Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Nem e principal suspeita de arquitetar a retomada da favela da Rocinha

Crédito: DivulgaçãoThais Skodowski

A glamourização do crime chegou ao limite do impensável: a nova estrela das redes sociais é uma foragida da Justiça. Danúbia de Souza Rangel, 33 anos, é mulher do traficante Nem e condenada a mais de 20 anos de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção ativa. Na semana passada, ela voltou a estampar as páginas dos jornais após ser despejada da Rocinha, no Rio de Janeiro, pelo traficante Rogério 157 – ex-parceiro de Nem e atual soberano do morro. A situação serviu para evidenciar o lado exibicionista da criminosa. Dadá Rangel, como é conhecida, conta com dezenas de perfis em redes sociais, além dos que são administrados por fãs-clubes que levam os nomes de “Diva Dada Rangel” e “Danubianáticas Rangel”. Uma conta veiculada a ela no Instagram ganhou mil seguidores só nos últimos dias. Ousada, ela zomba da polícia nas legendas de fotos de biquíni “Fase ruim nenhuma vai me derrubar”. Já no Facebook, em uma página com o nome dela, está escrito que “Foragida sim, de boa também”.

Ambiciosa e de gostos luxuosos, a loira entrou no mundo do crime muito antes de conhecer Nem. Primeiro foi casada com Luis Fernando Sales da Silva, o Mandioca, do Complexo da Maré. Com ele teve Beatriz, que morreu aos 14 anos em decorrência de uma pneumonia. Após a morte de Mandioca, o escolhido foi o traficante Marcélio de Souza Andrade, também morto pela polícia. As mortes dos maridos renderam o apelido de Viúva Negra, substituído quando ela conheceu Nem e passou a ser a Xerifa da Rocinha. Condenada pela Justiça em março do ano passado, era considerada foragida apesar de permanecer no lugar mais óbvio: a própria Rocinha.

A INVASÃO

Foi de dentro da comunidade que a ex-primeira dama do tráfico arquitetou com o marido, preso em uma penitenciária de segurança máxima em Rondônia, a invasão da Rocinha. A ideia de Nem era retomar o poder do lugar, que está nas mãos de Rogério 157. Os dois eram aliados, mas romperam no ano passado. O ataque ocorreu na madrugada de domingo, mas o bando de Nem não teve sucesso. A polícia entrou na comunidade na segunda-feira. Ao todo, quatro pessoas foram mortas e três moradores ficaram feridos.

Fonte: ISTOÉ