Arquivo diários:24/08/2019

O presidente vai responder? Dallagnol critica Bolsonaro e diz que presidente se distancia do combate à corrupção

O coordenador da força-tarefa da Lava-Jato , DeltanDallagnol , disse que o presidente Jair Bolsonaro está se distanciando do discurso e da pauta anticorrupção e criticou as interferências do presidente do na Receita e na Polícia Federal. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, Dallagnol diz que o sistema de combate à corrupção do país está em risco e que sofre ações de enfraquecimento dos três Poderes.

“Nós vemos também que essas investigações relativas à família dele [Bolsonaro] têm relação com áreas em que ele tem buscado atuar – segundo várias pessoas têm avaliado, de modo indevido – em relação à Receita Federal ou à Polícia Federal. O que nós podemos esperar é que exista uma atuação do presidente coerente com aquilo que ele divulgou em campanha, com a pauta que ele abraçou, que é a pauta anticorrupção”, afirmou Bolsonaro à Gazeta.

Dallagnol diz que Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo do presidente Jair Bolsonaro, eleito com a bandeira do combate à corrupção, atacam o combate à corrupção.

“O que a gente vê no Brasil? A gente vê um movimento amplo [de enfraquecimento do combate à corrupção]. Não é um movimento restrito; não é uma pessoa ou duas. A gente vê um movimento que engloba o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, disse Deltan.

“E do governo federal, Deltan citou as supostas tentativas de intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal e na Receita Federal, as mudanças no Coaf, a possibilidade de o presidente não indicar um procurador-geral da República que esteja na lista tríplice do MPF e a falta de prioridade dada pelo Planalto ao projeto anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro.

O coordenador da Lava-Jato diz ainda que Bolsonaro tem enfraquecido as pautas do ministro da Justiça, Sergio Moro.

“O presidente Jair Bolsonaro, ao longo da campanha eleitoral, se apropriou de uma pauta anticorrupção. (…) Agora, o que nós vemos é que ele vem se distanciando desta pauta de corrupção quando coloca em segundo plano o projeto anticrime do juiz federal Sergio Moro. Ele coloca em segundo plano essa pauta quando ele faz mudanças no Coaf e desprestigia o auditor da Receita Federal Roberto Leonel [indicado por Moro para o Coaf], que trabalhou na Lava Jato”.

O GLOBO

Brasil e França vivem crise diplomática mais severa em décadas

Foto de junho deste ano mostra o presidente da Frabça, Emmanuel Macron (esq.), ao lado do brasileiro Jair Bolsonaro durante a cúpula do G20
Foto de junho deste ano mostra o presidente da Frabça, Emmanuel Macron (esq.), ao lado do brasileiro Jair Bolsonaro durante a cúpula do G20 – Jacques Witt-28.jun.19/AFP

Brasil e França vivem a mais séria crise diplomática desde a chamada “guerra da lagosta”, na década de 1960, na opinião de diplomatas europeus e brasileiros ouvidos pela Folha.

Segundo os diplomatas, que pediram anonimato por temerem represálias, nunca na história da relação bilateral um presidente francês acusou abertamente um líder brasileiro de mentir, como fez Emmanuel Macron em comunicado nesta sexta-feira (23).E nunca um presidente brasileiro demonstrou seguidamente desprezo pelo mandatário da França, enquanto seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, replica um vídeo no qual um youtuber chama o presidente Macron de “idiota”.

O tuíte de Eduardo, cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington, foi considerado uma grosseria sem precedentes. A troca de farpas foi antecedida por uma campanha do Itamaraty nas redes sociais em que o ministério fazia comparações pouco elogiosas à França.

A tensão entre os dois países deve fazer com que, segundo diplomatas ouvidos pela Folha, o Itamaraty convoque para consultas o embaixador brasileiro na França, Luís Fernando Serra, gesto diplomático considerado grave.

Seria o ápice de uma série de desavenças. No fim de julho, Bolsonaro cancelou em cima da hora uma reunião com o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, e fez uma live cortando o cabelo no horário em que estaria reunido com o francês.

Os diplomatas ouvidos consideram que as tensões são graves o suficiente para reduzir muito as chances de o acordo entre União Europeia e Mercosul ser aprovado no congresso francês.

Segundo diplomatas europeus, o governo não vai lutar por um acordo que é impopular entre vários setores, como agricultores e ambientalistas, e ainda por cima beneficiaria um presidente que os insulta.

Diplomatas brasileiros também afirmam acreditar que a crise de imagem gerada pelos incêndios na Amazônia pode afetar o ingresso do Brasil na OCDE, o clube dos países ricos. O processo havia sido destravado com o apoio do presidente americano, Donald Trump.

O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, deve ir à sede da OCDE em Paris entre 25 e 27 de setembro para explicar a membros da organização por que o Brasil acredita que suas políticas ambientaisestão alinhadas com as preconizadas pelo órgão.

O ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Ricupero, um dos poucos que não se furta a fazer críticas públicas ao governo, afirma que a declaração de Macron, de que Bolsonaro mentiu, é muito grave. “Há uma enorme perda de imagem e soft power do Brasil devido à política ambiental”, diz.

Os dois países frequentemente divergem, mas em tom menos estridente. Em 2013, a então presidente Dilma Rousseff criticou a intervenção do exército francês no Mali, afirmando que o combate ao terrorismo não deveria “reavivar antigas tentações coloniais”.

A declaração foi muito mal recebida na França, onde a acusação de colonialismo é considerada ofensiva pelo governo. Bolsonaro também recorreu ao termo ao criticar as declarações recentes de Emmanuel Macron.

Em 2010, o presidente Nicolas Sarkozy prometeu apoiar o Brasil em sua proposta de acordo nuclear com o Irã.

Mas o francês acabou apoiando a então secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que desprezou o pacto e acabou convencendo os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, entre eles a França, a impor sanções contra o Irã devido ao programa nuclear.

O então presidente Lula teria se sentido traído, e esse teria sido um dos motivos para a decisão de comprar os caças suecos Gripen em vez dos franceses Rafale.

Em 1991, o então presidente francês, François Mitterrand, afirmou que “o Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia”. A declaração foi muito mal recebida.

A crise mais grave da história recente foi a chamada “guerra da lagosta”, ocorrida entre 1961 e 1963. Barcos franceses começaram a pescar lagosta no litoral de Pernambuco, revoltando os pescadores nordestinos.

Na disputa diplomática, houve até a discussão insólita, alvo de chacota e marchinhas de carnaval na época, sobre a real natureza da lagosta: poderia ser considerada um peixe, que seria passível de captura, ou era um crustáceo?

A crise levou à mobilização de navios de guerra de França e Brasil para a região, mas os países não foram às vias de fato. Foi nessa época que se atribuiu erroneamente ao general Charles de Gaulle a famosa frase “o Brasil não é um país sério”. Na realidade, o autor foi o então embaixador do Brasil na França Carlos Alves de Souza.

Na sexta-feira, Macron tentou reduzir a temperatura da crise e disse que um “ecocídio está se desenvolvendo em toda a Amazônia, não só no Brasil”.

Mas o líder francês escorregou no final, ao dizer que uma das metas seria “encontrar uma forma de boa governança”. “Precisamos envolver as ONGs e os povos indígenas mais do que já fazemos.” O governo Bolsonaro tem conhecida ojeriza a ONGs, e esse foi um dos motivos do cancelamento da reunião entre o presidente e o chanceler francês.

“Ele marcou audiência comigo. Aí fiquei sabendo que tinha marcado com o Mourão, tinha marcado com ONGs. Quem é que ferra o Brasil? ONGs”, afirmou Bolsonaro à época.

FOLHAPRESS

Bolsonaro muda discurso e retira carta branca prometida a Sergio Moro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) mudou seu discurso e retirou a carta branca prometida ao ministro Sergio Moro (Justiça).

recente interferência na Polícia Federal é apontada internamente como a mais emblemática da falta de poder do ex-juiz no cargo atual, mas episódios com teor semelhante se acumularam ao longo de mais de oito meses do governo Bolsonaro.

Apesar dos ataques à sua prometida autonomia, Moro permanece calado.

Quando confirmou o convite, em novembro de 2018, Bolsonaro disse em entrevistas que tinha combinado com Moro que ele teria “liberdade total” para o combate à corrupção e ao crime organizado.

Em uma das manifestações, o então presidente eleito citou a escolha do chefe da Polícia Federal como uma das atribuições do ministro da Justiça.

Os últimos oito dias foram de crise entre Bolsonaro, Moro e a PF, após o presidente atropelar a instituição e anunciar a troca do superintendente no Rio de Janeiro.

Em sua última declaração sobre o assunto, na última quinta-feira (22), o presidente ameaçou até trocar o comando do órgão, hoje a cargo de Maurício Valeixo.

A PF é subordinada ao Ministério da Justiça, e Valeixo virou chefe por escolha de Moro. Os dois se conhecem há vários anos e trabalharam juntos na Operação Lava Jato.

“Agora há uma onda terrível sobre superintendência. Onze [superintendentes] foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um estado para ir para lá: ‘Está interferindo’. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral”, afirmou Bolsonaro.

“Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico, e não o Sergio Moro. E ponto final”, completou.

Antes, Moro havia sido atropelado por Bolsonaro em pelo menos outros cinco casos, desde a ordem de revogação da nomeação de uma suplente para um cargo de conselho vinculado ao ministério até a demissão de um dos seus maiores aliados, o presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Entre colegas do ministro da Justiça, ninguém consegue apontar vitórias que ele tenha tido entre quedas de braço com o presidente.

Em meio à crise com a polícia, Jair Bolsonaro foi claro no recado: “Quem manda sou eu”, afirmou.

Quando Moro aceitou seu convite para largar 22 anos de carreira de juiz federal e assumir o Ministério da Justiça, o presidente lançava mão de outro discurso.

“Eu conversei com ele [Moro] que ele terá tanto a liberdade para escolher todos os que comporão seu segundo escalão, como o chefe da Polícia Federal, aquele que vai cuidar da segurança [também]”, afirmou Bolsonaro em uma das entrevistas.

“Ele [Moro] expôs o que ele gostaria de fazer caso seja ministro, e eu concordei com 100% do que ele propôs. Ele [Moro] queria uma liberdade total para combater a corrupção e o crime organizado”, afirmou em outra ocasião.

Em outro momento, o presidente chegou a falar que Moro teria “muito mais poderes” em Brasília do que como juiz para perseguir o objetivo de combate à corrupção e ao crime organizado.

A primeira derrota do ministro ocorreu logo nos primeiros dias de governo, com a edição do decreto das armas, em que teve suas sugestões ignoradas pelo presidente. Embora tenha saído do seu ministério, o texto nunca foi bancado de fato por Moro.

Em fevereiro, teve de revogar a nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó de Carvalho como membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

A escolha de Szabó para compor o órgão —um cargo voluntário e sem funções executivas no governo— foi acompanhada de uma campanha crítica de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. Um dia depois, pressionado pelo presidente, Moro teve de voltar atrás.

No segundo trimestre de governo, o ministro da Justiça começou a ter sucessivas derrotas com seu projeto anticrime, que não teve apoio total do presidente até agora.

Em entrevistas, Bolsonaro chegou a dizer que Moro não tem mais a caneta que tinha como juiz e que teria de esperar um pouco para trabalhar o texto na Câmara.

Outro revés recente ocorreu com uma nomeação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Sua indicação não foi aceita e ele soube da notícia pela imprensa.

Moro também perdeu o Coaf de volta para o Ministério da Economia. Embora a decisão tenha sido do Congresso, o Palácio do Planalto não fez esforço para ajudar a manter o órgão em sua pasta.

Em seguida, o ministro viu um dos seus principais aliados da Lava Jato, o auditor Roberto Leonel, nomeado por sua vontade como presidente do Coaf, ser exonerado, com a transferência do órgão ao Banco Central.

Folha questionou a assessoria do Planalto se o presidente mudou de opinião em relação à liberdade total que dissera que concederia a Moro e por qual motivo. A reportagem não obteve respostas.

O ministro também foi procurado. Questionado se ele considera que perdeu a carta branca que lhe havia sido prometida, o ministro não respondeu.

O silêncio de Moro diante dos sucessivos movimentos de interferência de Bolsonaro na PF tem causado estranheza na cúpula do órgão.

Nos dias seguintes após a primeira manifestação do presidente, no último dia 16, o ex-juiz não deu nenhuma declaração sobre esse assunto e tentou, por meio de interlocutores, passar a impressão de que estava distante do problema.

FOLHAPRESS

Situação deplorável do Hotel dos Reis Magos é o triste retrato da autoestima do natalense

Por Rebato Dantas

O Blog do Primo ao defender o tombamento do prédio do hotel como consta no processo de tombamento, não quer dizer que estamos defendendo a continuidade da situação atual de abandono e descaso.

Concordamos com o tombamento e uma nova destinação, entendemos que o prédio deva ser reformado e adaptado para funcionar o Palácio dos Reis Magos, como sede da Prefeitura de Natal.

A presença da Prefeitura de Natal na área, ou seja, em nossa orla urbana, que está marginalizada, será o grande recomeço da sua reconstrução, recuperação, valorização, modernização, moralização e discriminalização.

No Palácio dos Reis Magos seria instalado o Gabinete do Prefeito, vice-prefeito, Gabinete Civil, Procuradoria do Município, Secretária de Turismo, Secretária de Esporte e possivelmente a Secretaria de Segurança de Defesa Social, todas, com exceção do Gabinete do Prefeito e Casa Civil, funcionam em prédios alugados, essa medida poderá gerar uma grande economia ao erário municipal.

O Palácio Felipe Câmara seria transformado no Museu da Cidade mantendo todas suas características.

O prefeito pode desapropriar o Imóvel fundamentado no interesse social, econômico, cultural e paisagístico, fazendo um encontro de contas dos tributos não pagos pelos proprietários.

Na área onde funcionou à piscina, seria construído o Paço Municipal onde teríamos um equipamento multiuso para solenidades e eventos artísticos, que certamente seria um atrativo turístico.

Setores da Prefeitura funcionar em hotéis não é novidade, haja visto que as secretarias de Saúde e Educação estão instaladas em antigos hotéis pagando um preço elevado pelo aluguel.

Mas, nada disso será positivo na recuperação da nossas praias urbanas se não mudar o Plano Diretor de Carlos Eduardo Alves, que é o grande responsável pela decadência, depreciação e abandono impedindo sua modernização e desenvolvimento.

Confira o texto:

TEXTO IAPHACC sobre o tombamento do Hotel Internacional dos Reis Magos

Trata da atuação do Conselho de Cultura do Estado do RN, no Processo de Tombamento do Hotel Reis Magos:
A Direção do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania do Estado do Rio Grande do Norte – IAPHACC, informa que Conselho de Cultura do Estado e do Município, estão na contramão de suas atribuições, e desrespeitam órgãos, entidades e a sociedade no que diz respeito a preservação do seu patrimônio histórico. Para o IAPHACC um Conselho de Cultura tem que estar a favor da preservação e não da demolição, como se manifestaram ambos com relação ao majestoso e valoroso Edifício onde funcionou o Hotel Internacional dos Reis Magos.
Dos conselhos e suas atuações:
Do Conselho de Cultura do Estado do Rio Grande do Norte:
No dia 02/07/2019 inúmeros representantes de diversos órgãos e entidades participaram de uma reunião com a Governadora do Estado Fátima Bezerra onde foram tratar do processo de tombamento do Hotel Internacional dos Reis Magos, que se encontra atualmente em estado de abandono e não de ruínas como falam algumas pessoas com objetivo de distorcer informações relacionadas a preservação deste importante prédio, belíssimo exemplar da arquitetura modernista brasileira, conforme já foi atestado  por inúmeros profissionais especialistas no assunto.
No meio desta reunião um membro do IAPHACC foi avisado por uma pessoa que estava presente que o Conselho de Cultura iria votar, se manifestar a cerca daquele processo, logo após esta reunião com a governadora, preocupados com esta situação absurda e inadmissível, inúmeras pessoas que estavam presentes nesta reunião com a Governadora, resolveram se dirigir ao conselho estadual de cultura para tentar impedir está apressada e desrespeitosa votação, atuação que ficou muito feio para o conselho estadual de cultura. Lá chegando a sociedade percebeu que estava presente o advogado do grupo proprietário do hotel e um jornalista do Jornal Tribuna do Norte. A reunião foi iniciada e de imediato após alguns comentários foi citada a votação do processo no conselho, quando a Procuradora do Estado solicitou o adiamento da reunião para uma semana depois, no caso para a próxima terça feira, haja visto o conselho se reunir todas as terças feiras, para que ela pudesse se manifestar junto ao conselho sobre o processo e inclusive preparar uma apresentação para que ela pudesse apresentar ao conselho, mais isso não foi permitido, fato que levou a ilustre e competente Procuradora a fazer alguns questionamentos no momento. Neste momento o IAPHACC pediu uma autorização para se manifestar, e fez vários questionamentos, começou falando sobre o fato do Conselheiro relator, ter acabado de receber o processo e nem sequer ter aberto o mesmo, já estava com seu relatório pronto para votar, que desrespeito? Como isso é possível? Um processo, seja ele qual for, ao ser recebido, tem que ser distribuído, para que cada conselheiro possa analisa-lo, e só assim, depois disto feito, é que ele pode ser submetido a um processo de votação para que os membros possam votar de forma justa e consciente, por ter analisado a documentação, pareceres e demais documentos nele contido, e principalmente um processo com 1.100 páginas. O IAPHACC solicitou o adiamento da reunião para que a sociedade pudesse conversar com cada conselheiro e mostrar vários pontos que necessitam ser esclarecidos no processo, e inclusive inúmeras inverdades e vícios ali contidos.
Este processo tinha acabado de chegar nem sequer foi distribuído? Porque tanta pressa? Como um conselho que tem como bandeira a preservação da Cultura e da história, tem tanta pressa para a demolição? Sem ouvir a sociedade, desrespeitando o tramite processual. Inclusive ouve um momento da discussão que os conselheiros ficaram, vamos adiar ou votar hoje, uma conselheira disse, vamos votar logo hoje, porque eu deixei de ir para um chá para vir para cá. Que absurdo? Que desrespeito a uma discussão de tamanha relevância? O relator colocou a mão em cima do volumoso processo e disse vamos votar hoje, porque já conheço todas as decisões judiciais e já conheço a decisão do IPHAN. Neste momento o IAPHACC indagou o conselho, como o relator conhece a decisão do IPHAN se o IPHAN não decidiu, o IPHAN ainda não havia decidido, como ainda não decidiu, ficou muito feio para o Conselho de Cultura do Estado, lamentável. Várias pessoas de inúmeros seguimentos da sociedade tentaram se manifestar solicitando o adiamento mais não foram ouvidas, a pressa do conselho que tem como bandeira a defesa da cultura, da história e do patrimônio, acelerou rumo a demolição, que pena? Que desrespeito com a sociedade. O relator ainda informou que era apenas 3 ou 4 arquitetos isolados que estavam a frente deste movimento? Que desrespeito a todos que fazem o Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico Artístico Cultural e da Cidadania do Estado do Rio Grande do Norte – IAPHACC/RN, e seus voluntários e dedicados membros? Que desrespeito a Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Norte – UFRN e seu brilhante corpo técnico dos competentes Departamentos de Arquitetura e de História? Que desrespeito ao Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB/RN? Que desrespeito ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte – CAU/RN? Que desrespeito ao Sindicato de Arquitetos do Rio Grande do Norte – SINARQ/RN? A estas entidades, que desrespeito a todos esses valorosos funcionários, competentes e concursados, e altamente qualificados, muitos deles com pós-graduação, mestrado, doutorado, sendo alguns até PHD no assunto? Que desrespeito com todos os representantes dos bairros e comunidades vizinhas ao hotel? Que desrespeito com o IPHAN/RN? Como pode um Conselho de Cultura de um Estado, alegar que um prédio com inúmeros e relevantes valores, não tem valor arquitetônico, histórico, turístico e paisagístico, depois de todas estas entidades, terem emitidos inúmeros pareceres e laudos que atestaram todos estes valores, documentos estes que estão inseridos no processo e foram ignorados por estes conselheiros? Qual é a bandeira deste conselho? Vale lembrar que o conselho recebeu o processo, e não distribuiu para os seus conselheiros, o processo foi votado fechado por 10 conselheiros, da forma que foi recebido, e no momento do recebimento, está explicado? Ainda há comentários foi uma votação esmagadora, 9 votos a 1, que pena! Parabéns ao nosso único e respeitoso voto, o do Dr. Crispiniano Neto, Diretor da Fundação José Augusto, e Membro do Conselho de Cultura do Estado, pelo respeito a todas estas entidades e profissionais que estão envolvidos neste processo, pela seriedade e respeito a uma discussão de tamanha relevância, que é o valoroso edifício do Hotel Internacional dos Reis Magos e pelo respeito ao zelo e a sua função pública que exerce. E para finalizar sobre o comportamento e atuação do Conselho de Cultura do Estado relacionado a este processo, que desrespeito ao Instituto de Arquitetos do Brasil/Direção Nacional e ao DOCOMOMO.
No Estado com relação ao processo de tombamento do Hotel Internacional dos Reis Magos, querermos parabenizar, O Secretário Crispiniano Neto a Fundação José Augusto e todos os seus funcionários, ao Procurador Geral do Estado Dr. Luiz Antônio, a Procuradoria Geral, todos os seus Procuradores, assessores e em especial a brilhante e competente Procuradora Marjorie Madruga e toda sua competente equipe, pela seriedade que conduz a função pública com zelo e respeito a sociedade.
Queremos lembrar a alguns desrespeitosos que a Dra. Marjorie Madruga está atuando neste processo, não foi porque ela pediu para atuar, o estado foi provocado e por isso ela foi obrigada a ingressar nesta missão, é a função dela na Procuradoria, ela passou num concurso para isso.

Então é preciso lembrar, que para participar desta discussão, bem como de qualquer outra, primeiro temos que ter como ponto de partida o respeito as partes envolvidas, tem que conhecer a regra do jogo e o papel de cada um no processo, para alguns, (Conselho de Cultura Estado e Município), ainda quero lembrar, conhecer o processo, e para conhece-lo, é preciso lê-lo para que não cometamos erros gravíssimos como estamos vendo. Lembrar ainda que o objetivo do poder público é beneficiar a sociedade e não prejudicá-la. E para não prejudica-la é preciso ter bom senso, agir com boa fé, pautado na verdade, no interesse público e coletivo, ouvindo e respeitando os estudiosos em cada área de atuação, em conformidade com suas competências técnicas, não sei porque até quando será preciso lembrar, que as academias, faculdades universidades, ensinam vários cursos, de diferentes áreas de atuação, foi isso que ao longo dos tempos aprendemos e caracterizou uma rotina, que quando estamos doentes procuramos um médico, quando temos um problema na justiça procuramos um advogado, e quando vamos construir algo procuramos um engenheiro, e que procuramos estes profissionais porque eles se tornaram especialistas no assunto.

Não é diferente com as pessoas que estudaram a arquitetura, a história e o meio ambiente.

É preciso lembrar ainda, que quando um magistrado ou mesmo um membro da suprema corte do país vai julgar algo relacionado a qualquer segmento da sociedade, ele busca o suporte técnico na área especifica em que o assunto está sendo tratado, e não obedecer esta regra, é estar no lugar errado, na contra mão do interesse coletivo que tanto merece respeito, e precisa de uma atuação saudável e responsável, de cada membro desta sociedade, para que possamos deixar um mundo melhor para as pessoas que vão nos suceder, nossos filhos, nossos irmãos e amigos, as futuras gerações, que dependem especificamente da nossa atuação neste momento presente, para que no futuro, consigam viver num mundo menos desigual.

TEXTO IAPHACC parte II, tratará da absurda atuação do Conselho de Cultura do Município e da FUNCARTE no Processo de Tombamento do Hotel Reis Magos e será publicado logo mais ao termino de uma pesquisa que esta sendo concluída.

IAPHACC – DIREÇÃO