Ministros do STF esperam ação de Aras contra Roberto Jefferson

Declarações ofensivas do mensaleiro provocaram indignação na Corte, mas nenhum magistrado pretende rebater publicamente o petebista

Por Robson Bonin, Mariana Muniz

Roberto Jefferson com o presidente do PTB do RN Getúlio Batista e seu candidato a prefeito de Natal coronel Hélio

Condenado no STF por envolvimento no escândalo do mensalão, Roberto Jefferson converteu-se em bolsonarista e surgiu nas redes proferindo uma série de impropérios contra os ministros da Corte.

As falas de Jefferson – o Radar prefere poupar o leitor – foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo e levaram ministros a questionarem a suposta letargia da Polícia Federal e de Augusto Aras, o chefe da PGR, órgãos que deveriam agir para coibir ataques dessa natureza contra os membros da Corte.

Para um ministro um ministro ouvido pelo Radar, são esses episódios de indiferença da PGR que levaram o presidente da Corte, Dias Toffoli, a abrir o polêmico inquérito contra ataques ao tribunal.

“Qual seria o objetivo dele?”, questiona um ministro ouvido pelo Radar. “Com a palavra a PGR e a PF”, disse outro. O silêncio da Corte, segundo um ministro, é a melhor forma de reagir a Jefferson. “Palavras de tão baixo nível que não merecem resposta”, disse outro magistrado.

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