Por Fernando Lopes, André Guilherme Vieira, Juliana Schincariol e Alessandra Saraiva | De São Paulo e do Rio
A família Batista, conselheiros e executivos da JBS correm para indicar rapidamente um sucessor para o CEO Wesley Batista, cuja prisão preventiva foi realizada ontem pela Polícia Federal no âmbito da segunda fase da Operação Tendão de Aquiles, que apura o uso de informações privilegiadas em transações com ações e dólar.
Também foi decretada a prisão preventiva de Joesley Batista, que está detido temporariamente na PF em Brasília por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de omitir informações em sua delação premiada.
Um dos donos da holding J&F, CEO e membro dos conselhos executivo e de administração da companhia, Wesley tem liderado a expansão da JBS desde 2011 com mão de ferro. Mas, apesar do estilo centralizador, tem ao seu redor executivos de confiança, que já assumiram as rédeas até que a situação do comandante preso fique mais clara.
Além de Tomazoni, ex-presidente da Sadia, compõem o grupo Tarek Farahat, presidente do conselho de administração (ex-presidente da P&G), André Nogueira, que lidera as operações da JBS USA, e Gilberto Xandó, presidente da Vigor – vendida pela holding J&F para a mexicana Lala-, eleito para ocupar a vaga deixada por Joesley no conselho de administração. Ricardo Gaertner, CEO da J&F, corre por fora.
Segundo fontes, Wesley gostaria de ver o timão com Tomazoni, de sua total confiança e que foi escolhido por ele para ser o CEO da JBS Foods International – subsidiária que, se de fato for criada, deverá abrir o capital nos EUA, onde as operações do grupo vão de vento em popa.