O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta segunda-feira (14), em entrevista ao jornal Valor Econômico, ter sido omisso ao não abrir um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
“Não há condições para se avaliar esse tema, o que não quer dizer que eu avaliaria nem positivamente nem negativamente. Não considero omissão da minha parte”.
Cerca de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro já foram apresentados na Câmara. O último foi protocolado no fim de outubro, diante da recusa do presidente de adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Maia afirmou que vai decidir ainda hoje quem será o candidato do seu bloco – que inclui siglas como PSDB e Cidadania – na eleição para a presidência da Câmara.
“Não dá para esperar mais tempo”, disse “Acho que a nossa estratégia caminha para ser vitoriosa porque ela olha a Câmara como um espaço mais importante da representação da democracia, da sociedade e de todos os campos da sociedade”.
Para o deputado, independente de quem seja o vencedor da disputa, ele espera que o futuro presidente “mantenha a independência da Casa em relação ao governo e que não seja tratado da mesma forma” que ele foi tratado.
O parlamentar acredita que sua relação com o governo federal foi de “muita raiva e de muita agressão” por ele “não feito uma presidência cumprindo as ordens do governo”.
“Tenho certeza que o próximo presidente, qualquer um dos quatro que seja escolhido, não vai carregar essa relação que o governo e seu entorno construíram comigo”, afirmou