Procurador da República teve passagens pagas por escritório antes de deixar o Ministério Público

O Estado de S.Paulo

E-mails revelam que o escritório de advocacia Trench, Rossi, Watanabe não apenas tratava sobre o acordo de leniência da J&F como chegou a pagar passagens aéreas ao advogado Marcelo Miller quando ele ainda era procurador. O próprio escritório entregou as conversas por mensagens eletrônicas à Procuradoria-Geral da República. Nos e-mails, são identificadas conversas entre Miller e uma ex-sócia do escritório, Esther Flesch, na qual é tratado o acordo de leniência da J&F.

O advogado teve sua casa vasculhada pela Polícia Federal nesta segunda-feira, 10, com autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação mira possíveis mentiras na delação dos executivos da J&F.

Marcelo é o pivô da investigação que pode culminar com a rescisão da delação da JBS, embasada em áudio enviado pela defesa dos colaboradores em anexo complementar sobre o senador Ciro Nogueira (PP).