Arquivo diários:01/12/2020

Senador diz que pesquisas viraram “negócio, manipulação pura”

Em Fortaleza (CE), na véspera do pleito, na noite do último sábado, oIbope trazia uma liderança de José Sarto (PDT), candidato dos irmãos Gomes, sobre Capitão Wagner(PROS) muito superior à que se verificou na realidade. No levantamento, o pedetista vencia por 61% a 39% dos votos válidos; na urna, o resultado final foi muito mais apertado (51,69% a 48,31%).

O senador Eduardo Girão (Pros), que coordenou a campanha de Wagner, lamentou:

“É muito triste. É um negócio que virou piada. A gente tem que acabar com isso, o Congresso tem que fazer alguma coisa em relação a essas divulgações de pesquisas, principalmente na véspera. Virou um negócio, uma manipulação pura.”

10 cidades tiveram abstenção maior que o número de votos no prefeito eleito

A superioridade numérica dos que se abstiveram do voto frente aos que escolheram ativamente o prefeito eleito ocorreu em 10 das 57 cidades que tiveram 2º turno. A abstenção geral nessa rodada de votação foi de 29,5%, a maior da história do país.

É o caso do Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (DEM) foi eleito para seu 3º mandato na Prefeitura do Rio de Janeiro, com 64,07% dos votos válidos na disputa com o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos). Isso não significa, no entanto, que a maior parte dos eleitores da capital fluminense depositou seus votos no demista.

Paes obteve 1,62 milhão de votos, número inferior aos 1,72 milhão de eleitores que poderiam ter ido às urnas nesse domingo (29.nov.2020), mas não o fizeram. Os dados são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Confira os números das outras cidades na tabela:

Imagem: reprodução/Poder 360

Entre as capitais, a que teve maior abstenção foi Goiânia (GO), onde 36,75% dos eleitores não foram às seções de votação no domingo. Venceu o candidato Maguito Vilela (MDB), que está internado desde outubro devido à covid-19.

Imagem: reprodução/Poder 360

Apesar dos 11,29 milhões de eleitores que deixaram de votar no 2º turno, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que o número ainda é menor do que o esperado, uma vez que a eleição deste ano é realizada em meio a uma pandemia.

“Tradicionalmente [a abstenção] é maior no 2º que no 1º turno… O ideal é que a abstenção tivesse sido menor, mas a verdade é que quando tudo começou se imaginava uma abstenção colossal”, declarou Barrosos na noite de domingo (29.nov).

A abstenção no 1º turno das eleições foi de 23,14%. Quatro anos atrás, nas eleições municipais anteriores, a taxa ficou em 17,58%.

Poder 360

Aneel aprova retomada do sistema de bandeiras tarifárias nas contas de luz a partir de 1º de dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acaba de aprovar a retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz a partir de amanhã, 1º de dezembro. O mecanismo havia sido suspenso em maio devido à pandemia do novo coronavírus, e a agência havia acionado a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra, até o fim deste ano.

A Aneel, no entanto, informou que as condições atuais não permitem mais manter a bandeira verde acionada. Por isso, a partir de terça-feira, as tarifas terão bandeira vermelha em seu segundo patamar, com uma taxa extra de R$ 6,243 a cada 100 kWh.

O diretor Efrain Pereira da Cruz mencionou “afluências críticas” nos principais reservatórios do País, no Sudeste e Centro-Oeste, além do Sul, e deterioração nos meses de outubro e novembro. Isso levou ao acionamento de termelétricas, o que pressionou o custo de geração de energia no País diante de uma “oferta adversa”.

O diretor mencionou que o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) está no teto em todos os submercados. Ele disse ainda que o Custo Marginal da Operação (CMO) da próxima semana operativa (de 28 de novembro a 4 de dezembro) foi estabelecido em R$ 744,43/MWh em todos os submercados do País, o maior do ano.

Ainda segundo ele, o consumo de energia retomou o patamar pré-pandemia em setembro, e o setor enfrenta novamente uma seca que há muito não se via. Por isso, a avaliação da Aneel é que o sistema de bandeiras precisa ser retomado imediatamente – e não apenas em janeiro de 2021, como indicava a nota técnica do órgão regulador.

“São indícios concretos de que o mecanismo das bandeiras já merece ser restabelecido e a curto prazo, tendo em vista sua eficiência na sinalização de preços aos consumidores”, disse o diretor.

No sistema atual, que estava suspenso desde maio, na cor verde, não há cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos.

Já a bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados, dependendo da quantidade de termelétricas acionadas. No primeiro nível, o adicional é de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra é de R$ 6,243 a cada 100 kWh.

IstoÉ com Estadão Conteúdo