O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux disse nesta quarta-feira (6) que os executivos do grupo J&F, dona da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud ‘ludibriaram” a PGR (Procuradoria-Geral da República) e deveriam ser presos. A afirmação foi dada antes do início da sessão plenária do Supremo.
“Acho que o Joesley e aquele Ricardo Saud ludibriaram a Procuradoria, degradaram a imagem do Brasil no plano internacional, atentaram contra a dignidade da Justiça e mostraram arrogância. A primeira providência que deveria ser tomada era prender eles”, disse Fux.
Já no plenário, Fux voltou a sugeriu que o Ministério Público peça a prisão dos delatores. “De sorte que eu deixo ao alvedrio [escolha] do Ministério Público a opção de fazer com que esses participantes dessa cadeia criminosa, [que] confessaram diversas corrupções, que eles passassem do exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”, afirmou em referência ao apartamento de Joesley em Nova York e o presídio do Distrito Federal.
“O senhor é um traidor. Vou repetir: o senhor é um traidor. E não existe nada pior no mundo do que a traição. O senhor traiu o governador vergonhosamente”, discursou o deputado estadual Campos Machado (PTB).
O governador paulista quer disputar a Presidência, mas vê seu antigo afilhado político em movimentação para tentar se credenciar para a campanha, com viagens frequentes a cidades, especialmente no Nordeste.
“A cidade não tem prefeito. O prefeito é um turista que vem de vez em quando a São Paulo. Ele dizia que era gestor. Ele nunca foi gestor, ele é político. E mais político que nós. Nós somos amadores perto de João Doria, esse é profissional.”
Também se pronunciou o tucano Carlos Bezerra Jr., marido da vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), ex-secretária municipal que deixou a gestão Doria após sua ação na cracolândia.
“O prefeito está viajando demais. Está se ausentando demais para receber honrarias e medalhas e homenagens por todo o país”, criticou.
O prefeito disse que a tecnologia permite que se governe à distância, lembrou Bezerra.
“Eu, pessoalmente, sugiro ao prefeito que inverta a lógica. Já que a tecnologia permite essa ação virtual, que o prefeito receba as homenagens de forma virtual e que governe de forma presencial.”
O empresário Sílvio Antônio Cabral da Silveira afirmou em depoimento à Polícia Federal que havia emprestado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima(PMDB) o apartamento onde foram encontrados R$ 51 milhões nesta terça-feira (5) em Salvador
Intimado a depor na terça-feira, Sílvio Silveira compareceu espontaneamente à Superintendência da Polícia Federal na capital baiana.
À polícia, o empresário informou que o apartamento foi solicitado sob alegação de que Geddel pretendia guardar no local pertences do pai, o ex-deputado federal Afrísio Vieira Lima, morto no ano passado.
Ele também informou que à polícia que Geddel seria um “conhecido” seu e que, por isso, emprestou o apartamento. Não houve contrato de aluguel ou de empréstimo do imóvel.
“[O empréstimo] teria sido no fio do bigode”, afirmou o superintendente da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga.
O empresário ainda afirmou não sabia que o imóvel estava sendo usado para guardar caixas e malas com dinheiro. “A princípio, ele agiu de boa fé”, disse Madruga.
Procurado pela Folha, o empresário Sílvio Silveira informou, por meio de um de seus advogados, que já prestou depoimento à PF e não falará com a imprensa.
BRASÍLIA – O ministro-chefe da Casa Civil e vice-presidente do PMDB, Eliseu Padilha, afastou do partido a responsabilidade pelos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador (BA) e atribuídos pela Polícia Federal (PF) ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.
Segundo Padilha, é Geddel exclusivamente quem tem de responder por isso.
Debora Brito e Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou há pouco a íntegra dos áudios entregues por advogados da JBS à Procuradoria-Geral da República (PGR). O conteúdo das gravações traz evidências de informações que foram omitidas pelos delatores durante as investigações no âmbito da Operação Lava Jato.
A suspeita de omissão foi divulgada na última segunda-feira (4) pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Em pronunciamento, Janot informou que o fato pode levar à revisão ou até mesmo anulação do acordo de delação premiada que foi firmado com Joesley Batista e outros executivos da JBS. A suspensão dos benefícios, no entanto, não deve invalidar as provas já coletadas no processo, segundo o procurador.
Alguns trechos dos áudios da conversa já foram divulgados pela revista Veja. Na conversa gravada entre Joesley Batista e Ricardo Saud, os executivos dão evidências de irregularidades que teriam sido cometidas por autoridades da PGR e do STF.
Entre os fatos omitidos na delação estaria o envolvimento do ex-procurador Marcelo Miller em crimes cometidos pelos empresários. Miller estava na procuradoria durante o período das negociações para a delação e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da JBS. Em nota, Miller negou as acusações de ter atuado como “agente duplo” e diz que não cometeu ato de improbidade administrativa.
A economia do Rio Grande do Norte voltou a ser assunto de pronunciamento do deputado Kelps Lima (Solidariedade) durante sessão plenária na Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira (6), o parlamentar chamou a atenção para os efeitos do fechamento da última fábrica das Alpargatas no Rio Grande do Norte. Unidade de produção ficava na cidade de Nova Cruz, e tinha quase 400 funcionários contratados. Kelps solicita atenção do Governo do Estado para a situação.
“São quase 400 empregos que o município de Nova Cruz perde com o fechamento das Alpargatas, o que gera impactos econômico e social, além de afetar a arrecadação da prefeitura e o comércio local. Espero que o Governo veja alternativas para essa situação”, disse Kelps Lima.
Para o deputado, o Rio Grande do Norte não produz um ambiente econômico favorável e faz um apelo ao Governo para que tente remediar a situação e estude alternativas para o desemprego na região. “A economia não está em pauta no RN e nenhuma empresa fica em um ambiente sem condições de negócios. A economia do Estado não pode ser sustentada pelo dinheiro público. Discutir a economia é debater a sustentabilidade da sociedade”.
Parecer da Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais, vinculado ao Ministério da Fazenda, e divulgado nesta terça-feira (5), sugere “a revisão da tarefa do ensino superior” — o que atinge diretamente a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) –, caso o Estado falhe em colocar em prática alguma das medidas de ajuste já acordadas no Regime de Recuperação do Rio de Janeiro. O documento não cita a Uerj, mas os técnicos do governo admitem que a universidade seria uma opção.
Um dos trechos do documento assinado por Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional, recomenda que o Rio adote cinco medidas adicionais para normalizar sua situação financeira, e assim “aumentar as suas chances de atingir o equilíbrio fiscal”. Sugere também “reforma do regime jurídico único de servidores” e “demissão de comissionados e servidores ativos”.
“Está muito claro isso, o único setor que é colocado em destaque é o ensino superior. É um ataque a universidade pública do estado do Rio por parte do nosso executivo. A secretária sugere essa revisão de tarefa do ensino superior que é um eufemismo para tentar acabar com a Uerj, a universidade, que mesmo sem recurso, é uma das melhores do país”, disse a professora do Instituto de Letras, Giovana Dealtry, completando: “Acabamos de voltar as aulas depois de todo esse período parado sem receber, e esse é tipo de ataque que a gente sofre. O nosso executivo decidiu que a educação é que o problema, a educação é que é cara. O que fazemos nos últimos dois anos é resistir, e vamos continuar resistindo”.
Entretanto, essas recomendações não precisam ser adotadas pelo governo do estado.
Do Blog do Primo: aqui no RN o Governo do Estado deveria adotar a mesma medida. Não podemos arcar com um custo de R$ 320 milhões anualmente para pagar ensino superior, quando sabemos que essa é uma atribuição do Governo Federal.
O RN, assim como o Rio de Janeiro, também está quebrado, em decorrência do desequilíbrio fiscal não consegue cumprir suas atribuições essenciais como segurança, saúde e educação de ensino médio, nestas condições o Estado não pode jamais assumir responsabilidade de manter ensino superior.
O presidente em exercício da Câmara Municipal de Natal, Ney Lopes Júnior depois de exonerar 150 cargos comissionados, suspeitos de serem fantasmas, nomeados pelo presidente afastado pela justiça, Rainere Barbosa, deverá também exonerar os cargos de direção da Casa.
Alguns diretores e chefes de departamentos nomeados por Raniere Barbosa estão sonegando informações ao presidente em exercício Ney Júnior.
Para se ter uma ideia, Ney Júnior pediu informações sobre a folha de pessoal com os respectivos nomes dos servidores comissionados, e foi negada informação.. Como existem suspeitas de pessoas estarem exercendo cargos comissionados morando no interior do Estado e outros que supostamente estavam em situação irregular, Ney Júnior sem poder avaliar a situação de cada um por falta de informações, demitiu todos..
Ninguém pode administrar sem dispor de informações vitais, disse um vereador que está apoiando o presidente em exercício. Amanhã Ney Júnior poderá responder por crime de prevaricação, caso encontre alguma improbidade administrativa e não adote providências para sana-las, continua o vereador assombrado com as supostas improbidades e ilegalidades..
Os servidores que estiverem em condições legais e trabalhando que não forem considerados fantasmas, laranjas ou sinecuras serão readmitidos ..