Do UOL, em São Paulo
Assim como o primeiro, o segundo debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado pela RedeTV! em parceria com a Istoé na noite desta sexta-feira (17), teve poucos embates, exceto a discussão entre Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) e uma discussão entre Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Entre as afirmações dos candidatos, teve críticas da greve dos caminhoneiros, muitas menções a Jesus, Deus e a Bíblia, e algumas alfinetadas, principalmente a quem já ocupou cargos na política. Confira:
Você é um deputado, um pai de família. Você, num dia desses, pegou a mãozinha de uma criança e ensinou como é que se faz para atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? ‘Ensina a criança no caminho em que deve andar e, até quando for grande, não se desviará do caminho.’ É esse o ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro? E, numa democracia, o estado é laico.
Marina Silva (Rede), respondendo Bolsonaro (PSL) sobre flexibilização do armamento
Quero dizer e deixar bem claro, na primeira semana vamos adorar o Senhor. Na segunda semana, vai ter um comunicado: ‘Todos os desempregados do Brasil, compareçam na unidade militar mais próxima da sua residência’.
Cabo Daciolo (Patriota), respondendo sobre sua proposta para aumentar os empregos
Ciro Gomes (PDT) em resposta a Geraldo Alckmin (PSDB), após tucano propor a criação do IVA
Quero dizer aqui sobre os “50 tons do Temer”, que eu acho que 40 desses tons são vermelhos, que são do PT e dos seus aliados, porque foram eles que escolheram o Temer de vice da Dilma. Aliás, escolheram duas vezes.
Geraldo Alckmin (PSDB), comentando expressão de Guilherme Boulos
Nas escolas, hoje em dia, o que se aprende? Ideologia de gênero, partidarização, análise crítica das questões, nada além disso. (…) O professor hoje em dia está mais preocupado em não apanhar do que ensinar. [Nosso plano] é fazer em grande parte das escolas no ensino fundamental a militarização, ou seja, colocar diretores vindo do meio militar para que essa garotada possa aprender algo para o futuro
Jair Bolsonaro, sobre baixo nível de aprendizagem nas escolas
O político inelegível não é um preso político, ele é um político preso. E essa encenação de candidatura é uma afronta ao país, é um desrespeito à Justiça, é uma violência ao estado de direito e à legalidade democrática. Não há como admitir esta vergonha nacional de uma encenação de uma candidatura que não pode existir. A democracia exige respeito à lei.
Álvaro Dias (Podemos) comentando sobre o candidato do PT, Lula, que está preso em Curitiba
Esta equipe que eu montei quando era presidente do Banco Central criou milhões de empregos para quem de fato trabalha, não é? Não é para apenas para quem faz agitação e procura ocupar terra de outras pessoas que trabalharam duro, não é verdade?
Henrique Meirelles, em tréplica a Guilherme Boulos
Henrique Meirelles fez uma insinuação a respeito de trabalho. Quero dizer que eu não sou banqueiro. Eu sou professor, escrevo, e ganho minha vida honestamente. Luto ao lado dos sem-teto com muito orgulho há 17 anos, de quem precisa de casa. Estou junto com os sem-teto, com os sem-terra, só não estou junto com os sem-vergonha como alguns aqui estão.
Boulos responde, durante embate com Daciolo, a provocação de Meirelles