A superioridade numérica dos que se abstiveram do voto frente aos que escolheram ativamente o prefeito eleito ocorreu em 10 das 57 cidades que tiveram 2º turno. A abstenção geral nessa rodada de votação foi de 29,5%, a maior da história do país.
É o caso do Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (DEM) foi eleito para seu 3º mandato na Prefeitura do Rio de Janeiro, com 64,07% dos votos válidos na disputa com o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos). Isso não significa, no entanto, que a maior parte dos eleitores da capital fluminense depositou seus votos no demista.
Paes obteve 1,62 milhão de votos, número inferior aos 1,72 milhão de eleitores que poderiam ter ido às urnas nesse domingo (29.nov.2020), mas não o fizeram. Os dados são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Confira os números das outras cidades na tabela:
Imagem: reprodução/Poder 360
Entre as capitais, a que teve maior abstenção foi Goiânia (GO), onde 36,75% dos eleitores não foram às seções de votação no domingo. Venceu o candidato Maguito Vilela (MDB), que está internado desde outubro devido à covid-19.
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Apesar dos 11,29 milhões de eleitores que deixaram de votar no 2º turno, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que o número ainda é menor do que o esperado, uma vez que a eleição deste ano é realizada em meio a uma pandemia.
“Tradicionalmente [a abstenção] é maior no 2º que no 1º turno… O ideal é que a abstenção tivesse sido menor, mas a verdade é que quando tudo começou se imaginava uma abstenção colossal”, declarou Barrosos na noite de domingo (29.nov).
A abstenção no 1º turno das eleições foi de 23,14%. Quatro anos atrás, nas eleições municipais anteriores, a taxa ficou em 17,58%.
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