Arquivo diários:24/05/2016

Treino funcional em Alcaçuz, Lampião quer todos sem barrigas e dormindo bem

O primo secretário de Justiça e Cidadania, Walber Lampião, sabe que a turma de Alcaçuz tem uma vida muito sedentária, passavam o dia deitados sem fazerem nada, então, ele adotou treinos funcionais com a galera.

Final do dia, os presidiários estão dando uma corridas no entorno dos pavilhões, sob o olhar vigilante das metralhadoras da Polícia Militar.

Depois do treino funcional, a galera cansada e bem alimentada, vai dormir como anjos. Tão cansados que não encontram forças para cavar os túneis.

Com os treinos do primo Lampião, está se acabando o mimimi, e de noite no presídio o sono profundo está reinando em todos os pavilhões. Breve os rapazes vão ficar todos com barriga tanquinho e com muita saúde.

Confira as medidas apresentadas pela equipe econômica de Temer

No anúncio de hoje, a equipe econômica não elencou medidas relacionadas ao aumento de impostos ou cortes de despesas. Meirelles defende que as ações apresentadas são estruturantes, “mais importante do que cortes pontuais de despesas temporárias e que tenham efeito limitado”, afirmou. “Num primeiro momento não estamos contemplando aumento de impostos”, disse o ministro da Fazenda. Veja as medidas anunciadas:

1) Reforma da Previdência

O primeiro tema levantado por Temer não foi de fato um anúncio, “é mais uma notícia”, disse o presidente interino. O objetivo foi comunicar que de fato o governo está empenhado em apresenta uma proposta de reforma da Previdência. O grupo de trabalho formado por centrais sindicais e ministros está trabalhando em um projeto que deverá ser apresentado em meados do próximo mês – a primeira reunião do grupo foi no dia último dia 18, e Temer deu um prazo de 30 dias para a conclusão dos trabalhos.

“Quando nós chegarmos a uma concordância poderemos apresentá-la ao país, se não com a concordância de todos pelo menos com a de uma ampla maioria”, disse Temer.

2) Limite de gastos públicos

O governo enviará ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição para limitar os gastos públicos à proporção de crescimento da inflação do ano anterior. Assim, a medida busca reduzir os gastos públicos que, nos últimos anos, vêm crescendo acima da inflação.

Segundo Meirelles, a PEC também incluirá “uma mudança no sistema de vinculação da saúde e da educação que serão compatibilizados com esse teto”. Isso porque a Constituição estabelece um percentual do PIB que deve ser destinado à saúde e educação. Neste sentido, a alteração precisa ser aprovada pelo Congresso.

3) BNDES

O governo estuda uma proposta que obriga o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) a pagar R$ 100 bilhões em dívidas com o Tesouro Nacional. Deste total, R$ 40 bilhões seriam pagos agora, e os R$ 60 bilhões restantes seriam pagos em duas parcelas iguais. Segundo Meirelles, o prazo para essa medida ser implementada é “questão de alguns dias”, a equipe aguarda o término da análise jurídica sobre a medida para aplicá-la.

O ministro explicou que o banco dispõe de caixa o suficiente para devolver esse volume de recursos ao longo dos próximos dois anos sem comprometer os financiamentos atuais e futuros. ”O BNDES tem caixa suficiente para não só fazer a devolução desse excesso de recursos, mas também para cumprir todo o cronograma de empréstimos e participação no programa de concessões”, disse Meirelles.

Os R$ 100 bilhões decorrentes do pagamento serão utilizados para reduzir a dívida pública.

4) Fundo soberano

O governo pretende extinguir o fundo soberano criado para receber recursos da exploração do pré-sal, cujo saldo atual é de R$ 2 bilhões. A proposta inicial do fundo era destinar os recursos para a educação. O novo governo planeja utilizá-lo para reduzir o rombo das contas públicas. “Há um fundo soberano que foi criado à época em que se falava do pré-sal que visava atingir um fundo significativo. Hoje o patrimônio do fundo soberano está paralisado em R$ 2 bilhões e estamos analisando talvez extinguir esse fundo e usaremos para reduzir endividamento”, afirmou Temer.

Segundo os ministros, se não houver restrições jurídicas, o prazo para a aplicação dessa medida é imediata.

5) Subsídios e concessões

A proposta do governo é que não sejam ampliados os subsídios relacionados a programas ou projetos geridos pelos ministérios. A única exceção é para os casos em que haja algum tipo de compensação para a despesa. Segundo a equipe econômica, essa medida gerará uma economia de R$ 2 bilhões ao ano.

Nenhum ministério poderá propor projeto que apresente aumento de subsídio, apenas se houver compensação de uma ou outra atividade. O impacto fiscal estimado dessa medida é de uma economia de R$ 2 bilhões ao ano”, disse Temer. “Vamos ter um departamento especial para incentivar as concessões e trazer a iniciativa privada. Essa ideia visa a incentivar o emprego”, acrescentou.

6) Projetos em tramitação no Congresso

Temer também destacou propostas em tramitação no Congresso que são de interesse do governo para recuperar a economia. São eles o projeto de lei que altera as regras de exploração do pré-sal, e o projeto que define novos critérios para a eleição dos presidentes dos fundos de pensão e das estatais.

A primeira proposta, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), atual ministro de Relações Exteriores, retira a exclusividade da Petrobras nas atividades do pré-sal e elimina a exigência de a estatal participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada. “A Petrobras é uma empresa que tem de se pautar pelos critérios de seu interesse. É como se fosse um investimento privado. Vamos tentar priorizar esse projeto. Não devemos nos incomodar com críticas. Se houver uma concordância do Executivo e do Legislativo, devemos levar esse processo adiante”, defendeu.

Já o projeto que trata dos dirigentes de fundos de pensão e estatais tem um caráter meritocrático, o que, na visão do governo, melhorará a condução das organizações. “Esse projeto define regras para escolher os dirigentes dos fundos de pensão e das estatais. É uma regra tecnicamente correta para ter a meritocracia funcionando”, afirmou Temer.

Teori Zavascki avalia suspeitas de Henrique Alves em fraudes nas estatais, diz jornalista de O Globo

O negócio está ficando complicado para o ministro do Turismo, Henrique Alves. O jornalista Lauro Jardim do jornal O Globo diz que o potiguar poderá passar de investigado a réu da Lava Jato ‘mãe’.

POR LAURO JARDIM

Henrique Alves no inquérito principal da Lava-Jato

POR GUILHERME AMADO

A Procuradoria-Geral da República pediu a Teori Zavascki a inclusão de Henrique Alves  (foto) no inquérito mãe da Lava-Jato no STF, que procura apurar a base de apoio político às indicações dos diretores que operacionalizaram as fraudes na estatal.

Esposa de Genu gastou R$ 120 mil em joias com dinheiro da Petrobras, diz relatório

Investigadores afirmam que a esposa de João Claudio Genu gastou pelo menos 120 mil reais em joias com dinheiro proveniente do esquema de corrupção da Petrobras. Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato apresentaram um relatório informando que os objetos foram comprados por Claudia Gontijo Genu entre 2013 e 2014 com dinheiro em espécie.

Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal apreendeu anéis, colares, gargantilhas e brincos. Segundo o relatório MPF, as joias não foram declaradas pelo casal.

Para os investigadores, “não há dúvidas de que o dinheiro utilizado na aquisição das joias não possui rastro, sendo certo que a compra dos objetos com valores em espécie configura uma tipologia de lavagem de dinheiro e que se tratam de recursos obtidos com as práticas criminosas do ex-tesoureiro do PP, João Claudio Genu.

Permanência de Henrique Alves no Ministério do Turismo está numa péinha de nada

O afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), fragiliza a situação de outro ministro do partido que também é investigado na Lava Jato: o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Na avaliação feita por peemedebistas, Alves é o próximo ministro alvo de uma exposição que pode terminar com sua demissão do governo do presidente interino Michel Temer.

No início de maio deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a inclusão do nome de Henrique Alves no maior inquérito da Lava Jato por evidências em trocas de mensagens com executivas da OAS.

Mais Lava jato em Brasília, Rio de janeiro e São Paulo

RIO – A Polícia Federal (PF) deflagra nesta terça-feira a 30ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Operação Vício”. São cumpridos desde a madrugada no Rio e em São Paulo dois mandados de prisão preventiva, 28 de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

Segundo a PF, as investigações estão inseridas diretamente no já revelado esquema de corrupção e lavagem de ativos decorrentes de contratos firmados com a Petrobras. Trata-se da apreciação de vários contratos e correspondentes repasses de valores não devidos ocorridos entre empresas contratantes da Petrobras e funcionários da estatal e agentes públicos e políticos.

O PF disse ainda que, em outro procedimento, também estão sendo cumpridos mandados que buscam a apuração de pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobras em contratos firmados para aquisição de navios-sondas.

 

Substituto de Jucá também foi investigado

O substituto de Romero Jucá à frente do Ministério do Planejamento foi alvo de quebra de sigilos bancário e fiscal pelos investigadores da Operação Zelotes, que apura esquema de venda de medidas provisórias em favor de indústrias automobilísticas e fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Secretário-executivo do Planejamento desde a semana passada, Dyogo Henrique Oliveira substitui Jucá, que volta ao Senado após a divulgação de áudio em que defende a troca de governo e um “pacto” para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato.

Depois do ‘golpe’ a queda

Líderes do impeachment caem pouco após Dilma

FOLHA DE SÃO PAULO

DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA

Michel Temer soube domingo (22) à noite que Sérgio Machado, um antigo personagem da política brasileira, havia grampeado uma conversa com seu ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR). Junto com as especulações sobre o conteúdo do áudio, ouviu um veredito: seria impossível manter o aliado no cargo.

Reportagem publicada pela Folha nesta segunda-feira (23) com as falas do diálogo confirmou a previsão dos aliados de Temer.

Considerada inevitável, a queda de Jucá marca o naufrágio dos dois maiores artífices do impeachment de Dilma Rousseff, 36 dias depois de o primeiro algoz da petista, Eduardo Cunha (PMDB-RR), ter obtido a aprovação do pedido na Câmara.

Se Cunha deu início ao calvário de Dilma, aceitando a tramitação do pedido de afastamento, Jucá trabalhou para materializar em votos no plenário a insatisfação da classe política com a petista.

Habilidoso, comandou o rompimento do PMDB com o PT, assumiu a presidência do partido e atuou fortemente para trazer o PSDB, o PP e o PR para o lado de Temer.

O resultado desse trabalho conjunto é conhecido. Cunha sequer pôde participar da posse de Temer. Foi afastado do cargo e do mandato uma semana antes pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Jucá, por sua vez, não só foi à cerimônia como ganhou nela o título de ministro e homem forte do governo. Permaneceu 12 dias no poder