do ex-deputado estadual Raimundo Lima Vieira (PSL), envolvido em um escândalo de desvio de verbas da Assembleia Legislativa de Sergipe. Segundo o Ministério Público Estadual, o político fazia parte de um esquema de repasse irregular de recursos.

Procurado, ele não respondeu ao pedido de entrevista. A assessoria de imprensa da Vara Criminal disse que, como o processo que levou ao bloqueio do WhatsApp tramita em segredo de Justiça, ele não iria se manifestar sobre o caso.

Participativo e implacável

O magistrado é conhecido por participar das operações policiais e não ficar só no escritório. Na delegacia regional, um funcionário, que preferiu não se identificar, elogia.

“Ele aplica a lei com bastante rigor. E é o que precisa, a legislação é muito branda. Vagabundo pensa duas vezes antes de cometer algum delito, porque sabe que vai ser punido com o rigor da lei.”

O policial compara Montalvão a seu antecessor, “voltado para os direitos humanos” e “mais leve” em relação às punições.

A identificação do juiz como “implacável” é reafirmada por suas falas. Na entrevista que concedeu a Adailson Santos em 2015, publicada no Portal Lagartense, o juiz falou de sua “missão” no local.

“Mas como eu já disse aqui estou à mercê de Deus e um dos predicados que todo magistrado deve ter é justamente o da coragem. Vim aqui para servir em nome de Deus e cumprir uma missão. E aqui cumprirei minha missão doa a quem doer.”

Apesar da fama de justiceiro, na mesma entrevista, o magistrado rechaçou a frase “bandido bom é bandido morto”, defendeu condições dignas para os presos e se disse favorável à redução da maioridade penal, mas com ressalvas.

“A maioridade penal não será resolvida com a menor idade penal. Não é reduzindo a idade de um ser humano que faz com ele não pratique aqueles atos que são contrários à lei.”

Argumentos

Além de ser visto como duro no combate ao crime, Montalvão é considerado autor de argumentações bem fundamentadas. Segundo os entrevistados, ele não tomaria uma decisão para aparecer, hipótese levantada após o pedido de prisão do executivo do Facebook e a determinação de bloqueio do WhatsApp.

“Não é um juiz que joga para plateia, que faz algo para ter ibope. É super-sensato com as suas decisões. O Facebook ou WhatsApp não estavam cumprindo a determinação judicial. Têm que estar sujeito à lei brasileira”, defende o advogado criminalista Glover Castro, que participou de diversas audiências com Montalvão.

Colegas de Glover ressaltam que o sergipano é rápido no trabalho. Ele teria tirado o atraso dos processos e seria o “primeiro a chegar e o último a ir embora” na Vara Criminal.

Lá, mesmo com a escolta policial sempre presente, todos se sentem à vontade para conversar com o magistrado, dizem os entrevistados.

“É um cara simples. Durante uma audiência, se um garçom levar uma água para ele, tem que levar para todos ali presentes”, conta Adailson.

A visão igualitária se refletiria em episódios recentes: “a decisão aplicada a um traficante ou a alguém que tenha dinheiro, como um representante do Facebook, (ocorre) da mesma forma.”

Apesar da cordialidade com que parece tratar os moradores, pouco se sabe da vida pessoal de Montalvão. É consenso que ele não mora em Lagarto, mas ninguém arrisca dizer onde fica sua casa. Aracaju (a 80 km dali) é uma das apostas.

De sua história, sabe-se que foi professor de Matemática por 20 anos antes de se formar em direito, em 2001, e que seu pai era engraxate. Foi juiz eleitoral e passou por outros municípios do interior antes de parar em Lagarto.

“Ele é discreto”, diz José Raimundo Ribeiro, ex-deputado estadual, ex-prefeito e pré-candidato às eleições municipais de 2016. Com 78 anos, nascido e criado ali, Ribeiro se diz orgulhoso do trabalho do recém-chegado, com quem sempre bate papo no fórum. O “doutor”, conta, costuma usar terno, mas às vezes tira o blazer porque o calor com o colete é demais.

“Ele tomou medidas que merecem elogio de toda a sociedade lagartense.”

O tom de José se estende ao bloqueio do WhatsApp, que ele achou até bom.

“Tem muita gente aqui em Lagarto que só vive de fofocas, jogando famílias contra famílias, não têm o que fazer, ficam mandando mensagem. Ele tomou uma posição acertadíssima.”

Deputado Nelter Queiroz do PMDB elogia e reconhece trabalho do governo Robinson Faria

nelterO deputado Nelter Queiroz (PMDB) destacou a iniciativa do Governo Estadual em realizar obras de recuperação de estradas em diversas regiões do RN. Na sessão plenária desta terça-feira (3), o parlamentar também mencionou o esforço da atual gestão em desbloquear recursos junto ao Governo Federal para investir na malha viária de importantes municípios do Estado.

“Parabenizo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) que já concluiu obras em Caicó e Jucurutu. Tenho cobrado melhorias nas estradas do Seridó e nesta semana as obras deverão ter um avanço ainda maior”, afirmou o deputado. Nelter afirmou que a atual gestão encontrou recursos bloqueados no Ministério dos Transportes e está empreendendo gestões para desbloquear cerca de R$ 27 milhões que só podem ser utilizados com finalidade específica na recuperação de estradas, aeroportos e rodovias.

Pedido de impeachment do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, deverá ser lido hoje na Câmara Municipal

Secundo cometários na cidade, Carlos Eduardo Alves não está nem aí para o pedido de impeachment – ele diz que os vereadores são “cabeças de fósforo queimados”

O pedido de impeachment do prefeito Carlos Eduardo deverá ser lido na sessão de hoje(03) pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Natal.

Capitaneado pelo vereador Fernando Lucena (PT), o pedido de afastamento do chefe do executivo municipal toma como base o envio tardio de informações referentes à prestação de contas que, segundo preconiza a Lei Orgânica do município, deve ser apresentada à CMN até o último dia útil do mês de março do ano corrente.

De acordo com Fernando Lucena,  o prefeito infringiu três artigos da Lei Orgânica, razão pela qual deve ser impedido de continuar com o mandato que termina esse ano. O vereador argumenta ainda que processo tem como base o Decreto-Lei Nº 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores e dá outras providências.

Ainda segundo justifica Lucena, o mesmo decreto prevê que parentes de até terceiro grau não podem prestar serviços ao município. Apesar disso, o prefeito tem um irmão que é sócio de uma empresa de publicidade que tem um contrato de R$ 12 milhões com a Prefeitura de Natal

Primo Trump espera aplicar golpe de misericórdia em Cruz em prévia republicana de Indiana

Reuters

Por Emily Flitter

BEDFORD, Indiana (Reuters) – O pré-candidato presidencial republicano Donald Trump espera que a prévia partidária desta terça-feira no Estado norte-americano de Indiana torne inevitável o que a princípio parecia a muitos uma busca quixotesca pela indicação de seu partido para concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

Segundo pesquisas, o magnata do setor imobiliário tem uma vantagem de dois dígitos sobre Ted Cruz, senador do Texas que vem fazendo campanha no Estado do Meio-Oeste quase sem parar desde meados de abril.

Cruz vem anunciando Indiana, um dos últimos grandes Estados ainda na disputa pela oficialização do candidato à eleição de 8 de novembro, como seu momento para brilhar e forçar a realização de uma convenção em julho para decidir o escolhido – mas a briga toma os contornos de sua batalha de Waterloo.

Ainda comemorando a vitória em cinco Estados do Nordeste do país na semana passada, Trump espera que um êxito em Indiana coloque a seu alcance a marca de 1.237 delegados necessários para confirmar seu nome na chapa da legenda antes mesmo da convenção.

Planos de saúde perdem 1,3 milhão de clientes em um ano

Flávia Villela
Da Agência Brasil

Mais de 1,3 milhão de brasileiros deixaram de ter planos de assistência médica entre março do ano passado e março deste ano, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar ), sendo 617 mil somente no primeiro trimestre deste ano.

O subsegmento mais impactado foi o de planos coletivos empresarias, devido ao fechamento de vagas formais.