Na onda da Lava Jato, policiais federais planejam se candidatar em 18 Estados

BRASÍLIA, DF, 19.10.2016: EDUARDO-CUNHA - O ex-deputado Eduardo Cunha é preso pela Polícia Federal em Brasília e segue para embarcar para Cutiriba. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
O agente da Polícia Federal Lucas Valença quer ir para ocupar a cadeira de Cunha

WÁLTER NUNES
FOLHA DE SÃO PAULO

A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), que representa todas as carreiras da PF, já contabilizou 24 pré-candidatos ligados à instituição em 18 Estados.

O eleitor de 2018 terá passado quatro anos assistindo aos policiais da Lava Jato prendendo magnatas por corrupção. O efeito é duplo: fomenta o descrédito na classe política e turbina a reputação da polícia. Equação perfeita para os candidatos da PF.

“As operações de combate à corrupção, principalmente a Lava Jato, deram visibilidade e prestígio para a Polícia Federal. É uma vantagem para um concorrente se associar a uma das instituições com maior credibilidade no país no momento”, diz o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).

Cientes disso, candidatos buscam explicitar a ligação com o órgão. Boa parte usará o cargo antes do nome. Nas urnas haverá Delegado Francischini, Delegado Gastão e Delegado Federal Mikalovski.