Membro da equipe da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a tendência do órgão é investigar Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot, informa Bela Megale.
Dodge substituiu Janot na função.
Ambos são rivais dentro da Procuradoria.
A Folha ouviu diálogo entre o procurador Sidney Madruga, escolhido para coordenar o Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral, e mulher não identificada em restaurante de Brasília.
Madruga questionou o papel de Pelella, que como chefe de gabinete, diz, atuou intensamente na Lava Jato.
“Não é para punir, é para esclarecer”, afirmou Madruga durante a conversa, que durou uma hora e meia. Pelella é mencionado em diálogos de delatores da JBS como interlocutor da Procuradoria.
Madruga ainda criticou Janot por, em sua avaliação, deixar a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba muito solta.
De acordo com ele, a nova gestão precisa construir outra relação com os procuradores no Paraná, com mais interlocução e controle.
A Procuradoria disse que a conversa era privada e de procurador que atua em matéria eleitoral. Janot e Pelella negam irregularidades.