Arquivo diários:19/10/2017

Raquel Dodge aponta Geddel como líder de organização criminosa da qual Henrique Alves faz parte de quadrilha

Por Folhapress

“Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo”, disse.

Geddel foi preso pela segunda vez no dia 8 de setembro na operação Tesouro Perdido, quando cumpria prisão domiciliar.

A Polícia Federal encontrou um bunker com malas e caixas de dinheiro -somados R$ 51 milhões- e identificou ao menos três digitais do político.

Investigações

Segundo Dodge, o valor “monumental” descoberto no apartamento é apenas “uma fração de um todo ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”.

“Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa”, escreveu.

“A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado”.

Na manifestação, Dodge fez referência às investigações da Cui Bono, que tem como tema desvios e fraudes na Caixa Econômica, banco que Geddel foi vice-presidente durante os anos de 2011 e 2013, sustentando que a liberdade do ex-ministro pode atrapalhar o andamento da apuração.

“Realço que é investigada uma poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-Ministro de Estado e ex-Presidente da Câmara dos Deputados”, fazendo referência a Henrique Eduardo Alves.

“Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso”.

Vereador Cícero Martins apresenta requerimento que poderá salvar Raniere Barbosa

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Cícero Martins também é simpatizante de Jair Bolsonaro contra todo tipo de corrupção

O vereador Cícero Martins, tido como o maior defensor do Presidente da Câmara Municipal de Natal Raniere Barbosa, que foi afastado do mandato judicialmente acusado de desviar dinheiro público da Prefeitura de Natal, foi o vereador que assinou solitariamente o requerimento solicitando “que seja resolvida, em caráter de urgência, as medidas cautelares impostas ao vereador”.

O vereador Cícero Martins quer que a Câmara Municipal de Natal antecipe uma decisão extra-judicial sobre o afastamento de Raniere.

Raniere Barbosa tem sido defendido com veemência pelo vereador Cícero Martins que também acusa o Prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves de suspeita de “ladroeira”.

Segundo o Ministério Público do RN são muitas suspeitas de crimes cometidos pelo vereador Raniere Barbosa, mas o vereador Cícero Marins, contra ele tem denúncia de compra fraudulenta de um apartamento, locação de guindaste fantasma, fraude em licitações e desvios de recurso público.

Cícero Martins defende o mesmo tratamento dado ao senador Aécio Neves pelo Senado Federal, ou seja,  negado o pedido de afastamento.  No caso do vereador Raniere não existe pedido de afastamento, ele já foi afastado por decisão judicial, mas, o vereador Cícero Martins que reformar uma decisão judicial com uma deliberação do plenário da Câmara Municipal.. Alguns juristas estão gozando da iniciativa do vereador Martins considerando descabida e intempestiva que não provocará efeitos legais.

Há quem diga se o plenário da Câmara aprovar esse requerimento e o vereador Raniere adentrar no prédio da Câmara Municipal deverá ser decretada a prisão dele. Vamos aguardar para ver..

Confira o requerimento do vereador Cícero Martins:

 

Revista Época revela que defesa de Henrique Alves vai usar vídeo de Érika Nesi para anular delação de Fred Queiroz

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Numa série de vídeos postados nas redes sociais pela mulher de um colaborador da Justiça está sendo usada como argumento para um pedido de anulação de uma delação premiada. As gravações foram feitas por Érika Nesi, mulher do empresário Fred Queiroz, ex-assessor do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), que contou aos investigadores da Operação Lava Jato ter buscado malas de dinheiro para o ex-ministro.

Ao se defender de críticas que o casal estava sofrendo por ter “traído” Henrique Alves, Érika Nesi relatou que o marido foi pressionado a fazer uma delação para que ela e a filha não fossem presas. “Junta aí sua família, tá todo mundo preso, prende todo mundo, aí você chega lá na frente do juiz, aí o juiz… aí vamos assim… aí vocês sabem: ‘se você não vai contar a verdade, a sua família vai ficar presa, o que que você vai fazer?’”, afirma Érika em um dos trechos, em referência aos investigadores. Em outro, ela diz: “Porque falar é muito bom, mas você quando diz: ‘Ah, se não falar isso, a sua filha, seu filho e sua mulher vai (sic) ficar presa’, eu quero ver o que você vai dizer”. Confira os trechos dos vídeos abaixo:

Érika faz referência a Domingos Fernandes Calabar, senhor de engenho de Pernambuco no século XVII, que se aliou aos holandeses na guerra contra os portugueses e por isso foi considerado traidor.

Com base nessas declarações, a defesa de Henrique Alves protocolou um pedido de anulação do acordo de delação de Fred Queiroz junto à 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, onde corre o caso. Argumenta que um dos requisitos para a colaboração, o fato de ser espontânea e voluntária, não estava presente. “Os vídeos de Érika Nesi fazem prova absoluta de que a delação de Fred Queiroz foi obtida mediante coação psicológica, já que esta afirma com todas as letras que sua família não tinha outra opção, senão a delação. O mais incrível em tudo isso, no entanto, é que a pressão utilizada contra a família de Érika e Fred era absolutamente injusta, já que nenhum deles praticou crime algum”, diz a petição do advogado Marcelo Leal.

>> Delator afirma que Henrique Eduardo Alves limpou conta bancária em Dubai

As acusações contra Henrique, porém, ainda se sustentam em diversas outras provas e delações, como uma conta bancária aberta na Suíça da qual ele era o beneficiário final e relatos do corretor de valores Lúcio Funaro de que levou dinheiro para o peemedebista. A defesa nega as acusações.

Procurada para comentar, a Procuradoria da República do Rio Grande do Norte declarou que “o interesse na colaboração partiu do investigado, sendo que todos os procedimentos foram devidamente acompanhados pelo seu advogado. Além do mais, claramente os vídeos refletem divergências pessoais entre os envolvidos”.

Relatório da PF indica 46 ligações por Whatsapp entre Aécio e Gilmar entre fevereiro e maio

Gilmar Mendes cumprimenta Aécio Neves, em Lisboa, em março de 2016

Daniela Garcia e Paula Almeida

Do UOL, em São Paulo

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e um número registrado como sendo do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), fizeram 46 ligações via Whatsapp entre fevereiro e maio de 2017, segundo relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo e tornado público no sistema da Corte no último dia 11. A maior parte dos contatos ocorreu entre março e maio, período em que o tucano já estava sendo investigado na Suprema Corte sob suspeita de receber propina da JBS.

O laudo traz informações sobre ligações e documentos encontrados em cinco dispositivos eletrônicos que estavam em posse de Aécio Neves e foram apreendidos na operação Patmos da PF, no dia 18 de maio. São três celulares, um tablet e um computador.

A informação sobre o parecer da PF foi dada primeiramente pelo site Buzzfeed e depois confirmada pelo UOL.

Suspeito de corrupção, assessor de deputado é preso

Um assessor parlamentar do deputado estadual Marcio Nunes (PSD) foi preso em flagrante em Maringá, no norte do Paraná, na tarde nesta quinta-feira (19), sob suspeita de corrupção passiva.

Segundo a Polícia Civil, Vanderley Borgert é suspeito de receber propina para facilitar a liberação de doações da Receita Federal (RF) para prefeituras do noroeste do Paraná.

A polícia informou que  Borget foi abordado quando estava em um restaurante com R$ 1,5 mil dentro de um envelope. O dinheiro, monitorado pelos policiais, é de uma prefeitura do noroeste que pagaria R$ 10 mil para a liberação de quatro veículos doados pela RF.

O delegado Alysson Tinoco detalhou que o assessor recebia de R$ 10 mil a R$ 20 mil para intermediar a liberação de itens apreendidos pela Receita. Ele foi investigado pela polícia nos últimos 30 dias , após denúncia formulada por servidores de uma prefeitura.

O delegado acrescentou que a RF foi comunicada da investigação. A polícia apura ainda como   Borget tinha acesso ao sistema da Receita para negociar as liberações. Ele permaneceu em silêncio no depoimento ao delegado na tarde desta quinta-feira.

TCU estima que BNDES teve prejuízo de R$ 304 milhões ao investir na JBS

Agência Brasil

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de irregularidades na forma como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comprou ações da JBS, em 2008.

Segundo os auditores, a aquisição de ações do grupo empresarial dos irmãos Joesley e Wesley Batista com ágio de até 20% pode ter causado um prejuízo inicial de R$ 179,6 milhões aos cofres públicos – valor que, atualizado, chega a R$ 304 milhões.

“Após rever os diversos aspectos que cercam a questão, concluiu-se pela existência de indícios suficientes, em força e número, para que se converta a presente representação em tomada de contas especial”, diz o relator do processo, ministro Augusto Sherman, em seu voto.

Segundo a auditoria, os técnicos e a diretoria do BNDES analisaram e aprovaram o pedido de aporte financeiro feito pela JBS em fevereiro de 2008 em tempo “consideravelmente inferior” ao que o próprio banco considera ser o ideal” para apreciar uma “operação de tal porte, complexa e de alto risco”. Entre a solicitação de apoio e a aprovação do pleito passaram-se apenas 22 dias, prazo que, segundo dados do site do próprio banco público, é inferior ao tempo médio, que é de 210 dias.

Para os auditores, os técnicos e autoridades do BNDES analisaram o assunto sem a profundidade necessária, recomendando que o banco fechasse o negócio com o grupo JBS em tempo considerado insuficiente para a apreciação de uma operação complexa, que envolvia um pedido inicial de US$ 1,5 bi. Segundo a JBS, o valor seria usado para a compra de frigoríficos norte-americanos.

No acórdão do processo, divulgado hoje (19), o TCU aponta 18 responsáveis pelos eventuais prejuízos decorrentes da operação de financiamento. Entre os citados estão os ex-presidentes do BNDES Luciano Coutinho e Guido Mantega (que também chefiou os ministérios do Planejamento e da Fazenda); o empresário Joesley Batista; o empresário Victor Garcia Sandri (apontado como amigo pessoal de Mantega), diretores, superintendentes e gerentes do banco de fomento. A diretoria do banco é acusada de ter sido negligente – e Coutinho, além disso, é suspeito de associação ilícita com Joesley, Mantega e Sandri para obtenção/concessão de vantagens indevidas pela JBS.

Os citados têm 90 dias para apresentar defesa e/ou recolherem aos cofres da BNDES Participações R$ 190,73 milhões.

Cães usariam mímica para se comunicar com o homem

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AFP

Orelhas parcialmente caídas, olhar de coitado, rabo entre as pernas: o melhor amigo do homem pode fazer tais mímicas para transmitir uma mensagem, e não apenas como reação emocional, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira no Scientific Reports.

Nós já sabemos que os cães são muito sensíveis à atenção humana. “Mas nossos resultados vão mais longe, sugerindo que devemos interpretar os movimentos de seus rostos como meio de comunicação”, explica à AFP Juliane Kaminski, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, uma das autoras desses trabalho.

Para chegar a essas conclusões, Juliane Kaminski e seus colegas estudaram 24 cães de raças diferentes, com idades compreendidas entre um e 12 anos. Todos eram animais de estimação.

Os pesquisadores filmaram os cães e suas expressões colocando-os a um metro de um ser humano, estando este de frente, de costas, atendou ou distraído.

Resultado: “os músculos do rosto do cão se movem mais se o ser humano estiver atento”, afirma Juliane Kaminski. “E o olhar de coitadinho” é a expressão que eles adotam com mais frequência.

Os experimentos realizados também possibilitaram demonstrar que o animal era menos expressivo diante da comida, sinônimo de prazer para ele.

Os pesquisadores deduzem que, em face do homem, o cão expressa mais do que uma simples emoção.

“Os resultados podem indicar que os cães são sensíveis à atenção dos seres humanos e que suas expressões são tentativas potencialmente ativas de se comunicar, e não apenas exibições emocionais”, diz a pesquisadora.

Mas não se deve deduzir que um animal de estimação faz seu olhar de coitado para amolecer seu mestre. De acordo com a equipe, este trabalho não permite afirmar que os cães são conscientes do que um ser humano pode pensar ou sentir confrontado com seu mimetismo, uma faculdade considerada como sinal de alta inteligência, própria do homem.

Médico sequestrado na Maré diz que traficante precisava amputar o braço após ser baleado


 

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

O médico sequestrado no Complexo da Maré, no domingo (15), para socorrer um traficante baleado disse à Polícia Civil do Rio de Janeiro, após ter sido liberado, que o criminoso precisava amputar o braço para evitar uma infecção generalizada e, consequentemente, o risco de morte em razão da gravidade do ferimento.

O traficante, identificado como Renan Henrique Barbosa Campos, foi atingido por disparos no braço e na perna durante confronto com a Polícia Militar. Campos chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Maré depois que cerca de 50 homens armados invadiram a unidade e obrigaram médicos e enfermeiros a atendê-lo. Toda a movimentação foi registrada pelas câmeras de segurança da UPA. As imagens foram divulgadas na quarta-feira (18).

Como não havia estrutura necessária para indicação cirúrgica, os traficantes renderam o motorista de uma ambulância e usaram o veículo para fazer a transferência do suspeito até uma clínica localizada na Baixada Fluminense, conforme relatou o delegado do caso, Wellington Vieira, da 21ª DP (Bonsucesso). O médico foi obrigado a ir junto. A localização exata da unidade de saúde ainda é investigada.

Reprodução

Campos seria, de acordo com a Polícia Civil, gerente do tráfico na Vila do João, no Complexo da Maré

O socorro ao traficante baleado durou cerca de seis horas, de acordo com o primeiro depoimento do médico sequestrado. Durante esse tempo, que inclui o trajeto do Complexo da Maré até a clínica na Baixada Fluminense, amputação necessária para salvar a vida do criminoso não teria ocorrido. A Polícia Civil, no entanto, se outros médicos atuam no local para onde Campos foi levado. Há indícios de que o local seria uma espécie de “hospital clandestino”.

Para confirmar essas e outras informações, o delegado da 21ª DP espera ouvir ainda nesta quinta-feira (19) o médico. Assustado, ele deverá indicar o local e o horário para que possa reapresentar a sua versão dos fatos e ser confrontado com dados coletados durante a investigação. O primeiro depoimento foi dado pouco depois do crime, quando ele ainda estava em estado de choque.

O andamento do inquérito e o nome da vítima, que seria incomum, segundo o delegado Wellington Vieira, indicam que o médico seria estrangeiro, possivelmente colombiano.

No vídeo do circuito interno da UPA, aparecem homens fortemente armados, com fuzis e pistolas, acompanhando uma pessoa gravemente ferida em uma maca.

Campos seria um dos homens de confiança de Thiago da Silva Folly, o TH, um dos líderes da facção TCP (Terceiro Comando Puro) e chefe do tráfico de drogas na maior parte do Complexo da Maré. O nome de TH chegou, inclusive, a ser cogitado como o ferido que recebeu atendimento na UPA. “Estamos isolando a imagem de cada bandido que aparece no vídeo e comparando com o nosso banco de imagens para identificar cada um deles”, Vieira.

O confronto com a PM que feriu Campos ocorreu na noite de sábado (14), na avenida Brasil, na altura de Bonsucesso, zona norte da cidade. Ele e comparsas levaram a pior ao trocarem tiros com policiais do BPVE (Batalhão de Policiamento em Vias Expressas). Na ocasião, em momento de fuga, um dos criminosos deixou um fuzil cair no chão. A arma contém a inscrição “Tropa do TH”.

Estefan Radovicz/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

                              Fuzil deixado pelos traficantes durante a movimentação pelo Complexo da Maré