O deputado Fernando Mineiro (PT) criticou o teor dos projetos do Executivo levados à Casa nesta manhã pelo governador em exercício, Fábio Dantas (PCdoB). Mineiro afirmou que a solução para os problemas financeiros do Estado não passam pelo “sacrifício dos servidores”.
“O vice-governador em exercício repete uma fórmula que se tornou constante nesse Estado. Quando se fala em crise ou se busca soluções para os problemas, ele acha que podem ser resolvidos fazendo com que os servidores públicos paguem por essa crise, a tradição do vice-governador é essa, trazer à Assembleia Legislativa projetos que tratam exclusivamente da questão dos servidores, que não podem pagar essa conta”, criticou o parlamentar.
Fernando Mineiro afirmou que os projetos apresentados pelo Executivo se constituem em “velhas medidas” e que, se os servidores estão sendo responsabilizados e penalizados, mas mesmo assim não tem solução, “alguma coisa está errada”, concluiu o deputado, que ainda questionou a autoria dos projetos, se do vice ou do governador do Estado.
“Há uma transferência de responsabilidade na questão da crise. Fábio Dantas trouxe projetos que na visão dele contribuem para enfrentar a crise, mas espero que ele traga sugestões, ideias e alternativas para o nosso Estado”, afirmou Mineiro.
O deputado reforçou a necessidade de prestação de contas dos recursos recebidos pelo Governo do RN através do projeto Governo Cidadão, antes denominado RN Sustentável. “O que está sendo feito com os recursos disponibilizados pelo projeto através do Banco Mundial? Temos R$ 400 milhões de reais, mas como está sendo a execução, em que estão sendo aplicados e qual a eficácia das medidas, por exemplo, com relação à Segurança?”, indagou o parlamentar.
Mineiro ainda cobrou informações sobre os recursos aplicados nos projetos para minimizar os efeitos da seca, na área da saúde, educação e segurança. “Todos os dias falamos na segurança pública, mas o quanto foi aplicado”? Mineiro disse que é preciso um debate sobre os demais Poderes, a fim de se ver a questão orçamentária de cada um e que em relação aos projetos do Executivo levados à Assembleia, irá discutir com os sindicatos e fórum dos servidores.