Arquivo diários:20/07/2020

Brasil zera imposto de importação de equipamentos de energia solar

Medida deve ajudar a impulsionar negócios no momento em que a desvalorização do real frente ao dólar aumenta custos

O governo brasileiro decidiu incluir diversos equipamentos de energia solar em uma lista de bens de capital cujos impostos de importação estão zerados até o final de 2021, de acordo com publicações no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

A medida deve ajudar a impulsionar negócios no momento em que a desvalorização do real frente ao dólar aumenta custos de componentes para geração com a tecnologia, que depende principalmente de importações da China.

Por outro lado, as poucas empresas que fabricam equipamentos solares no Brasil poderão ver pressionada sua competitividade frente aos importados, que tradicionalmente já possuem vantagens em termos de custos.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, adicionou à lista dos chamados “ex-tarifários” uma dezena de módulos fotovoltaicos para energia solar, além de inversores e outros acessórios, como componentes dos chamados “trackers”, que permitem que os painéis de uma usina acompanhem o movimento do sol ao longo do dia para maximizar a produção.

Foram beneficiados dezenas de modelos de módulos solares, incluindo monocristalinos e bifaciais, além de alguns tipos de inversores trifásicos para sistemas fotovoltaicos e componentes utilizados nos “trackers”, como unidades de controle.
Também foram isentas do imposto de importação bombas para líquidos usadas em sistemas de irrigação movidos com energia solar, segundo as resoluções da Camex.
Os impostos de importação para módulos solares habitualmente são de 12%, enquanto os inversores pagam tarifas de 14%, por exemplo, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

A entidade, no entanto, ainda avalia o impacto das medidas sobre o mercado, disse Sauaia, ao destacar que elas envolvem dezenas de diferentes itens.

Ele também afirmou que a associação não costuma se posicionar sobre o tema junto com o governo porque tem como associados tanto fabricantes locais quanto empresas que importam equipamentos.

A inclusão dos novos itens à lista de produtos isentos de tarifa na condição de ex-tarifários, terá efeitos a partir de 1º de agosto.

Instalações de geração solar têm crescido rapidamente no Brasil nos últimos anos e já respondem por cerca de 3 gigawatts em potência instalada, se consideradas grandes usinas.

Ainda assim, a fonte representa atualmente pouco menos de 2% da capacidade em operação no país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com enorme potencial de expansão nas próximas décadas.

Greta promete doar mais de R$ 600 mil em combate à covid na Amazônia

Ativista sueca venceu prêmio e prometeu doar todo o valor a projetos que ajudem no combate às mudanças climáticas

A ativista Greta Thunberg anunciou na tarde de hoje que vai doar 100 mil euros (610.000 reais na cotação atual) para um projeto em combate ao coronavírus na Amazônia. Recentemente, Greta recebeu mais de 6 milhões de reais através do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, um projeto que integra a campanha SOS Amazônia, do movimento Fridays for Future.

Essa não é a primeira vez que a ativista sueca se mobiliza em favor do Brasil contra o coronavírus. Em maio, ela fez uma campanha mundial em apoio à capital do Amazonas, Manaus, no combate ao coronavírus. Agora, o objetivo da atual doação é coletar insumos médicos e serviços de medicina à população que vive na Floresta Amazônica. Estima-se que mais de 10.000 indígenas contraíram o vírus Sars-CoV-2 até o início deste mês, segundo entidades de apoio à população amazônica.

O projeto Fridays for Future é um movimento popular iniciado em agosto de 2018 por Greta Thunberg. Na época, a ativista decidiu fazer greves todas as sextas-feiras até que as políticas suecas assegurassem a contenção do aquecimento em um nível seguro, bem abaixo dos 2° C, de acordo com o Acordo de Paris. As hashtags #FridaysForFuture e #Climatestrike se espalharam pelo mundo e muitos estudantes se uniram ao movimento.

Estudo da Fiocruz destaca RN em 1º lugar no país no número de queda de casos de Covid-19

 

As tendências de incidência e mortalidade por Covid-19no Brasil se estabilizaram em patamares altos, avalia o último Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta segunda-feira (20). O estudo é referente ao período de 28 de junho a 11 de julho, que corresponde às semanas epidemiológicas 27 e 28.

A estabilização das tendências a nível nacional é resultado de movimentos de avanço ou recuo da pandemia nas unidade da federação, mostra a pesquisa. No caso da média diária de registro de casos, houve quedas no Rio Grande do Norte (-12,3%), Roraima (-9,3%), Rondônia (-8,4%), Rio de Janeiro (-5,3%), Espírito Santo (-3,7%) e mais 10 estados. Por outro lado, a média cresceu no Mato Grosso (+4,1%), Santa Catarina (+3,7%), Amazonas (+1,9%), Rio Grande do Sul (+1,8%), Goiás (+1,7%) e outros sete estados.

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Governadora Fátima Bezerra convoca 22 prefeitos do RN

Diante das aglomerações observadas nas praias no último final de semana, a a governadora Fátima Bezerraconvoca os prefeitos de 22 municípios costeiros do Rio Grande do Norte – de Tibau a Baía Formosa – para a videoconferência que será realizada nesta terça-feira (21), às 16 horas. Foram convidados os representantes da Procuradoria Geral da República, dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e das entidades dos bares e restaurantes e do comércio (Abrasel-RN, Fecomércio e Sebrae-RN), além de agentes da Segurança e da Saúde Pública.

A pauta da reunião será a busca de solução para o problema enfrentado no litoral, visto que a pandemia não acabou e o isolamento social se faz necessário como medida de prevenção ao coronavírus. “O que aconteceu nesse fim de semana em Ponta Negra e em outras praias é inaceitável. Eu tenho alertado que a pandemia não foi embora, que o vírus continua aí. Isso que nós vimos põe em risco todo o trabalho de prevenção que vem sendo realizado. Vamos buscar um entendimento com os prefeitos e discutir medidas mais fortes de fiscalização”, justificou a governadora.

Com cloroquina o Brasil passou do 80 mil mortos por coronavírus parecendo que tudo está normal


O Ministério da Saúde divulgou os dados mais recentes sobre o coronavírus no Brasil nesta segunda-feira (20):

– Registro de 632 óbitos nas últimas 24h, totalizando 80.120 mortes;

– Foram 20.257 novos casos de coronavírus registrados, no total 2.118.646 pessoas já foram infectadas.

– O número total de recuperados do coronavírus é 1.409.202, são mais 37.973 pacientes curados em relação ao boletim de ontem. Outros 629.324 pacientes estão em acompanhamento.

Mutações estão deixando o coronavírus mais infeccioso?

Rachel Schraer – Da BBC News
O coronavírus que está ameaçando o mundo no momento não é o mesmo que o coronavírus que surgiu pela primeira vez na China.

O Sars-Cov-2, o nome oficial do vírus que causa a doença covid-19 e que continua a abrir um caminho de destruição em todo o mundo, está mudando.

Mas, embora os cientistas tenham visto milhares de mutações ou alterações no material genético do vírus, apenas uma delas foi apontada como uma que possivelmente pode alterar seu comportamento.

As questões cruciais sobre essa mutação são: isso torna o vírus mais infeccioso — ou letal — em humanos? E poderia representar uma ameaça para o sucesso de uma futura vacina?

Na verdade, esse coronavírus está mudando muito lentamente em comparação com vírus semelhantes que causam gripe. Com níveis relativamente baixos de imunidade natural na população, sem vacina e poucos tratamentos eficazes, não há pressão para que o vírus se adapte. Até agora, este coronavírus está fazendo um “bom trabalho” em manter-se em circulação como está.

A mutação relevante — denominada D614G e situada na proteína que compõe a “ponta” do vírus usado para invadir nossas células — apareceu algum tempo após o surto inicial de Wuhan, provavelmente na Itália. Agora é visto em 97% das amostras em todo o mundo.

Os vírus não têm um grande plano. Eles sofrem mutações constantemente e, embora algumas alterações ajudem a reprodução de um vírus, outras podem atrapalhá-la. Outras são simplesmente neutras. Eles são “um subproduto da replicação do vírus”, diz Lucy van Dorp, da University College London, no Reino Unido. Eles “pegam carona” no vírus sem mudar seu comportamento.

A mutação que surgiu pode ter se espalhado muito apenas porque aconteceu no início do surto e se espalhou, algo conhecido como “efeito fundador”. É isso que o Van Dorp e sua equipe acreditam ser a provável explicação para a mutação ser tão comum. Mas isso é cada vez mais controverso.

Um número crescente — talvez a maioria — de virologistas acredita agora, como explica o Thushan de Silva, da Universidade de Sheffield, que há dados suficientes para dizer que esta versão do vírus tem uma “vantagem seletiva” — uma vantagem evolutiva — sobre a versão anterior.

Embora ainda não haja evidências suficientes para dizer que essa versão “é mais transmissível” nas pessoas, o pesquisador diz ter certeza de que a mutação “não é neutra”.

Quando estudados em condições de laboratório, o vírus mutante foi melhor na entrada de células humanas do que aquelas sem variação, dizem os professores Hyeryun Choe e Michael Farzan, da Universidade Scripps, na Flórida. Alterações na proteína “spike” que o vírus usa para se prender às células humanas parecem permitir que “se grude melhor e funcione com mais eficiência”.

Mas para por aí.

Farzan diz que as proteínas “spike” desses vírus eram diferentes de uma maneira “consistente com, mas não provando, maior transmissibilidade”.

Associação Médica Brasileira defende autonomia de médicos para uso de hidroxicloroquina “diretoria da entidade vê motivação política nas críticas ao fármaco”

A Associação Médica Brasileira (AMB) elaborou uma nota pública na qual defende a autonomia dos profissionais para receitarem a hidroxicloroquina para pacientes da Covid-19. No texto, a diretoria da entidade vê motivação política nas críticas ao fármaco e aponta risco de “legado sombrio para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restringida, como querem os que pregam a proibição da hidroxicloroquina”.

Embora reconheça não haver, por ora, “estudos seguros, robustos e definitivos sobre a questão”, a entidade de classe diz ser “importante lembrar que o uso off label (não prevista na bula) de medicamentos é consagrado na medicina, desde que haja clara concordância do paciente”.

Para a AMB, “é bastante provável que cheguemos ao final da pandemia sem evidências consistentes sobre tratamentos”. E que “muitos sairão da pandemia apequenados, principalmente médicos e entidades médicas que escolherem manipular a ciência para usá-la como arma no campo político-partidário”.

A nota da AMB é divulgada dois dias após a Sociedade Brasileira de Infectologia recomendar o abandono desse medicamento no tratamento dos pacientes de COVID-19. A hidroxicloroquina voltou a ser defendida neste fim de semana pelo presidente Jair Bolsonaro, que há duas semanas divulgou ter sido infectado pelo coronavírus.

A entidade foi ainda a responsável pela mobilização que levou à escolha de Nelson Teich como ministro da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta do cargo, em abril.

Na nota divulgada hoje, a AMB conclui: “não podemos permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas por holofotes, nos façam regredir em práticas já tão respeitadas. Não se pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina. Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, sobretudo, contra a própria ciência”, diz o texto, assinado pela diretoria da entidade.

CNN BRASIL

Trump garante que não vai perder e pesquisas são fakes

Em entrevista concedida à Fox News neste domingo (19.jul.2020), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a nova pesquisa da rede de televisão, em que o mostra 8 pontos percentuais atrás de seu rival, Joe Biden.

“Antes de tudo, não estou perdendo, porque essas pesquisas são falsas”, disse Trump. “Elas eram falsas em 2016 e agora são ainda mais falsas”. Trump se referiu ao último pleito em que disputou o cargo que hoje ocupa com a democrata Hillary Clinton.

A declaração foi feita depois de o apresentador Chris Wallace mostrar os números da pesquisa e dizer: “Entendo que você ainda tem mais de 100 dias para esta eleição, mas neste momento está perdendo”.

Wallace perguntou se Trump aceitará os resultados das eleições de novembro. “Eu tenho que ver. Não, não vou apenas dizer sim. Não vou dizer não”, respondeu o presidente. O mandatário também criticou a opção de votação por correio –que está sendo implementada no país por causa da pandemia.

“Eu não sou 1 bom perdedor. Não gosto de perder. Não perco com muita frequência. Olhe, Hillary Clinton me perguntou a mesma coisa. Sabe de uma coisa? Ela é que nunca aceitou a perda”, afirmou.

MORTALIDADE

Depois que Trump alegou que os EUA têm a menor taxa de mortalidade por coronavírus do mundo, o apresentador mostrou os verdadeiros dados ao presidente. Segundo Chris Wallace, a nação norte-americana está em 7º no ranking da Johns Hopkins University.

Ainda durante a entrevista, o republicano pediu à secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, para procurar as estatísticas. O gráfico entregue pela funcionária, desenvolvido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, mostrou que Brasil e Coreia do Sul, por exemplo, têm taxas mais baixas de mortalidade do que os EUA. Mas, ainda assim, Trump disse que Wallace estava divulgando “notícias falsas”.

ANTHONY FAUCI

O presidente negou que esteja envolvido em uma campanha para desacreditar o principal infectologista da Casa Branca, Anthony Fauci. Disse que o especialista é “1 pouco alarmista”, mas afirma que ambos mantém 1 bom relacionamento.

Trump disse que o coronavírus simplesmente “desaparecerá” 1 dia e que, quando isso acontecer, as pessoas verão que ele estava “certo sobre a pandemia, provavelmente mais do que qualquer outra pessoa”.

PODER 360