Josias de Souza
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, criticou nesta terça-feira os magistrados que frequentam as manchetes como comentaristas de ”contingências políticas”. Segundo ela, a função de juiz impõe limites éticos para aqueles que a exercem. “São limites que a vida nos impõe, para que tenhamos um marco civilizatório, uma vida em sociedade”, declarou Cármen Lúcia.
Ela acrescentou: “Já é passada da hora de discutirmos no Poder Judiciário como um todo —tanto para o STF quanto para a juíza de Espinosa (MG). Não é possível que continuem havendo manifestações muito além dos autos, e dos altos e baixos das contingências políticas da sociedade.”
Cármen Lúcia foi além: “Se é certo que o juiz já não fica mais dentro do gabinete, da sua casa, também é certo que há de haver convivência sem que haja qualquer tipo de exorbitância ou desbordamento das suas atividades, porque o Poder Judiciário não dispõe de armas ou de tesouro, mas da confiança da sociedade que o legitima.”
Do Blog do Primo: entendemos que um magistrado antes de tudo é um cidadão brasileiro, ele dever ter toda liberdade para manifestar suas opiniões e assim como servidor público deve ser cobrado e fiscalizado pela sociedade. Entendo que magistrados deveriam poder disputar eleições para exercerem mandatos eletivos sem deixar a magistratura, apenas seriam licenciados. O que sou contra é a vitaliciedade, magistrados deveriam exercerem mandatos eleitos pelo povo com direito à reeleições, desta forma o controle social da justiça seria do povo.