Arquivo diários:30/10/2017

Gasolina sobe em 14 Estados e cai em 12 e no Distrito Federal, diz ANP

O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros subiu em 14 Estados brasileiros na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas.

Em outros 12 Estados brasileiros e no Distrito Federal houve queda nos preços médios do combustível de petróleo. Na média nacional, houve uma leve queda na semana passada nos postos, de 0,21%, para R$ 3,878 o litro, por conta de recuos em São Paulo e no Rio de Janeiro, grandes mercados consumidores.

Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 0,49% na semana passada, de R$ 3,692 para R$ 3,674, em média.

No Rio de Janeiro, o combustível saiu de R$ 4,233 para R$ 4,229, em média, entre os períodos, baixa 0,09%.

Em Minas Gerais houve alta média no preço gasolina de 0,81%, de R$ 3,955 para R$ 3,987 o litro.

Maconha entra na mira do setor de bebidas alcoólicas

Imagem relacionada
Também quer vender maconha

Kristine Owram

A gigante das bebidas alcoólicas Constellation Brands está fazendo uma incursão no ramo da maconha, decisão que estabelece precedente em um setor que se manteve praticamente à margem do boom da erva no Canadá e nos EUA.

A Constellation pagará cerca de 245 milhões de dólares canadenses (US$ 191 milhões) por uma participação de 9,9 por cento na Canopy Growth, empresa canadense que comercializa produtos de maconha medicinal. O acordo desencadeou a maior alta em quase um ano para a Canopy, que é negociada na Bolsa de Valores de Toronto com o código WEED.

A legalização da maconha no Canadá e em um número cada vez maior de estados dos EUA está abrindo um enorme mercado potencial — o que coincide com a desaceleração da demanda por bebidas alcoólicas. Ainda assim, a maconha continua sendo proibida na esfera federal nos EUA, razão pela qual as empresas do país devem avançar com cautela.

A Constellation, que tem sede em Victor, Nova York, afirma não ter planos de vender cannabis nos EUA nem em outros mercados enquanto a erva não for legalizada “por todas as esferas do governo”. Por enquanto, a empresa se limita a identificar mercados com potencial de crescimento, disse o CEO Rob Sands, cuja empresa comercializa a cerveja Corona, a vodca Svedka e outras marcas.

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Inventor diz ter esquartejado jornalista sueca em submarino

A jornalista sueca Kim WallDo UOL, em São Paulo

O inventor Peter Madsen admitiu que foi ele quem esquartejou a bordo de seu submarino a jornalista sueca Kim Wall, desaparecida em meados de agosto e cujos restos apareceram no mar Báltico, informou nesta segunda-feira (30) a polícia dinamarquesa.

Madsen também mudou seu depoimento sobre a morte de Wall, que segundo ele tinha sido provocada pela queda acidental da escotilha do submarino, e assegura agora que ela morreu por intoxicação de monóxido de carbono enquanto ele estava na cobertura do navio.

A polícia dinamarquesa localizou de forma separada nos últimos meses partes do corpo de Wall, vista pela última vez na noite de 10 de agosto a bordo do Nautilus, submarino de fabricação caseira no qual iria entrevistar Madsen, que está em prisão preventiva sob as acusações de homicídio e tratamento indecente de cadáver.

Kim Wall era uma jornalista freelancer que trabalhava entre Nova York e a China. Ela embarcou em 10 de agosto no submarino “Nautilus”, ao lado do próprio inventor Peter Madsen, para fazer uma reportagem.

Seu namorado denunciou o desaparecimento em 11 de agosto. No mesmo dia, Madsen foi resgatado pelas autoridades dinamarquesas em Öresund, entre a costa da Dinamarca e da Suécia, antes do naufrágio do submarino.

A polícia acredita que o inventor provocou o naufrágio do “Nautilus” de modo deliberado. A embarcação foi erguida à superfície e examinada pela perícia.

Em um primeiro momento, Madsen afirmou que a jornalista havia desembarcado na ilha de Refshaleoen, em Copenhague, na noite de 10 de agosto.

10.ago.2017 – Imagem que seria da jornalista Kim Wall ao lado de um homem na torre do submarino particular “UC3 Nautilus”, em Copenhague

Depois de ser detido, ele mudou sua versão e afirmou que Wall havia falecido em um “acidente” e que ele jogou o corpo no mar, na baía de Koge.

Segundo esta versão, ele subiu na ponte, segurando a porta da escotilha de acesso à torre em que Kim Wall estava de pé. Ao escorregar de repente, ele soltou a escotilha de 70 kg que caiu na cabeça da jovem. De acordo com seu relato, o corpo do jornalista estava intacto quando o jogou no mar.

A acusação alega que Madsen matou Kim Wall para satisfazer uma fantasia sexual, depois desmembrou e mutilou seu corpo.

A necrópsia do torso não estabeleceu as causas da morte. Por outro lado, revelou mutilações múltiplas infligidas na genitália da vítima.

Filmes de mulheres decapitadas

Filmes “fetichistas” em que mulheres “reais” eram torturadas, decapitadas e queimadas foram encontrados em um disco rígido em seu estúdio, segundo  a Procuradoria dinamarquesa.

Jens Noergaard Larsen/ Scanpix Denmark e Scanpix/ AFP

Peritos policiais examinam submarino particular UC3 Nautilus

“Este disco rígido não me pertence”, reagiu Peter Madsen, sugerindo que muitas pessoas tinham acesso ao estúdio.

Ele assegurou que não houve relações sexuais entre eles e que seus contatos foram puramente profissionais.

Madsen foi acusado em um primeiro momento de “homicídio por negligência”, antes de ter a acusação reclassificada no dia 5 de setembro para assassinato e ataque à integridade de um cadáver.

A jornalista colaborou com The Guardian e New York Times e era graduada pela Escola Superior de Jornalismo da Universidade de Columbia.

O Nautilus foi inaugurado em 2008. Com 18 metros de extensão, era naquele momento o maior submarino privado do mundo.

Temer recebe alta e vai para a casa

O presidente Michel Temer (PMDB), de 77 anos, deixou o hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, por volta do meio-dia desta segunda-feira, 30. Ao sair, Temer disse que “foi tudo bem”, e que agora vai trabalhar de casa, em São Paulo. No entanto, por recomendação dos médicos, o peemedebista deve permanecer em repouso até quarta-feira, 1, quando está previsto o retorno a Brasília.

temer

Marcelo Osakabe, O Estado de S.Paulo

Cláudio Santos aciona a Justiça, diz o primo Xerife

Por Robson Pires

Embora não tenha lançado em caráter oficial sua candidatura a senador ou a governador, o desembargador Cláudio Costa passou a ser hostilizado nas redes sociais por internautas e fakers que tentam denegrir sua imagem perante a opinião pública.

Cláudio Santos acionou a justiça: “as agressões à minha pessoa e à minha família, de pessoas inescrupulosas e paga pelos canalhas de sempre, serão resolvidas na Justiça. A democracia não comporta esse comportamento ilícito, ainda mais originário de lacaios a serviço do poder dominante”.

‘Superpoderes’ do MP reforça defesa de projeto na Câmara dos Deputados; membros do MP querem ser policiais e magistrados

Resultado de imagem para abuso de autoridadeEstadão Conteúdo

A resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que concede uma espécie de “superpoder” a promotores e procuradores deve dar força ao projeto que trata da lei de abuso de autoridades e mudanças no Código de Processo Penal, avaliam parlamentares da base e da oposição no Congresso. As duas propostas estão em discussão na Câmara.

Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, antes de deixar o comando do CNMP, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot editou uma resolução que libera integrantes do Ministério Público a realizar vistorias, inspeções e diligências, e a requisitar informações e documentos de autoridades públicas e privadas sem autorização judicial. As normas são contestadas por entidades que representam magistrados, advogados e policiais federais.

“É o típico caso de abuso de autoridade. É a mesma coisa que juízes estão fazendo. É a tal da hermenêutica criativa. Eles fazem um concurso público e acham que podem redigir a lei. Quem faz a lei é o Poder Legislativo”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR). “Isso provavelmente vai ajudar a passar na Câmara o projeto de abuso de poder.”

O projeto, relatado por Requião no Senado, passa a prever mais de 30 ações que podem ser consideradas abuso de autoridade, com penas que variam de seis meses a quatro anos de prisão. Embora seja do PMDB, partido do governo, Requião faz oposição a Michel Temer.

A proposta é alvo de críticas por parte de integrantes do Ministério Público e do Judiciário, que veem nas medidas uma tentativa de coibir o trabalho da Operação Lava Jato.

Presidente da comissão que discute a reforma do Código de Processo Penal na Câmara, o deputado Danilo Forte (sem partido-CE) afirmou que a postura do Ministério Público também “vai ajudar no convencimento dos parlamentares” e facilitar a aprovação da proposta. “Não se pode usar a Lava Jato como qualquer tipo de guarda-chuva para um comportamento abusivo. Isso demonstra a urgência da reforma do novo CPP. É preciso definir o papel da polícia, do Ministério Público e do juízo na investigação”, disse. Uma das alterações defendidas por Forte é a regulamentação das delações premiadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Absurdo: mensagens sugerem gravação da JBS sem autorização judicial

O empresário Joesley Batista, da JBS, após prestar depoimento, no último mês de setembro

CAMILA MATTOSO
DE SÃO PAULO

Uma troca de mensagens encontrada pela Polícia Federal sugere que procuradores orientaram executivos da JBS a gravar por conta própria –ou seja, sem autorização judicial– o momento da entrega de dinheiro a pessoas que seriam delatadas pelo grupo comandado pelo empresário Joesley Batista.

Os diálogos ocorreram em um grupo de WhatsApp de nome Formosa, provável referência à cidade natal dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em Goiás.

As conversas ocorreram em 4 de abril, data em que os advogados da empresa participaram de uma reunião na sede da PGR (Procuradoria-Geral da República) com Eduardo Pelella, chefe de gabinete do então procurador-geral, Rodrigo Janot, e Sérgio Bruno, do grupo da Lava Jato.

Na ocasião, os sete executivos da JBS não tinham se tornado oficialmente colaboradores da Justiça. O pré acordo de colaboração premiada foi assinado em 7 de abril e a homologação saiu em maio.

No dia seguinte à troca de mensagens, em 5 de abril, o executivo Ricardo Saud gravou, por conta própria, a entrega de R$ 500 mil para Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A gravação foi feita na sede da JBS, em São Paulo.

Esse foi o primeiro de um total de quatro pagamentos combinados entre Joesley e Aécio, completando R$ 2 milhões. Os repasses das outras parcelas foram filmados pela Polícia Federal com autorização judicial.

Participavam do grupo de WhatsApp o ex-procurador Marcello Miller, a advogada Fernanda Tórtima, Joesley, Wesley, Saud e Francisco de Assis e Silva, advogado e delator. Os diálogos indicam pressa da PGR para fechar a delação.

A sugestão de gravação por conta própria se dá por uma avaliação de que a espera de autorização do STF poderia levar muito tempo, principalmente porque a semana seguinte era de recesso (Semana Santa). Além disso, uma mudança de datas para efetuar pagamentos poderia causar estranheza a quem já sabia que receberia dinheiro.

AÇÃO CONTROLADA

As mais de 200 mensagens, às quais a Folha teve acesso, estavam no celular de Wesley, apreendido em maio.

“Eles acham que podem desconfiar se adiarem [os pagamentos pendentes]. [Procuradores] Acham que vcs podem fazer uma vez sozinhos gravando e deixariam a controlada para a seguinte”, escreveu Tórtima no grupo.

Antes dessas mensagens, a advogada, que estava em reunião na PGR, informou sobre a vontade do órgão em fazer a ação controlada, que não seria para “flagrante” e, sim, para produção de prova.

Assis e Silva então se manifesta: “Tem que ver se o Ricardinho [Saud] topa com o Fred. Se topar avisa”. Em seguida, Saud responde: “Depois do que o chefe fez!! Quem tem coragem de recusar qualquer ação! [Joesley gravou o presidente Michel Temer] Tô pronto!!! Pode marcar amanhã às 11:30”.

No dia da conversa, Joesley estava nos EUA. A PGR precisava de um depoimento do empresário, para formalizar um pedido de investigação ao STF. Joesley voltou a Brasília no dia 6 de abril. No dia 7, a PGR deu entrada no Supremo com pedido da ação controlada, antes portanto do recesso do Judiciário. No dia 10, o ministro Edson Fachin autorizou as investigações.

No dia 12, na primeira ação filmada com autorização do Supremo, o primo de Aécio vai para mais um encontro com Saud, em São Paulo. De lá, saiu com uma mala preta com R$ 500 mil. Em um relatório da PF, há menção sobre a gravação do dia 5 de abril.

“Não é demais reiterar que o mencionado registro de áudio é fruto da utilização de meios próprios pelos executivos da empresa, ou seja, sem qualquer participação ou orientação da Polícia Federal, que até então desconhecia absolutamente o caso”, escreveu o delegado Thiago Delabary.