Folha de São Paulo
GUSTAVO URIBE
BRUNO BOGHOSSIAN
DE BRASÍLIA
A divulgação dos nomes de cinco ministros na lista de pedidos de investigação da Procuradoria-Geral da República causou desconforto à equipe de Michel Temer, para quem a manutenção do sigilo sobre os detalhes das denúncias contribui para aumentar o desgaste da imagem do governo.
A avaliação é que, sem dar publicidade às informações sobre a gravidade das acusações, todos os ministros ficam em suspeição, o que impede a elaboração de uma estratégia de defesa e a análise individualizada, com risco de afetar a pauta administrativa.
Mantido o sigilo sobre as acusações, o Palácio do Planalto avalia pedir à Advocacia-Geral da União que solicite ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Frachin, relator da Lava Jato, que acelere a divulgação do conteúdo dos pedidos de investigação.
O presidente já esperava as presenças de Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Comunicações) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) na lista. A inclusão de Bruno Araújo (Cidades), contudo, causou surpresa.
Confira os nomes na lista parcial:
Aloysio Nunes (PSDB), ministro de Relações Exteriores
Eliseu Padilha (PMDB), ministro da Casa Civil
Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria de Governo
Gilberto Kassab (PSD), ministro de Ciência e Tecnologia
Bruno Araújo, ministro das Cidades
Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara
Eunício Oliveira (PMDB), presidente do Senado
Edison Lobão (PMDB), senador
José Serra (PSDB), senador
Aécio Neves (PSDB), senador
Romero Jucá (PMDB), senador
Renan Calheiros (PMDB), senador
Primeira instância da Justiça:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Dilma Rousseff (PT)
E para os ex-ministros:
Antonio Palocci (PT)